Edição #270
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ESPECIAL CORRETOR
RELAÇÃO COM SEGURADORAS
Discutindo a relação
CORRETORES E SEGURADORES
CONVIVEM SOB UM RESPEITO
MÚTUO, MAS AINDA SÃO
NECESSÁRIOS MAIS DEBATES
SOBRE OS CAMINHOS QUE
TRILHARÃO NOS PRÓXIMOS
MESES QUANDO COMEÇARÁ A SER
IMPLANTADO O MODELO DE SEGURO
ABERTO NO MERCADO BRASILEIRO.
ESTARÃO VERDADEIRAMENTE
JUNTOS TAMBÉM NESSA JORNADA?
André Felipe de Lima
Novas tecnologias, novas regras
regulatórias, um novo consumidor
e, enfim, uma nova forma de
comercialização. A abordagem atual em
seguros é definitivamente diferente do
que foi décadas atrás. Pode-se dizer que
o mercado de seguros brasileiro, embora
sempre estável e resiliente nos números
e em processos, passa, hoje, por profundas
transformações, fundamentalmente
de ordem tecnológica, que impactam diretamente
a relação entre seguradoras e
corretores, cuja jornada lado a lado vem
de longe.
Após os antigos “agentes auxiliares
do comércio” do final do século 19,
preâmbulo para uma sacudida no mercado
securitário do país com a venda do
seguro de vida, passando pelo impulso
das seguradoras na contratação de vendedores
para suas apólices, entre as décadas
de 1930 e a de 50, e pela sanção
da Lei 4594, de 1964, que regulamentou
a profissão de corretor de seguros no
Brasil, afirma-se em 2021 a mais expressiva
renovação da relação que norteia
companhias seguradoras e corretores,
ensejando, porém, uma grande expectativa
em relação aos seus desdobramentos,
principalmente aqueles sinalizados
nos debates em torno do open insurance
(seguro aberto), cujo lançamento
será no dia 15 de dezembro, conforme o cronograma idealizado
pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Presidente do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sindseg-SP),
Rivaldo Leite avalia o mercado de seguros como “muito
dependente” do corretor de seguros e reforça que antes mesmo
da iniciativa da Susep em abrir o seguro, o mercado já se mostra
“open” sob diversos contextos. “Não que eu seja contra a inovação.
Pelo contrário, acho que inovações têm que ter sempre. Mas, sinceramente,
não vejo essa necessidade de o corretor não estar participando
de tudo isto. Ele é peça fundamental e ninguém sabe do
futuro, mas acho que ainda vai passar muita água debaixo dessa
ponte”, endossa Leite.
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