Edição #270
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ESPECIAL CORRETOR
PRODUTOS PERSONALIZADOS
Atenção à realidade
do cliente
A SUSEP BATEU O MARTELO
EM FEVEREIRO, APÓS PUBLICAR
A CIRCULAR 621. O MERCADO
BRASILEIRO DE SEGUROS ESTÁ,
PORTANTO, LIBERADO PARA
INICIAR A JORNADA RUMO AOS
PRODUTOS PERSONALIZADOS, CUJA
PROMESSA VAI ALÉM DA OFERTA
DE COBERTURAS MÚLTIPLAS EM
UMA ÚNICA APÓLICE. NO TOPO DE
PRIORIDADES ESTÁ A REDUÇÃO
DE CUSTOS OPERACIONAIS E DO
PRODUTO FINAL. OS CORRETORES
JÁ ENTENDERAM O RECADO?
André Felipe de Lima
O
mercado de seguros no Brasil ingressará
em uma nova era a partir
do dia 15 de dezembro, quando
começa a ser implantado o modelo de
seguro aberto, o Open Insurance, como
denomina sua idealizadora, a Superintendência
de Seguros Privados (Susep).
Sinais dessa transformação surgiram,
contudo, antes mesmo de a data sobejamente
emblemática para a indústria
securitária ser confirmada pelo órgão regulador.
Dois destes principais sinais são,
indubitavelmente, a oferta de produtos
personalizados e a digitalização cada vez
mais reinante dos processos que conduzem
a apólice ao consumidor final.
A preocupação dos corretores
de seguros foi, obviamente, generalizada,
por conta do poder de consumo em
queda, paralelamente ao avanço pandêmico.
Havia o risco de inadimplência
e de redução de contratos no mercado,
mas também uma surpresa, e positiva: muitos começaram a perceber
a necessidade do seguro em suas vidas cada vez mais cercada
de imprevisibilidades, e isso o vírus mortal — se é possível afirmar
dessa forma — ensinou.
Indicadores dessa retomada do setor são flagrantes e denotam
resiliência dos atores do mercado. De janeiro a junho deste
ano — reforçando: a pandemia ainda não cessou —, a indústria
brasileira de seguros, cuja participação no Produto Interno Bruto
(PIB) é de 3,7%, cresceu 19,8%, com arrecadação de R$ 145,1 bilhões,
superando a do segundo semestre de 2019, ou seja, antes
da chegada da Covid-19 ao Brasil, que atingiu R$ 144,7 bilhões. Se
o PIB recuou 4,1% em 2020, como apontam dados coletados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mercado segurador
manteve-se estável em 2020 e no rumo do crescimento
desde janeiro deste ano, mês a mês, sem perda de fôlego. A meta
declarada é a seguinte, segundo empresas, órgão regulador e re-
34