Edição #270
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presentantes de classe, como a confederação das seguradoras, a
CNseg, e a federação dos corretores, a Fenacor: fazer com que a
indústria local de seguros salte do 14º lugar para o 8º no ranking
dos maiores mercados internacionais, e isso ainda este ano. Uma
das peças-chave para esse ambicioso e justificável propósito é sem
dúvida alguma o corretor.
Mas estarão os corretores atentos a esse cenário? A pandemia
forçou-os, de um modo geral, a se reinventarem, como sinaliza
pesquisa realizada no Brasil, no ano passado, pela Quigo Technologies,
uma empresa americana de marketing e de soluções, inclusive
para dinamizar o trabalho do corretor de seguros. Foram ouvidos
100 corretores, dos quais 90% confirmaram que o trabalho como
corretor consiste em sua única fonte de renda e que, por conta da
pandemia, tiveram de redimensionar suas ações para a redução na
carteira de clientes segurados e, consequentemente, manter o trabalho
e a renda ativos.
UM OLHAR PARA O CORRETOR
Desde 1999, o engenheiro civil
especializado em seguros Julio Cazzola
integra o corpo acadêmico da Escola de
Negócios e Seguros (ENS) e, atualmente,
representa a Alfa Seguradora e a American
Life em Brasília. Para ele, os corretores
de hoje, em relação a outras épocas, vêm
se preparando cada vez mais, investindo
em sistemas modernos e se associando
em grupos para viabilizar os custos. Mas
ele cobra mais empenho das seguradoras
nessa via de mão dupla. “A questão
é que as próprias seguradoras ainda não
conseguem dar um apoio muito forte nas
operações digitais”, diz Cazzola, assinalando
também que a venda online, embora
uma realidade, precisa ser melhor aproveitada.
“As seguradoras precisam ter
mais eficiência para gerar maiores possibilidades
aos corretores. Por coincidência,
estou ajudando a montar uma consultoria
para desenvolver soluções de marketing
digital para empresas e corretores.
Essa empresa poderá ser contratada pelo
corretor para levar ao seu cliente soluções
de marketing digital”, antecipa Cazzola.
O especialista sugere mais reflexão
e debate sobre o marketing digital no
mercado de seguros: “Da mesma forma
que as grandes empresas de vendas de
varejo têm uma força de marketing digital
incrível, elas não abandonam a venda
nas lojas. Pessoalmente, gosto muito desse
modelo misto que chamo de ‘digital-
-analógico’. Ter contato pessoal com corretores
e seus clientes, se for necessário.
Atender as ligações e solucionar suas
questões sem uso de robôs”.
FERRAMENTAS À DISPOSIÇÃO E
MÃOS A OBRA
Como e com quais ferramentas o
corretor de seguros pode trabalhar para
conseguir oferecer produtos personalizados
para o consumidor? Afinal, o desafio
sempre esteve em vender algo que não é
tangível, palpável, e ele aumenta quando
o corretor se depara com uma cultura
do seguro ainda incipiente no país, apesar
do avanço de novas tecnologias e da
digitalização de processos na indústria.
Dominar esse conceito e compreender as
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