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Biocombustível para o Mercosul - unesdoc - Unesco

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INTRODUÇÃO<br />

As vantagens proporcionadas pelas energias renováveis variam de acordo<br />

com as condições e prioridades locais, destacando-se: a minimização da<br />

ameaça das mudanças climáticas do planeta decorrentes da queima de<br />

combustíveis fósseis; o crescimento econômico; a ampliação do acesso à<br />

energia <strong>para</strong> a população mundial; a geração de empregos e a fixação do homem<br />

no campo; a redução dos níveis de pobreza; a diminuição da desigualdade<br />

social; e a diversificação da matriz energética (PETROBRAS, 2005).<br />

Muitos países consideram o uso da biomassa <strong>para</strong> a produção de energia<br />

e biocombustíveis como um dos caminhos promissores deste século <strong>para</strong> a<br />

combinação harmoniosa entre o desenvolvimento e a conservação ambiental,<br />

principalmente em países em via de desenvolvimento. Conforme o<br />

cenário industrial que o mundo vem delineando nas últimas décadas, as<br />

fontes renováveis de energia elétrica e biocombustíveis ocupam hoje um<br />

percentual de 1/5 de toda energia mundial gerada a partir de recursos<br />

naturais renováveis: 13% a 14% da biomassa e 6% a partir dos recursos<br />

hídricos (HALL, 2005).<br />

As matérias-primas <strong>para</strong> a produção de biodiesel são óleos vegetais,<br />

gordura animal, óleos e gorduras residuais (PARENTE, 2003).<br />

Entre as plantas oleaginosas com potencial <strong>para</strong> a produção de biodiesel,<br />

o pinhão-manso tem se apresentado como potencial candidato, já que é<br />

uma planta rústica, perene e adaptável a uma vasta gama de ambientes e<br />

condições edafoclimáticas. Essa cultura pode produzir duas toneladas<br />

de óleo por hectare, levando de três a quatro anos <strong>para</strong> atingir a idade<br />

produtiva, que pode estender-se por cerca de 40 anos. O número é muito<br />

superior a outras oleaginosas como soja, que rende 450 kg de óleo/ha;<br />

mamona, com 50 kg de óleo/ha e girassol, que rende 40 kg de óleo/ha.<br />

(CARNIELLI, 2003). Além disso, a cultura do pinhão-manso apresenta<br />

baixo custo <strong>para</strong> a produção, o que pode estimular a agricultura familiar e a<br />

conseqüente geração de empregos. Ao contrário de outras oleaginosas não<br />

pode ser consumido <strong>para</strong> a alimentação, por essa razão o pinhão-manso é<br />

uma opção <strong>para</strong> a produção do biodiesel.<br />

Segundo a Purdue University (1998), o pinhão-manso desenvolve-se sob<br />

diversas condições climáticas, tolerando precipitações pluviométricas anuais<br />

de 480 a 2.380 mm. Henning (1996), trabalhando com a cultura no deserto<br />

de Máli, constatou que essa planta cresce bem com chuvas anuais acima de<br />

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