Cultura Republicana e Brasilidade - Arquivo Nacional
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A C E<br />
ampla a respeito da legislação inaugurada<br />
a partir dos decretos acima citados.<br />
Em primeiro lugar, a idéia de que a Primeira<br />
República foi um tempo de domínio<br />
de um sindicalismo aguerrido e<br />
manifestamente ideológico já foi<br />
criticada por muitos historiadores. 8 Ela<br />
serviu, com relativa eficiência, para<br />
desqualificar o comportamento das<br />
classes trabalhadoras no pós-1930.<br />
Enquanto na primeira fase estaríamos<br />
diante de um operariado consciente,<br />
oriundo de uma Europa com larga trajetória<br />
de lutas trabalhistas, a fase ini-<br />
Manifestação de trabalhadores fabris durante a Segunda Guerra<br />
pág.140, jan/dez 2006<br />
ciada com Vargas seria a da ausência,<br />
com um operariado recém-chegado do<br />
campo e alheio à tradição sindical européia.<br />
9 Assim, a grande diferença entre<br />
o pré e o pós-1930 é que, na primeira<br />
fase, não havia um Estado disponível<br />
para atuar junto às classes trabalhadoras,<br />
enquanto na segunda, uma<br />
das razões da existência do Estado era<br />
exatamente a relação de proximidade<br />
e de relacionamento com grupos sociais<br />
até então excluídos da participação<br />
pública. Conforme pretendemos mostrar<br />
nesta breve exposição, o operariado<br />
urbano soube bem como aprovei-<br />
AN PH/FOT/ 18089.414