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A LITURGIA (OFÍCIO DIVINO): CENTRO DA EXISTÊNCIA ...

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É verdade que São Bento não faz nenhuma exposição teológica<br />

sobre a oração, mas se encontra ma regra umas indicações sobre o<br />

clima e a orientação da oração, especialmente no capítulo 19: Sobre a<br />

atitude na salmodia (De disciplina psallendi) e no capítulo 20 Sobre a<br />

reverência na oração (De reverentia orationis). A oração é para ele a<br />

suprema expressão da fé na presença de Deus (ver RB 19), ela constitui<br />

o próprio da vida monástica: estar na presença de Deus. A propósito<br />

disto, o Padre Abade beneditino Christian Schütz escreve: Orar é,<br />

conscientemente, e o mais possível, pôr-se, entrar na presença de<br />

Deus. Quanto à imagem que eles fazem de Deus, a Regra e os antigos<br />

monges põem claramente o acento sobre a presença de Deus, e não<br />

sobre o passado ou o futuro... Na oração, a vida chega a ser, na<br />

perspectiva de Deus atualmente presente, celebração, ação de graças,<br />

ação salvadora 18<br />

A harmonia fundamental da liturgia monástica beneditina (opus<br />

Dei) é constituída pelos motivos: louvação, adoração e ação de graças.<br />

São Bento, em RB 16,5, fundamenta as Horas do dia sobre este motivo:<br />

Rendamos, portanto, nessas horas, louvores ao nosso Criador<br />

(referamus laudes Creatoris nostro) sobre os juízos da sua justiça.<br />

Oração e liturgia são finalmente, para ele, doxologia trinitária,<br />

como vemos em RB 9, 7, onde se diz: Quando o cantor entoa o Glória<br />

ao Pai, levantem-se logo todos de seus assentos em honra e reverência<br />

à Santíssima Trindade. Dom Christian Schütz pensa, na mesma linha,<br />

que o sentido do Ofício Divino é de render a Deus, o único Santo, esta<br />

glória que é ele mesmo e que ele tem, esta glória que resplandece na<br />

criação como na história da salvação e muito particularmente em<br />

Jesus Cristo 19 .<br />

Se no mosteiro, uma das finalidades que justificam a atividade<br />

econômica é a de glorificar Deus em todas as coisas (ut in omnibus<br />

glorificatur Deus, RB 57,8), quanto mais esta glorificação deve ser a<br />

finalidade da santa Liturgia (Opus Dei!).<br />

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