A LITURGIA (OFÍCIO DIVINO): CENTRO DA EXISTÊNCIA ...
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este respeito ampla informação 27 . Limitamo-nos, aqui, a recordar o<br />
desenvolvimento cronológico e os atos principais! Um dos primeiros<br />
documentos referentes à liturgia de Cister é uma longa carta dirigida<br />
pelo Abade beneditino Lambert de Pothières ao Abade Alberico de<br />
Cister28. . É um texto de muita força. Alberico o havia dirigido a este<br />
sábio gramático para pedir-lhe como acentuar e compreender<br />
corretamente certas palavras do saltério latino. Pode-se reconhecer nele<br />
a fonte da autenticidade dos textos e de um desenvolvimento preciso<br />
das celebrações litúrgicas que caracteriza os primeiros Cistercienses.<br />
Uma primeira e importante etapa da reforma litúrgica foi a<br />
audaciosa revisão da Bíblia latina, empreendida de modo muito<br />
verossímil no tempo em que Alberico presidia como abade, continuada<br />
e terminada por Estêvão. Para esse trabalho, como é conhecido, foram<br />
consultados alguns rabinos. Este foi um trabalho pesado, que durou<br />
pouco mais de dez anos, desde 1099 a 1109. Tendo em vista a<br />
importância primordial da Bíblia, da Palavra de Deus, para a<br />
celebração da liturgia e, simplesmente, para a vida monástica, é<br />
compreensível que a obra de reforma dos Cistercienses tenha investido<br />
tanto, para obter um texto da Bíblia tão confiável e autêntico quanto<br />
fosse possível. A finalidade desta revisão da Bíblia – que acabou por se<br />
chamar a Bíblia de Santo Estêvão Harding – e seu método quase<br />
moderno e científico, são expostos por Estêvão em seu Prólogo a<br />
Monitum 29 .<br />
Por volta de 1108-113 (115/119), os Cistercienses adotaram o<br />
hinário ambrosiano de Milão. Nele se esforçaram para seguir fielmente<br />
a Regra de São Bento, que em muitas ocasiões utiliza o termo<br />
“ambrosiano” no lugar da palavra “hino”. E, como o autor destes hinos<br />
é Santo Ambrósio (+397), bispo de Milão, é lá que nossos fundadores<br />
foram buscar os hinos para Cister. Sabemos isso de maneira certa pelo<br />
Prólogo a Monitum do Hinário cisterciense escrito por Santo<br />
Estêvão 30 .<br />
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