A LITURGIA (OFÍCIO DIVINO): CENTRO DA EXISTÊNCIA ...

Aqui temos que pôr em relevo dois pontos importantes:
- a Igreja confiou a celebração da liturgia, de maneira especial,
aos monges e monjas;
- eles continuam, assim, a oração de Cristo.
O no 61 sublinha o valor eminente da celebração eucarística. O
no 62 trata novamente da renovação do ofício divino e recomenda
buscar uma harmonia entre a liturgia e os outros elementos da vida
monástica. É preciso, por conseguinte, que nossa vida cotidiana
favoreça a celebração frutuosa da liturgia e que, por seu lado, a
estrutura da liturgia e seus ritos sejam tais que possam alimentar e
animar nossa vida cotidiana. De fato, o dia-a-dia demasiadamente
carregado afogaria a liturgia, e as cerimônias litúrgicas, mantidas
apesar de sua inadaptação à mentalidade moderna, tornariam estéreis
nossas celebrações67. É um texto bem realista, atento aos mosteiros que exercem
atividades pastorais ou educativas.
Dado que a O.Cist. se compõe de diversas Congregações, o
tema da liturgia se encontra nas Constituições de cada uma delas. A
Constituição de Mehrerau, à que pertencem a maior parte dos
mosteiros da Alemanha e da Suiça, e alguns mosteiros austríacos,
publicou, em 1995, com suas Constituições, alguns Fundamentos
espirituais que contêm um capítulo (o cap. 4) belíssimo e muito bem
feito sobre a Oração, liturgia, lectio divina. Nessas Constituições, lê-se
no artigo 95: O Ofício divino é o centro da vida da Igreja e do mosteiro.
Nada lhe deve ser anteposto... É o lugar privilegiado de expressão de
nosso dom total ao Senhor e a fonte principal que a nutre
constantemente. É a força que edifica a comunidade monástica. 68 .
Gostaria de terminar minha exposição sobre a Liturgia (Opus
Dei): centro da existência monástica, citando a Declaração da O. Cist
que expressa uma idéia de fundo do Concílio Vaticano II. A mesma
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