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Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium

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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 3<br />

foram as que apresentaram maior <strong>distribuição</strong> na costa brasileira. Algumas espécies<br />

tiveram sua <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> ampliada para a costa brasileira, como C.<br />

decorticatum (Ceará, Paraíba e Alagoas); C. intertextum (Alagoas), C. isthmocladum<br />

(Alagoas, Sergipe e Paraná) e C. taylorii (Ceará, Paraíba, Alagoas e Paraná). Além<br />

da taxonomia baseada em caracteres morfológicos e reprodutivos foi feito o<br />

sequenciamento de DNA visan<strong>do</strong> entender melhor o polimorfismo encontra<strong>do</strong> em<br />

algumas espécies. No momento, o sequenciamento de DNA é a técnica mais<br />

poderosa para detectar polimorfismo no genótipo e tem si<strong>do</strong> bastante utilizada na<br />

comparação de diferentes níveis taxonômicos. Seqüências <strong>do</strong> primeiro éxon da<br />

grande subunidade RUBISCO (rbcL) têm si<strong>do</strong> usadas na delimitação molecular e<br />

<strong>filogenia</strong> de espécies. Para o presente estu<strong>do</strong>, foram obtidas amostras de <strong>Codium</strong><br />

em diversas localidades <strong>do</strong> Brasil (PB, PE, BA, RJ, SP e SC), além <strong>do</strong> Arquipélago<br />

de Fernan<strong>do</strong> de Noronha. As amostras foram preservadas em álcool a 70% e sílica<br />

gel. O processo de extração, amplificação, sequenciamento e análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

foram realiza<strong>do</strong>s na Universidade de São Paulo (USP) no laboratório de Algas<br />

Marinhas Edson J. de Paula (LAM). Neste estu<strong>do</strong>, as seqüências para o éxon 1 <strong>do</strong><br />

gene rbcL foram obtidas de 24 amostras de seis espécies ocorrentes na costa<br />

brasileira: C. decorticatum, C. intertextum, C. isthmocladum, C. spongiosum, C.<br />

taylorii e C. repens. O éxon 1 <strong>do</strong> rbcL apresentou 788 pares de base para todas as<br />

amostras. Das 24 amostras seqüenciadas, dez seqüências únicas foram obtidas, as<br />

quais foram filogeneticamente analisadas com outras seqüências <strong>do</strong> GenBank,<br />

usan<strong>do</strong> diferentes méto<strong>do</strong>s de inferências. As árvores resultantes foram similares,<br />

apresentan<strong>do</strong> três principais agrupamentos monofiléticos. O agrupamento a,<br />

composto por espécies de hábito prostra<strong>do</strong>, não ramifica<strong>do</strong> e na maioria com<br />

utrículos agrupa<strong>do</strong>s e pequenos; o agrupamento b, consistin<strong>do</strong> na sua maioria,<br />

espécies de hábito ereto, ramo cilíndrico, com utrículos grandes individuais e<br />

finalmente o agrupamento c composto por espécies de hábito ereto, ramo cilíndrico a<br />

levemente achata<strong>do</strong>, utrículos individuais, com tamanhos intermediários. As<br />

espécies brasileiras agruparam com similares de outras localidades <strong>geográfica</strong>s e<br />

aparecem entre os principais agrupamentos monofiléticos. Estes resulta<strong>do</strong>s indicam<br />

que a colonização <strong>do</strong> Atlântico sul americano ocorreu muitas vezes, possivelmente<br />

de espécies provenientes <strong>do</strong> In<strong>do</strong>-Pacífico.

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