Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 7<br />
e caducos (Van den Hoek et al. 1995, Graham & Wilcox 2000, Pedroche 2001). A<br />
parede celular é constituída principalmente por monossacarídeo (β-1,4 D-manose)<br />
ou pelo polissacarídeo arabinogalactana sulfatada e não por celulose (Van den Hoek<br />
et al. 1995, Graham & Wilcox 2000). O <strong>gênero</strong> é homoplastídico (Van den Hoek et al.<br />
1995, Bold & Wynne 1985) com numerosos cloroplastos discóides sem pirenóides,<br />
situa<strong>do</strong>s nos utrículos (Graham & Wilcox 2000).<br />
2 cm<br />
Talo adulto<br />
Região medular<br />
Corte transversal <strong>do</strong> talo<br />
Região cortical<br />
gametângio<br />
500μm<br />
Utrículo<br />
Filamento medular<br />
Figura 1 - Desenho esquemático de um representante <strong>do</strong> <strong>gênero</strong> <strong>Codium</strong><br />
Stackhouse (corte transversal <strong>do</strong> talo, adapta<strong>do</strong> de Lee 1989).<br />
Com relação ao ciclo de vida, são organismos haplobiontes diplontes (Van den<br />
Hoek et al. 1995). A reprodução pode ser por via sexual (através da fusão de<br />
gametas), bem como assexual com a produção de “Brutkorper” (gametângios<br />
abortivos modifica<strong>do</strong>s) e fragmentação <strong>do</strong> talo. No entanto, estas modalidades de<br />
reprodução variam entre espécies e populações <strong>geográfica</strong>s (Chang et al. 2003).<br />
Na reprodução sexual, o gametângio é forma<strong>do</strong> lateralmente no utrículo sobre<br />
um curto pedicelo e seu conteú<strong>do</strong> interno se transforma por meiose em gametas<br />
biflagela<strong>do</strong>s (Pedroche 2001). Apresenta marcada anisogamia, onde os gametas<br />
masculinos são pequenos e apresentam poucos cloroplastos, enquanto que os<br />
gametas femininos são consideravelmente maiores, com vários cloroplastos (Prince<br />
& Trowbridge 2004). Quan<strong>do</strong> os gametas atingem a maturidade, há uma força<br />
interna explosiva que rompe o poro terminal <strong>do</strong> gametângio e estes são expulsos<br />
através de um duto em meio a uma massa gelatinosa (Williams 1980, Lee 1989).