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Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium

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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 6<br />

1 – INTRODUÇÃO<br />

As algas verdes estão inseridas no phylum Chlorophyta constituin<strong>do</strong> o maior e<br />

mais diversifica<strong>do</strong> grupo de algas, tanto em nível de espécie, como também de<br />

padrões morfológicos, estruturais e reprodutivos (Oliveira 2003). Atualmente, o<br />

phylum encontra-se representa<strong>do</strong> por 17.000 espécies (Raven et al. 2001, Reviers<br />

2006).<br />

A morfologia das algas verdes é bastante simples, ocorren<strong>do</strong> numerosos grupos<br />

unicelulares (livres ou coloniais) até pluricelulares como as filamentosas, com ou<br />

sem ramificação, e parenquimatosas simples. Além disso, merecem destaque as<br />

espécies com talo cenocítico, que se desenvolvem como resulta<strong>do</strong> de repetidas<br />

divisões nucleares sem a formação de novas paredes celulares. Dentre as<br />

cenocíticas, citam-se exemplos de alguns <strong>gênero</strong>s, tais como <strong>Codium</strong> Stackhouse,<br />

Halimeda J. V. Lamouroux, Penicillus Lamarck, U<strong>do</strong>tea J. V. Lamouroux, entre<br />

outros membros da ordem Bryopsidales (Pereira 1996, Raven et al. 2001, Oliveira<br />

2003). Estes organismos constituem importantes componentes nas comunidades<br />

bênticas de águas rasas de vários ambientes marinhos tropicais e subtropicais<br />

(DeWreede 2006).<br />

O <strong>gênero</strong> <strong>Codium</strong> é exclusivamente marinho, constituí<strong>do</strong> por 125 espécies<br />

(Pedroche 2001), e se distribuem em to<strong>do</strong>s os mares, com exceção para os<br />

ambientes marinhos das regiões polares (Pedroche et al. 2002). Popularmente, seus<br />

representantes são denomina<strong>do</strong>s como “espaguete <strong>do</strong> mar” (spaghetti grass),<br />

“de<strong>do</strong>s de homens mortos” (dead man’s fingers), “erva daninha japonesa” (japanese<br />

weed) e “ladrão de ostras” (oyster thief) (Ranus 1971, Loosanoff 1975, Trowbridge<br />

1998).<br />

O <strong>gênero</strong> caracteriza-se por apresentar talo multiaxial, de consistência esponjosa<br />

(Graham & Wilcox 2000), em que os filamentos cenocíticos se entrelaçam forman<strong>do</strong><br />

um corpo vegetal macroscópico, de forma definida (Pedroche 1981). Seus<br />

representantes possuem hábito ereto ou prostra<strong>do</strong>, com marcada diversidade<br />

morfológica, poden<strong>do</strong> apresentar talo aplana<strong>do</strong>, pulvina<strong>do</strong>, digitiforme, globular,<br />

petalóide, membraniforme e cilíndrico. Além disso, os ramos podem ser livres ou<br />

anastomosa<strong>do</strong>s (Silva 1952, Pedroche 2001).<br />

A região medular é densamente entrelaçada por filamentos cilíndricos, que se<br />

alargam na extremidade originan<strong>do</strong> os utrículos, caracterizan<strong>do</strong> a camada cortical<br />

(Figura 1). Os utrículos estão dispostos radialmente, portan<strong>do</strong> longos pêlos hialinos

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