Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
Taxonomia, distribuição geográfica e filogenia do gênero Codium
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Oliveira-Carvalho, M. F. <strong>Taxonomia</strong>, <strong>distribuição</strong> <strong>geográfica</strong> e <strong>filogenia</strong> ... 47<br />
variação morfológica, não sen<strong>do</strong> possível o seu reconhecimento. Alguns exemplares <strong>do</strong> litoral<br />
baiano poderiam ser confudi<strong>do</strong>s no aspecto externo com C. decorticatum. Neste caso, é<br />
possível que haja na população hibridização intraespecífica, como comenta<strong>do</strong> anteriormente<br />
para C. decorticatum. Casos de hibridização intraespecífica já foram relata<strong>do</strong>s por Silva<br />
(1960) para C. decorticatum, C. taylorii e C. isthmocladum. No Rio de Janeiro, os exemplares<br />
coleta<strong>do</strong>s apresentavam talos densamente ramifica<strong>do</strong>s, de consistência aveludada devi<strong>do</strong> à<br />
abundância de pêlos, ápices dilata<strong>do</strong>s ou capita<strong>do</strong>s. Alguns exemplares com ramos<br />
subcilíndricos e dicotomias levemente achatadas foram encontra<strong>do</strong>s no litoral de Santa<br />
Catarina.<br />
C. taylorii é uma espécie amplamente distribuída no Atlântico Tropical (Silva 1960). Sua<br />
grande variação morfológica tem si<strong>do</strong> referida por Silva (1960) e Van den Heede &<br />
Coppejans (1996). Em geral, os exemplares analisa<strong>do</strong>s correspondem às descrições e<br />
ilustrações de Joly (1965), Silva (1960) e Taylor (1960) para o Atlântico Tropical, Van den<br />
Heede & Coppejans (1996) para o Quênia, Tanzânia e Ilhas Seychelles e Littler & Littler<br />
(2000) para a região <strong>do</strong>s mares <strong>do</strong> Caribe.<br />
<strong>Codium</strong> sp. Figs: 48-53.<br />
Talo ereto, coloração verde-clara, com até 15 cm de altura, fixo ao substrato por um<br />
apressório basal discóide. Ramificação dicotômica a irregular, raramente prolífera nas porções<br />
medianas <strong>do</strong> talo. Ramos subcilíndricos ou, às vezes, aplana<strong>do</strong>s em algumas partes da região<br />
mediana <strong>do</strong> talo, ramifica<strong>do</strong>s até a 6 a ordem, medin<strong>do</strong> de 1,5 - 3 mm diâmetro. Filamentos<br />
medulares incolores, 20 (34) 48 μm de diâmetro, com espessamento lenticular de 20 (27) 35<br />
μm. Utrículos individuais, subcilíndricos a raramente piriformes, com 100 (208) 340 μm de<br />
diâmetro e 470 (586) 740 μm de comprimento. Ápice <strong>do</strong> utrículo arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong> a trunca<strong>do</strong>,<br />
parede apical delgada, medin<strong>do</strong> até 5 μm de espessura. Pêlos ou cicatrizes de pêlos, distan<strong>do</strong><br />
57 (82) 115 μm abaixo <strong>do</strong> ápice <strong>do</strong> utrículo. Gametângios 1 a 2 por utrículo, cilíndricos a<br />
ovóides, 50 (72) 100 μm de diâmetro e 100 (159) 200 μm de comprimento, distan<strong>do</strong> 250<br />
(276) 310 μm <strong>do</strong> ápice <strong>do</strong> utrículo.<br />
Material examina<strong>do</strong>: Rio de Janeiro: UC1607939: 13/04/1994 - COSTA VERDE II, 22 0 32’S,<br />
40 0 57’W, profundidade (66 m); UC 1607940: 15/05/1993 - PITA II, Programa Integra<strong>do</strong> de<br />
Treinamento de Alunos II, 22 0 19’30”– 22 0 02’30”S; 40 0 51’40 ” – 40 0 52 ’ 30 ” W, Profundidade<br />
(53 m).