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Adm 58 c - USCS

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e v i s t a<br />

Artigo imes<br />

de uma etiqueta, de uma marca, de uma qualidade<br />

ou até mesmo do espírito de um produto,<br />

amparando ou complementando as características<br />

e as funções exercidas pelos demais recursos<br />

utilizados (audiovisuais).<br />

Também recorrem a materiais de apoio inovadores,<br />

como “cards”, materiais termocrômicos,<br />

microencapsulados que são encartados em revistas<br />

(forma clássica), “outdoor”, catálogos, páginas<br />

publicitárias, e no marketing direto.<br />

Em níveis subliminares o apelo olfativo visa ao<br />

estímulo do indivíduo exposto, tanto sob o aspecto<br />

de desempenho, ao excitá-lo ou acalmá-lo a<br />

determinadas atividades, quanto de ordem motivacional,<br />

incitando-o ao consumo de determinados<br />

produtos ou serviços, sensibilizado pelo palato ou<br />

por efeitos ambientais.<br />

No entanto, foi constatado que a comunicação<br />

publicitária tradicional recorre ao olfato em<br />

proporções bem menores do que aos demais<br />

recursos.<br />

Quanto ao comportamento concorrencial,<br />

evidenciou-se a preocupação que as marcas têm<br />

em diferenciar-se ou distinguir os seus produtos<br />

dos da concorrência; o foco é sempre promover<br />

uma vantagem competitiva, algo que torne o<br />

produto diferente, se não melhor, em relação aos<br />

demais, disponíveis no mercado.<br />

Por não se tratar de um mercado inovador, as<br />

empresas brasileiras seguem tendências ditadas<br />

pelo internacional, notadamente o americano e o<br />

europeu, que realizam intensas pesquisas de mercado<br />

e sensoriais, para identificar as preferências<br />

de consumo e suas alterações, fenômeno que se<br />

modifica de tempos em tempos.<br />

No entanto, ainda não existem concorrentes<br />

diretos no mercado brasileiro. Uma das empresas<br />

entrevistadas, por exemplo, ressaltou a existência<br />

de organizações que oferecem produtos sucedâneos<br />

ou artigos com sistemas operacionais semelhantes,<br />

mas que se destinam a segmentos de produtos ou<br />

de mercados distintos.<br />

Relativamente aos problemas resultantes da<br />

implantação do marketing olfativo, as empresas<br />

pesquisadas não identificaram a ocorrência de<br />

grandes problemas, exceto alguns de ordem<br />

operacional, pouco representativos.<br />

Existe, ainda, alguma dificuldade no desenvolvimento<br />

de aromas personalizados quando desti-<br />

julho/dezembro-2003<br />

nados a “logos olfativos”, circunstância em que a<br />

solução recomenda o desenvolvimento de<br />

“briefings” da fragrância requerida pelo cliente.<br />

As indústrias dispõem de estatísticas de notas e<br />

ingredientes que não são utilizados por provocarem<br />

rejeições quando introduzidos na formulação de<br />

produtos, como os de beleza com fragrâncias<br />

“gourmet”.<br />

Certos aromas poderão comprometer a saúde<br />

das pessoas a eles expostas, se alérgicas. Assim,<br />

na sua escolha, optam-se pelos que sejam menos<br />

suscetíveis de provocar alergia; aromas menos<br />

insinuantes, mais leves e sem registros de exageros<br />

na sua dosagem.<br />

Consoante com a literatura observada é oportuno<br />

observar que existem, ainda, obstáculos de ordem<br />

técnica, como a perenidade requerida num aroma;<br />

o seu usuário perde a sensação de percepção alguns<br />

segundos após tê-lo sentido.<br />

Aumentar a intensidade odorante num ambiente<br />

para solucionar este problema ensejaria outro<br />

ainda maior, o de tornar o ambiente irrespirável.<br />

Desempenho e segurança também foram<br />

objetos de atenção; a toxidade e/ou a flamabilidade<br />

podem, mais uma vez, ser objeto de problemas de<br />

saúde.<br />

Constatou-se, ainda, a possibilidade de<br />

ocorrência de problemas de ordem ética, diante da<br />

impossibilidade de os aromas serem “aprisionados”<br />

em sua utilização estratégia de marketing. Em sua<br />

obra, Lehu (1999) comenta que, a exemplo dos<br />

mitos publicitários subliminares, os aromas podem<br />

ter influência no subconsciente do comprador e,<br />

por conseqüência, em seu comportamento, sem que<br />

ele se aperceba e controle esse fenômeno.<br />

CONCLUSÕES<br />

Apesar das diferenças de focos existentes entre<br />

as empresas entrevistadas, seus respectivos objetivos<br />

visam, sempre, ao consumidor, quer no que tange<br />

à promoção de seu bem-estar social, emocional ou<br />

físico, quer em sua satisfação relativamente ao<br />

ambiente onde se encontra, agregando qualidade<br />

ao produto ou serviço ofertados.<br />

O desempenho alcançado por uma das<br />

empresas entrevistadas refletiu esta constatação,<br />

ao declarar a conquista de brasileiros por meio de<br />

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