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e v i s t a<br />

Artigo imes<br />

A empresa objeto de estudo é a Valeo Sistemas<br />

de Segurança. Essa empresa está presente em 25<br />

países, possui 70.000 colaboradores, 139 fábricas<br />

e 53 centros de tecnologia e inovação. Na Grande<br />

São Paulo está presente com duas unidades, uma<br />

no bairro da Cantareira na cidade de São Paulo, com<br />

500 funcionários, e outra no município de Diadema,<br />

com 236 funcionários. Suas atividades de fabricação<br />

de equipamentos automotivos iniciaram-se na<br />

França em 1921. No Brasil, a empresa chegou em<br />

1975 para fabricar Sistemas Térmicos e de<br />

Climatização, na cidade de Itatiba no Estado de São<br />

Paulo. O nome Valeo deriva do latim e significa<br />

“Sentir-se Bem”. Em Abril de 1997 foi iniciada a<br />

fabricação de Sistemas de Segurança, por meio da<br />

aquisição de duas fábricas pertencentes ao Grupo<br />

Univel, uma Metalúrgica e uma Indústria de<br />

Plásticos. O foco do estudo foi a unidade de Plásticos<br />

de Diadema.<br />

A indústria automotiva está presente na maioria<br />

das nações industrializadas. Este setor integra suas<br />

atividades com um complexo canal de fornecimento<br />

de matérias-primas. De acordo com<br />

Gunasekaran (2000), as montadoras européias têm<br />

competido com novos rivais, principalmente<br />

japoneses, cuja produtividade por empregado tem<br />

sido bem superior ao longo dos anos 1990, de modo<br />

a conduzir a gestão das empresas neste continente<br />

a adotar modelos e técnicas de gestão alicerçados<br />

no Gerenciamento da Qualidade Total e no Just in<br />

Time, em sua maioria originados do modelo TPS –<br />

Toyota Productive System. Esses modelos e técnicas<br />

não se circunscreveram às montadoras e foram<br />

estendidas para os fornecedores.<br />

A indústria de auto-peças escolhida opera no<br />

Brasil, a partir de um modelo de gestão denominado<br />

por cinco eixos e que segue a linha teórica<br />

japonesa. A área internacional responsável pela<br />

aplicação do modelo chama-se Quality Assurance<br />

e situa-se na matriz na França. Periodicamente<br />

auditores são encaminhados para os países onde<br />

a empresa mantém negócios, com o objetivo de<br />

checar se o modelo e os indicadores estabelecidos<br />

para todas as plantas do mundo foram convertidos<br />

em planos de ação e se os resultados esperados<br />

estão sendo atingidos.<br />

MUDANÇA E AQUISIÇÃO DE EMPRESAS<br />

De acordo com Zimmerman (1995), as mudanças<br />

estão ocorrendo nos últimos tempos a taxas sem<br />

julho/dezembro-2003<br />

precedentes. O autor destaca que negar a mudança<br />

não evitará que ela ocorra, portanto o maior desafio<br />

será compreendê-la e agir de forma positiva,<br />

aproveitando as oportunidades.<br />

No Brasil, até o final dos anos 1980, as aquisições<br />

no setor de auto-peças eram quase nulas, pois as<br />

empresas ainda trabalhavam em mercados<br />

protegidos, os controles e os padrões de exigência<br />

eram complacentes e os clientes e os consumidores<br />

tinham que se conformar com a baixa qualidade do<br />

produto e do serviço oferecido. A política industrial<br />

brasileira, fruto do desenvolvimento orientado para<br />

a substituição de importações, por muitos anos ficou<br />

isolada do resto do mundo:<br />

“O processo de abertura, resposta à necessidade<br />

da globalização em competitividade,<br />

revelou disfunções oriundas da forte intervenção<br />

governamental no sentido de promover a industrialização<br />

no país.” (Coutinho, 1994 p. 18)<br />

A análise que se faz do período anterior à<br />

abertura econômica iniciada na década de 1990<br />

indica que as indústrias cresceram, mas sem visão<br />

estratégica e integração com todos os elementos<br />

que contribuem para a construção da vantagem<br />

competitiva da indústria.<br />

A partir da globalização, observou-se contínua<br />

alteração dos cenários empresariais. Uma das mais<br />

importantes funções gerenciais é identificar<br />

mudanças ou, se possível, antecipar-se a elas,<br />

demonstrando que os gestores, para fazer frente<br />

às alterações do mercado, necessitariam apresentar<br />

o comportamento de:<br />

“...monitorar alterações nas condições da<br />

economia, ficar atentos às movimentações de<br />

seu mercado de atuação e agir para elevar ou<br />

manter o desempenho da empresa.” (Whipp et<br />

al., s.d., p. 15).<br />

Se, por exemplo, a empresa está sendo incapaz<br />

de competir em seu mercado com eficácia, esperase<br />

que se reposicione aos padrões/parâmetros<br />

internacionais de desempenho de seu mercado de<br />

atuação ou então poderá sucumbir.<br />

A mudança organizacional que uma aquisição<br />

desencadeia pode ser caracterizada como de larga<br />

escala, conforme a denominação de Lawler (1989,<br />

p. 3):<br />

“é um processo de mudança que altera um<br />

número significativo de sistemas para tornar a<br />

organização mais efetiva. As alterações não são<br />

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