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Di.rio fim-de-semana 4876 : Plano 56 : 1 : P.gina 1 - Económico - Sapo

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24 | Outlook | Sábado, 24.4.2010<br />

BEST OF<br />

Há vidas mais baratas, mas...<br />

O Palácio <strong>de</strong> Seteais, em Sintra, num <strong>fim</strong>-<strong>de</strong>-<strong>semana</strong> <strong>de</strong> Abril<br />

<strong>de</strong> sol. Esqueçam tudo o que lhes disseram sobre o f<strong>rio</strong> da vila<br />

TEXTO ISABEL LUCAS<br />

On<strong>de</strong> está a humida<strong>de</strong>, o nevoeiro,<br />

a falta repentina <strong>de</strong><br />

um casaco que ficou esquecido<br />

no carro? Estranho.<br />

Nãohánadadissoenãoestamos<br />

a tiritar. Céu azul, sol<br />

e o oceano ao fundo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Colares e<br />

do ver<strong>de</strong> que vai até lá. É Sintra em Abril,<br />

num <strong>fim</strong>-<strong>de</strong>-<strong>semana</strong> em que a chuva <strong>de</strong>u<br />

tréguas e a piscina nos jardins do hotel<br />

Palácio <strong>de</strong> Seteais está mesmo a pedir um<br />

mergulho. Imprudência não ter trazido<br />

fato <strong>de</strong> banho. Quem diria? “Abril, águas<br />

mil” e então se for em Sintra o provérbio<br />

ganha contornos ainda mais arrepiantes.<br />

Lançam-se umas pragas às falhas da sabedoria<br />

popular e à imprevidência <strong>de</strong><br />

viajantes pouco arrojados e aproveita-se<br />

o sol numa espreguiça<strong>de</strong>ira, objecto que<br />

até ali pareceu não ter nome tão a<strong>de</strong>quado<br />

ao propósito.<br />

Espreguiçar ao sol <strong>de</strong> <strong>fim</strong> <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Sintra, com cheiro a rosmaninho, os pássaros<br />

com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> se arrumar nos<br />

troncos das árvores, numa algaraviada<br />

tranquila, e os olhos perdidos lá bem no<br />

fundo, no mar da Praia Gran<strong>de</strong> que dali<br />

ainda parece maior.<br />

Há vidas mais baratas mas não são tão<br />

boas. Frase feita que neste caso assenta<br />

que nem luva. Estamos no renovado Tivoli<br />

Palácio <strong>de</strong> Seteais, em Sintra. Trinta<br />

quartos, só, recuperados em estilo romântico,<br />

como manda a históriaeatradição<br />

do local. Espaçosos, confortáveis,<br />

como os salões e a sala <strong>de</strong> refeições. Em<br />

todos os espaços <strong>de</strong>ste palácio, <strong>de</strong>staque<br />

para os frescos com motivos silvestres<br />

que <strong>de</strong>coram as pare<strong>de</strong>s todas as pare<strong>de</strong>s.<br />

Não é à toa que o local é tão procurado por<br />

jovens casais que querem dar ali o nó e serem<br />

felizes para sempre. O sítio é inspira-<br />

O Hotel Palácio<br />

<strong>de</strong> Seteais quer<br />

ser uma unida<strong>de</strong><br />

hoteleira completa.<br />

Quem lá está não<br />

precisa <strong>de</strong> lá sair<br />

para ter todo<br />

oconfortoque<br />

precisa. Fica a<br />

poucos minutos<br />

apédavila<strong>de</strong><br />

Sintra. Tem apenas<br />

30 quartos e sofreu<br />

remo<strong>de</strong>lações<br />

totais<br />

recentemente.<br />

A ca<strong>de</strong>ia Tivoli<br />

quis fazer <strong>de</strong>ste,<br />

um hotel singular.<br />

Historicamente<br />

tem tudo para o ser.<br />

Arquitectonicamente<br />

não lhe faltam<br />

condições<br />

dor e a felicida<strong>de</strong>, ali, parece uma enorme<br />

probabilida<strong>de</strong>.<br />

Adiante. A ca<strong>de</strong>ia Tivoli quis fazer <strong>de</strong>ste,<br />

um hotel singular. Historicamente<br />

tem tudo para o ser. Arquitectonicamente<br />

não lhe faltam condições. À janela, daquelas<br />

<strong>de</strong> guilhotina, avista-se o palácio<br />

da Pena e o Castelo da Vila, dois monumentos<br />

testemunho <strong>de</strong> distantes épocas<br />

com a vila sempre a funcionar como pólo<br />

<strong>de</strong> atracção. Andamos por ali, com mística<br />

Regaleira por perto. Cinco minutos a<br />

pé que não se avistam dali. E é inevitável<br />

não pensar em Eça <strong>de</strong> Queiroz e nas personagens<br />

que c<strong>rio</strong>u para “Os Maias”. Elas<br />

andaram também por lá. Não po<strong>de</strong>m ter<br />

sido só ficção. A Maria Eduarda, o Ega, o<br />

Carlos da Maia. Foram.<br />

Tudo isto percorre a cabeça que se <strong>de</strong>spejou<br />

da correria <strong>de</strong> Lisboa e rapidamente<br />

embala nas lendas que por ali se ouvem,

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