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Revista dependências - Novembro 2007

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18 | Dependências | Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite (Brasil) animado com novo fármaco<br />

Primeiros resultados do inibidor<br />

de proteases “Boceprevir”<br />

A Schering-Plough acaba de divulgar os primeiros e<br />

alentadores resultados do ensaio clínico utilizando<br />

o inibidor de proteases Boceprevir no tratamento<br />

da hepatite C. O estudo compreende o tratamento<br />

de aproximadamente 800 pacientes com diversas<br />

características e esquemas de tratamento.<br />

Estudo HCV SPRINT-1 (HCV Serine Protease<br />

Inhibitor Therapy-1<br />

Os resultados apresentados referentes à fase<br />

II realizada no grupo de 595 pacientes<br />

nunca antes tratados para hepatite C apresentam<br />

os percentuais alcançados de resposta<br />

na semana 12 do tratamento, mas estão<br />

a ser considerados apenas aqueles pacientes<br />

que se encontram negativos (indetectáveis)<br />

para um PCR com sensibilidade<br />

de somente 15 UI. Pacientes que somente<br />

baixaram 2 log não são considerados nos resultados<br />

apresentados.<br />

Neste grupo foi utilizada a dosagem de 800<br />

mg de Boceprevir, combinado ao PegIntron<br />

(1,5 mcg/kg) e Ribavirina (entre 800 e 1.400<br />

mg/dia) em tratamentos com duração de 28<br />

ou 48 semanas. Existia uma variedade muito<br />

grande de grupos, com dosagens diferentes<br />

e duração diferente, mas apresentamos<br />

os resultados que consideramos mais<br />

interessantes, objectivando não confundir o<br />

portador. Quando da divulgação dos dados<br />

pela Schering-Plough publicaremos a comunicação<br />

que realizada.<br />

Nos quatro grupos principais (sendo um deles<br />

um grupo controlo que recebeu somente<br />

o PegIntron combinado a ribavirina, sem utilização<br />

do Boceprevir) foram observados, na<br />

semana 12 do tratamento, os seguintes percentuais<br />

de resposta virológica (indetectável<br />

na semana 12): Os grupos 1, 2 e 3 apresentaram<br />

respectivamente 70%, 79% e 54 %<br />

de pacientes totalmente indetectáveis, contra<br />

34% do grupo que foi tratado da forma<br />

tradicional, com PegIntron e Ribavirina, mas<br />

sem o Boceprevir.<br />

As interrupções por efeitos colaterais foram<br />

respectivamente de 12%, 9% e 8% nos grupos<br />

com Boceprevir e de 5% no grupo controle.<br />

O resultado é mais que animador. É sabido<br />

que ainda será necessário esperar pelo final<br />

do estudo e ver qual será a resposta sustentada<br />

(cura) realmente conseguida, mas é sabido<br />

que pacientes indetectáveis na semana<br />

12 possuem altíssimas possibilidades de sucesso<br />

no tratamento e, como os percentuais<br />

na semana 12 são muito superiores que os<br />

encontrados actualmente, tudo leva a imaginar<br />

que o final do estudo poderá surgir uma<br />

grata surpresa. Apresentaram respectivamente<br />

70%, 79% e 54 % de pacientes totalmente<br />

indetectáveis, contra na semana 12<br />

Boceprevir em pacientes nulos de resposta<br />

Um grupo de pacientes, considerados os<br />

mais difíceis de tratar também participou no<br />

estudo. Foram seleccionados 357 pacientes<br />

que tiveram que interromper um tratamento<br />

prévio realizado com interferon peguilado e<br />

ribavirina na semana 12 porque não tinham<br />

conseguido baixar 2 log. Praticamente nenhuma<br />

opção existe actualmente para este<br />

tipo especial de paciente não respondedor,<br />

considerados nulos de resposta. Pacientes<br />

recidivantes, isto é, que tinham negativado<br />

ou baixado mais de 2 log na semana 12 e<br />

depois o vírus retornou, não foram incluídos<br />

neste estudo. O objectivo foi centrado exclusivamente<br />

nos pacientes mais difíceis.<br />

Todos receberam o tratamento normal de<br />

PegIntron e Ribavirina (entre 800 e 1.400<br />

mg/dia) adicionando o Boceprevir por 24 ou<br />

48 semanas e também foi tratado um grupo<br />

controle que não recebeu o Boceprevir.<br />

Após seis meses do final do tratamento foi<br />

realizado o PCR para se determinar a resposta<br />

sustentada (cura) nos diversos grupos.<br />

Os resultados nos grupos que receberam a<br />

combinação com o Boceprevir cifraram-se<br />

entre os 7% e os 14%. Pode parecer pouco<br />

mas, quando comparado com o grupo que<br />

recebeu o tratamento tradicional, somente<br />

com PegIntron e Ribavirina, sem o Boceprevir,<br />

vemos que somente 2% conseguiram<br />

a cura. Um número entre três e sete vezes<br />

superior conseguiu sucesso no tratamento<br />

com Boceprevir.<br />

Carlos Varaldo, do Grupo Otimismo de<br />

Apoio ao Portador de Hepatite refere em comunicado<br />

que “decidi realizar esta divulgação<br />

antes de receber o texto da Schering-<br />

Plough porque os dados obtidos não podem<br />

deixar de ser divulgados, já que representam<br />

uma esperança que poderá concretizar-se<br />

a curto prazo. Assim que tivermos o<br />

release da Schering-Plough divulgaremos o<br />

mesmo”.<br />

Convém ainda esclarecer que o Boceprevir<br />

ainda não se encontra à venda em nenhum<br />

país. Estes estudos são resultados das fases<br />

avançadas (fase II) das pesquisas.

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