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Revista dependências - Novembro 2007

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36 | Dependências | Jorge Negreiros em entrevista<br />

“A investigação em toxico<strong>dependências</strong><br />

é já um dado adquirido em Portugal”<br />

É professor na Faculdade de Psicologia e Ciências<br />

Sociais da Universidade do Porto e responsável pela<br />

orientação de alguns dos trabalhos que constituem uma<br />

fasquia muito significativa da produção de conhecimento<br />

científico que se vai gerando em Portugal em matéria<br />

de toxico<strong>dependências</strong>. Jorge Negreiros considera<br />

mesmo muito positivo o que se tem feito no nosso<br />

País em matéria de investigação nesta área, quer no<br />

domínio biológico, quer na vertente psicossocial, algo<br />

que poderá resultar num cada vez maior enriquecimento<br />

das intervenções. Assim o queira o sector político,<br />

responsável pela definição de estratégias e acções…<br />

Dep – Como vai a investigação em português<br />

em matéria de toxico<strong>dependências</strong>?<br />

Jorge Negreiros (J.N.) – Creio que a investigação<br />

nesta área já é um dado adquirido.<br />

Já existe um conjunto de investigadores<br />

que se dedicam ao tema das drogas e<br />

da toxicodependência em várias universidades,<br />

em diferentes domínios, quer no biológico,<br />

quer no psicossocial. Penso que existe,<br />

neste momento, uma massa cinzenta, crítica,<br />

centrada na investigação sobre drogas e<br />

toxicodependência, como se pode, aliás, verificar<br />

pela nossa produção científica regular<br />

nesta área, que abarca já os domínios da intervenção<br />

e da investigação pura.<br />

Dep – Esta Universidade é responsável por<br />

uma grande fasquia do que se vai produzindo<br />

no país…<br />

J.N. – Não sei se é uma grande fasquia mas,<br />

historicamente, talvez tenhamos sido uma<br />

das primeiras universidades a debruçar-se<br />

sobre este fenómeno, há mais de 20 anos<br />

atrás. Desde essa altura, também mantivemos<br />

sempre presente esta área de investigação<br />

nos nossos interesses, até mesmo ao<br />

nível do novo plano de estudos adequado<br />

ao Processo de Bolonha, com uma disciplina<br />

consagrada especificamente à intervenção<br />

em toxicodependência, designada intervenção<br />

nos comportamentos aditivos. Não<br />

me parece muito frequente no panorama<br />

das universidades portuguesas existir uma<br />

unidade curricular especificamente centrada<br />

na formação de psicólogos para a intervenção<br />

na toxicodependência. E em estâncias<br />

internacionais coloca-se cada vez mais<br />

a necessidade de dotar os profissionais de<br />

competências específicas para intervir nesta<br />

área. Esta disciplina abarca genericamente<br />

as questões da prevenção, do tratamento e<br />

da reinserção. Digamos que foi um percurso<br />

longo que procuramos manter e dinamizar,<br />

quer ao nível da docência, quer ao nível da<br />

investigação. E como temos agora um mestrado<br />

integrado, há um certo número de alunos<br />

que, todos os anos, vão produzir teses de<br />

mestrado na área das toxico<strong>dependências</strong>.<br />

Dep – Ao nível dessa produção científica,<br />

quantos trabalhos saem, em média, por<br />

ano, desta Universidade?<br />

J.N. – É difícil falar nesses termos porque<br />

nós tivemos até agora mestrados que não<br />

estavam incluídos no plano de estudos normal.<br />

A partir deste ano temos um plano de<br />

estudos que prevê que o aluno possa aceder<br />

ao título de mestre e poderemos então dizer,<br />

de forma mais rigorosa, dos mestrados<br />

concluídos na Faculdade de Psicologia e Ciências<br />

da Educação da Universidade do Porto,<br />

qual é a percentagem que versa o tema<br />

das toxico<strong>dependências</strong>. Prevejo que nunca<br />

menos que três ou quatro mestrados por<br />

ano serão centrados no tema das drogas e<br />

da toxicodependência. Este ano, temos duas

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