Revista dependências - Novembro 2007
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4 | Dependências | Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia<br />
Coordenadores Nacionais de Droga da<br />
União Europeia reunidos em Lisboa<br />
Os 27 Coordenadores Nacionais da<br />
Droga dos Estados-Membros da U.E.<br />
estiveram reunidos no passado dia<br />
24 de Outubro em Lisboa, num evento<br />
organizado no âmbito da presidência<br />
portuguesa do Conselho da União<br />
Europeia e que contou ainda com a<br />
participação de elementos da Europol,<br />
Comissão Europeia, ONU e Observatório<br />
Europeu. A reunião teve como principais<br />
objectivos a troca de informação<br />
relativamente à evolução da situação<br />
de cada Estado-membro em matéria<br />
de Droga e Toxicodependência, a análise<br />
das possibilidades de uma maior<br />
cooperação entre os Estados-membros<br />
e a concentração de esforços na<br />
implementação do Plano de Acção de<br />
Luta contra a Droga (2005-2008).<br />
O principal tema em discussão foi<br />
“O consumo de cocaína e os serviços<br />
de tratamento”. De acordo com<br />
o Observatório Europeu das Drogas e<br />
Toxico<strong>dependências</strong>, prevê-se que cerca<br />
de 12 milhões (3,5%) da população<br />
europeia entre os 15 e os 64 anos já<br />
tenham experimentado cocaína e que<br />
4,5 milhões o fizeram durante o último<br />
ano. De uma forma geral, a oferta,<br />
o uso e os problemas relacionados<br />
com cocaína cresceram na Europa ao<br />
longo da última década, ao passo que<br />
os preços desceram. No entanto, esta<br />
tendência geral disfarça algumas variação<br />
internas ao nível dos Estados-<br />
Membros. Alguns países como o Rei-<br />
Irlanda<br />
“A droga está a preocupar muito o nosso público,<br />
nomeadamente devido aos recentes problemas que<br />
se têm verificado entre diversos grupos de gangs.<br />
Pensávamos mesmo que a droga iria constituirse<br />
como um tema muito abordado nas eleições, o<br />
que, afinal, acabou por não se verificar. De qualquer<br />
forma, o investimento público aumentou, a par de<br />
um crescimento do fenómeno na lista das principais<br />
preocupações da nossa população. Temos uma<br />
abordagem de baixo para cima e estamos muito atentos.<br />
Temos na nossa comunidade sectores voluntários e<br />
ONGs mas é necessária a implementação de novas<br />
estratégias para melhorar o sistema”.<br />
Finlândia<br />
“Criámos um grupo de trabalho apenas para questões<br />
internas, o qual nos parece estar a atingir os objectivos<br />
a que nos propusemos. Em reuniões como esta, o que<br />
realmente nos preocupa são as questões nacionais e<br />
pretendemos observar, discutir e partilhar o que se<br />
passa nos outros Estados-Membros”.<br />
Holanda<br />
“Temos uma estrutura muito leve de coordenação, que<br />
inclui diversos ministérios, entre os quais o Ministério<br />
dos Negócios Estrangeiros. Como corríamos o risco<br />
de cada ministério percorrer isoladamente o seu<br />
próprio caminho e não haver uma política integrante,<br />
certificámo-nos de que existiria uma estrutura para<br />
que as pessoas se contactassem facilmente e temos<br />
um grupo de coordenação muito forte. Tentamos<br />
inclusivamente resolver problemas relacionados com o<br />
consumo de tabaco e de álcool, para o que procedemos<br />
a outro tipo de coordenações”.