Editorial - Esaf - Ministério da Fazenda
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Restauração<br />
Profissional reconhecido<br />
Na déca<strong>da</strong> de 1970, um grande<br />
passo foi <strong>da</strong>do em relação à preparação<br />
formal de recursos humanos para a intervenção<br />
direta em nossos bens culturais.<br />
Como resultado de convênios entre o<br />
Iphan e algumas universi<strong>da</strong>des e apoio<br />
<strong>da</strong> UNESCO, foram promovidos cursos<br />
para a formação de pessoal para a restauração<br />
de monumentos: o primeiro em<br />
São Paulo, em 1975, seguido por outros<br />
em Recife, em 1976, em Belo Horizonte,<br />
em 1978 e na Bahia, em 1981. Este último<br />
permanece em ativi<strong>da</strong>de, como Curso<br />
A formação de restauradores<br />
de obras de arte e documentos<br />
sobre papel tomou impulso<br />
com a criação, na Escola de<br />
Belas-Artes <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />
Federal de Minas Gerais<br />
(UFMG), em 1978, do<br />
curso de especialização<br />
(que<br />
exigia, portanto,graduação<br />
prévia em<br />
curso universi-<br />
Depois<br />
de Especialização em Conservação e<br />
Restauração de Monumentos e Conjuntos<br />
Históricos (Cecre).<br />
Já para a formação de pessoal de<br />
bens culturais móveis, haviam sido cria<strong>da</strong>s<br />
na déca<strong>da</strong> de 1950, pelos professores<br />
Edson Motta, na Universi<strong>da</strong>de<br />
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e João<br />
José Rescala, na Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong><br />
Bahia (UFBA), disciplinas de restauração<br />
de pinturas e de obras sobre papel, que<br />
passaram a complementar a formação<br />
dos alunos do curso de Belas-Artes.<br />
Em 1970 foi criado, na Fun<strong>da</strong>ção de Arte de Ouro Preto (Faop),<br />
por iniciativa e sob a orientação do conhecido restaurador Jair<br />
Afonso Inácio, do Iphan, um curso livre para a formação de<br />
restauradores de pinturas, esculturas e bens integrados.<br />
tário) em Conservação e Restauração<br />
de Bens Culturais Móveis.<br />
Dois anos depois foi criado,<br />
na mesma Escola, o Centro<br />
de Conservação e Restauração<br />
de Bens Culturais<br />
Móveis, o Cecor, que uniu<br />
conservadores e restauradores,<br />
historiadores de<br />
arte e cientistas.<br />
<strong>da</strong> UFMG e<br />
de outras<br />
instituições,<br />
para o est<br />
u d o d a s<br />
obras de arte<br />
e as ativi<strong>da</strong>des<br />
de restauração.<br />
O curso<br />
do Cecor, como<br />
é conhecido,<br />
preparou e prepara<br />
até hoje<br />
profissionais<br />
<strong>da</strong> conservação<br />
e <strong>da</strong><br />
restauração<br />
para quase<br />
todos os estados brasileiros e veio<br />
mu<strong>da</strong>r o conceito que se tinha<br />
no Brasil do restaurador de bens<br />
móveis: antes considerado mero<br />
artesão, com muita habili<strong>da</strong>de<br />
e paciência, passou a ser visto<br />
como um profissional de nível<br />
universitário, capaz de dialogar<br />
com qualquer outro sobre a preservação<br />
de patrimônio, incluindo<br />
critérios, materiais e técnicas de<br />
intervenção.<br />
Outro passo importante foi<br />
a criação, em 1980, no Rio de<br />
Janeiro, <strong>da</strong> Associação Brasileira<br />
de Conservadores e Restauradores<br />
de Bens Culturais, a Abracor, que<br />
passou a reunir, como associados<br />
e em congressos, restauradores de<br />
todo o país, publicando, bianualmente,<br />
seus estudos e trabalhos.<br />
Hoje, os congressos <strong>da</strong> Abracor<br />
têm caráter internacional, com<br />
participação de conservadores e<br />
restauradores e cientistas <strong>da</strong> conservação<br />
<strong>da</strong> América Latina e de<br />
outros países.<br />
<br />
CECO/Casa dos Contos - Maio de 2009 - 9