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TECNOLOGIAS PARA O MANEJO DE RESÍDUOS NA PRODUÇÃO ...

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O biogás produzido pode ter o seu conteúdo energético aproveitado na própria<br />

atividade, em aquecimento ambiental, refrigeração, iluminação, incubadores, misturadores<br />

de ração, geradores de energia elétrica, etc. O biofertilizante deve ser encarado como um<br />

benefício a mais, podendo ser aproveitado como adubo orgânico (Oliveira, 1993).<br />

Os biodigestores contínuos como os modelos indiano, canadense, chinês, filipino,<br />

etc., são muito aplicados em comunidades rurais de pequeno e médio porte. É um<br />

biodigestor versátil podendo fazer uso de diferentes resíduos orgânicos animais e vegetais.<br />

Quanto à sua operação, requer uma carga diária e o manuseio do resíduo (diluição e<br />

homogenização).<br />

O processo é considerado contínuo porque a cada carga diária (influente),<br />

corresponde a uma descarga de material digerido (efluente). A biomassa do biodigestor se<br />

movimenta por diferença da pressão hidráulica, dentro do biodigestor, no momento da<br />

carga. Cada carga requer um tempo de retenção entre 30 a 50 dias, dependendo das<br />

variações climáticas (temperatura) e da temperatura da biomassa. Estes modelos de<br />

biodigestores são subterrâneos, isto para evitar as mudanças bruscas de temperatura da<br />

biomassa. Para aumentar a eficiência (velocidade) da digestão anaeróbia "high rate<br />

digesters", o processo convencional pode ser dotado de um sistema de agitação (hélice ou<br />

circulação com bomba hidráulica) e de um sistema de controle de temperatura na biomassa<br />

(trocador calor), o que permite reduzir o tempo de retenção, para 10 a 20 dias e aumentar<br />

significativamente a produção de biogás.<br />

Os biodigestores, em uso no meio rural, são depósitos semelhantes às esterqueiras,<br />

diferenciando-se apenas por possuírem cobertura para armazenar o biogás gerado pelo<br />

processo de digestão anaeróbia. As câmeras de digestão dos biodigestores, podem ser<br />

construídas de pedra, tijolos e lonas de PVC ou PEAD e as campânulas ou balões para o<br />

armazenamento do biogás gerado podem ser de ferro, fibra de vidro, sendo que a<br />

alternativa mais barata é a que utiliza coberturas de PVC. Existem dois tipos principais de<br />

biodigestores, o batelada e o contínuo. No Brasil, o modelo contínuo (Indiano) foi o mais<br />

difundido pela sua simplicidade e funcionalidade. Atualmente, o Modelo Canadense com<br />

cobertura de lona de PVC, em substituição às campânulas (metálica ou de fibra de vidro),<br />

vem ganhando maior espaço em virtude dos menores custos e facilidade de implantação. A<br />

vantagem deste processo está na produção constante de biogás que é relacionado com a<br />

carga diária de sólidos voláteis.<br />

As esterqueiras podem ser adaptadas e transformadas em biodigestores simples,<br />

trazendo algumas vantagens para o produtor que possui área agrícola suficiente para<br />

aplicação do biofertilizante no solo, e, além disso, possuir uma demanda de energia térmica<br />

que justifique o investimento. A limitação deste processo está no modelo de biodigestor<br />

adotado, na diluição do influente, que deve operar entre 8 a 10% de sólidos totais, pois o<br />

influente com teores altos de sólidos totais podem causar entupimentos, e na temperatura<br />

da biomassa no biodigestor. Os resíduos vegetais podem ser misturados ao influente, no<br />

biodigestor, porém devem ser triturados para evitar possíveis entupimentos e formação de<br />

crosta na superfície da biomassa.<br />

O biogás por ser extremamente inflamável, pode ser simplesmente queimado para<br />

reduzir, o efeito estufa ou utilizado em substituição a energias convencionais, usadas em<br />

fogos domésticos, lampiões, motores de combustão interna, geladeiras, secadores de grãos<br />

e geradores de energia elétrica.<br />

4.6. Localização e dimensionamento dos biodigestores<br />

A localização do biodigestor segue a mesma norma para esterqueiras e lagoas<br />

estabelecidas na legislação ambiental em cada Estado, em SC é a IN -11, FATMA (2004).<br />

O volume do biodigestor deve estar de acordo com a produção de dejetos<br />

produzidos diariamente e o tempo de retenção hidráulica, recomendado para a região sul do<br />

Brasil, com o uso de dejetos de suínos, deve situar-se entre 40 e 50 dias (Oliveira, 1983;<br />

Lucas, 1987). Porém, se o biodigestor for projetado somente para a produção de biogás, o<br />

tempo de retenção hidráulico deve ser compatível com as características qualitativas dos<br />

resíduos empregados e observar-se a eficiência de redução da matéria orgânica. Além<br />

disso, outros fatores a serem considerados para a implementação do biodigestor em uma<br />

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