MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO <strong>DE</strong> FAIXAS CILIARES <strong>DE</strong> CURSOS D’ÁGUA E <strong>NA</strong>SCENTES 8
8.0 Manutenção e recuperação de faixas ciliares de cursos d’água e nascentes 8.1. Introdução Doralice Pedroso de Paiva – Embrapa Suínos e Aves Matas ciliares são todos os tipos de vegetação arbórea (Abib´Saber, 2000), e as demais formas de vegetação natural (Brasil, 2004), estabelecidos nas beiras de rios e no entorno de nascentes, neste trabalho, por vezes, denominadas de faixas ciliares. Também podem ser chamadas de zonas ripárias e estão intimamente ligadas aos cursos d´água, mas seus limites não são demarcados facilmente, levando em consideração a extrema mobilidade dos cursos d´água, o que molda as margens continuamente, sob a influência das enchurradas. Teoricamente, os limites laterais das matas ciliares se estendem até o alcance da planície de inundação. A vegetação que ocorre na área ciliar pode apresentar alta variação de estrutura, composição e distribuição espacial. A variação pode ocorrer tanto ao longo do curso d´água, quanto à medida que se distancia do canal (Lima & Zakia, 2000). 8.2. A importância da cessação de distúrbios As boas práticas na manutenção das matas ciliares iniciam na estruturação da propriedade rural, quando deverá ser atendida a legislação vigente. Desta forma, na construção das casas e das instalações para animais e das destinadas à contenção dos dejetos e de outras benfeitorias (estradas internas, lavouras, pastagens, açudes, etc.) deverão ser mantidas as distâncias mínimas exigidas pela legislação (Item 6). Para manter a mata ciliar é necessário manter o ambiente natural e, desta forma, não são permitidos distúrbios como: • a agricultura dentro da faixa ciliar; • pastejo de gado dentro da mata ciliar, pois o pisoteio excessivo do gado destrói plantas jovens e causa erosão; • a aplicação de dejetos (de suínos e de qualquer outro animal) na faixa ciliar (e, muito menos, seu despejo no rio); • a caça; • extrativismo vegetal (mesmo de árvores mortas ou troncos caídos); • trânsito de pessoas, e • uso da área ciliar como local de descarte de materiais indesejáveis, como resíduos da criação de animais e resíduos domésticos. No manejo da propriedade como um todo, as boas práticas de proteção da faixa ciliar devem levar em consideração os distúrbios originados fora das áreas ciliares e que interferem nelas. Por isso, deve-se atender às seguintes recomendações: - não adubar a pastagem anexa à mata ciliar em dose superior à capacidade de infiltração; - adequar o pastoreio na área contígua, procurando evitar demasiada compactação e formação de sulcos de erosão, que impactam a faixa ciliar com enxurrada, sedimentos e dejetos dos animais em pastejo. Pastos mal manejados ocasionam erosão na zona ciliar contígua; - adequar estradas internas da propriedade de forma a reduzir a possibilidade de carreamento de sedimentos para a área ciliar; - adotar técnicas de plantio que evitem o arraste de solos de zona agrícola lindeira à faixa ciliar; - proteger com a colocação de cercas (de arame liso, farpado ou cerca elétrica), quando houver pastos junto da faixa ciliar e, se necessário, construir corredores para o gado ter acesso à água. Os corredores para o gado são permitidos legalmente, mas devem ser bem acompanhados, devido ao risco de originar erosão. 88
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