TECNOLOGIAS PARA O MANEJO DE RESÍDUOS NA PRODUÇÃO ...
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Tabela 4 - Poder calorífico superior do biogás em relação a outras fontes de energia.<br />
Fontes energia Poder calorífico<br />
(Joules / cm 3 ) (kcal / m 3 )<br />
Biogás (65-70%, CH4) 21,5 – 27,7 5.155 – 6.622<br />
Metano 33,2 – 39,6 7.931 – 9.460<br />
Gás Carvão 16,7 – 18,5 3.990 – 4.420<br />
Gás Natural 38,9 – 81,4 9.293 – 9.446<br />
Propano 81,4 – 96,2 19.446 – 22;982<br />
Butano 107,3 – 125,8 24.561 – 30.054<br />
Fonte: National Academy of Sciences, 1977.<br />
4.8. Uso do biogás no aquecimento de aviário<br />
A avicultura brasileira tem se destacado pelo alto nível tecnológico e pela posição de<br />
destaque que o país ocupa entre os exportadores de carne de aves; entretanto, as<br />
condições climáticas, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, têm contribuído para<br />
alterar significativamente o consumo energético para o aquecimento dos pintos nos<br />
primeiros 21 dias de alojamento. Atualmente estes sistemas são constituídos por<br />
campânulas a gás (GLP), elétricas ou com lâmpadas infravermelhas. Todos estes sistemas<br />
de aquecimento utilizam fontes de energia não renováveis e com custos elevados para o<br />
produtor. O consumo médio de energia elétrica em granjas de frangos de corte é de 2.169<br />
kWh /granja /mês, segundo a CEMIG-MG, sem considerar o uso da energia elétrica no<br />
aquecimento das aves. Porém, considerando-se o uso de campânulas elétricas no<br />
aquecimento dos pintos (1.000 W 500 pintos) durante os primeiros 21 dias este consumo se<br />
eleva para 16.128 kWh. O consumo médio de gás (GLP) usado em campânulas para o<br />
aquecimento dos pintos em aviários com 16.000 frangos (12 x 100 m), no inverno, na<br />
Região Sul é em torno de 546 kg (42 butijões de 13 kg), o que corresponde a R$ 1.260,00<br />
(42 x 30,00) por lote de frangos alojados, totalizando em 7 lotes anuais R$ 8.820,00 (custo<br />
do butijão de GLP, em outubro de 2004, R$ 30,00).<br />
O Projeto Suinocultura Santa Catarina-PNMA II implantou em uma propriedade<br />
produtora de suíno, na Bacia Hidrográfica do Lajeado dos Fragosos, uma unidade piloto de<br />
produção de biogás para o aquecimento do ambiente interno de um aviário para a produção<br />
de 16.000 frangos (Figura 4). A unidade piloto, possui um biodigestor, modelo canadense,<br />
com volume de biomassa de 100 m 3 e capacidade estimada de geração de biogás entre 40<br />
a 60 m 3 /dia, sendo o custo de implantação de R$ 9.000,00. Inicialmente 6 campânulas para<br />
aquecimento, tendo como fonte de calor o GLP, foram adaptadas para a utilização do<br />
biogás, modificando-se apenas os bicos injetores dos queimadores. O consumo médio de<br />
biogás registrado por campânula foi de 4,5 m 3 por dia. Em função da capacidade de geração<br />
de biogás, do biodigestor instalado, é possível a adaptação de 8 à 13 campânulas, o que<br />
permite a substituição do GLP pelo biogás para o aquecimento do ambiente interno do<br />
aviário. Esta substituição de fonte de energia, implica numa redução média mensal anual de<br />
R$ 800,00 por lote de frango o que totaliza R$ 5.600,00 em um ano (Oliveira, 2004).<br />
Figura 4 - Sistema de aquecimento do ambiente interno de aviário, com o uso de biogás.<br />
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