watchman nee - Igreja em Feira de Santana
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T<strong>em</strong> "consagrado", como costumam dizer, alguma coisa b<strong>em</strong> diferente, ou seja, suas<br />
qualida<strong>de</strong>s naturais, não crucificadas, para ser<strong>em</strong> usadas na obra <strong>de</strong> Deus; mas esta não<br />
é a verda<strong>de</strong>ira consagração. A que coisa <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os, então, nos consagrar? Não à obra<br />
cristã, mas à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, para ser e fazer tudo aquilo que Ele quer <strong>de</strong> nós.<br />
Davi tinha <strong>em</strong> seu exercito muitos homens fortes. Alguns eram generais e outros,<br />
soldados, segundo as tarefas que o rei tinha assinado para eles. Dev<strong>em</strong>os preparar-nos<br />
para sermos generais ou soldados, cumprindo o nosso serviço exatamente como Deus<br />
quer, e não segundo a nossa escolha. Se somos crentes, Deus t<strong>em</strong> traçado um caminho<br />
para nós, uma "carreira", como a chama Paulo <strong>em</strong> 2 Timóteo 4:7. Não somente o<br />
caminho <strong>de</strong> Paulo, mas aquele <strong>de</strong> cada crente foi claramente assinalado por Deus, e é <strong>de</strong><br />
importância extr<strong>em</strong>a conhecer o caminho que Deus traçou para cada um <strong>de</strong> nós e<br />
transitar nele. "Senhor, eu me dou a Ti com este único <strong>de</strong>sejo, <strong>de</strong> conhecer b<strong>em</strong> o<br />
caminho que traçaste para mim, para andar por ele". Eis o verda<strong>de</strong>iro donativo <strong>de</strong> nós<br />
mesmos. Se, no fim <strong>de</strong> nossa vida, po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os dizer como Paulo: "acabei a carreira",<br />
ser<strong>em</strong>os verda<strong>de</strong>iramente abençoados. Por outra parte, não há nada mais tr<strong>em</strong>endo que<br />
alcançar o fim da própria existência e perceber ter andado por um caminho errado.<br />
T<strong>em</strong>os somente uma vida para viver aqui <strong>em</strong>baixo e somos livres <strong>de</strong> fazer o que<br />
<strong>de</strong>sejamos, mas se procuramos a nossa própria satisfação, não po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os nunca<br />
glorificar a Deus com a nossa vida. Um dia ouvi um pio crente dizer: "Eu não quero nada<br />
para mim mesmo; <strong>de</strong>sejo que tudo seja para o Senhor". Existe alguma coisa que<br />
<strong>de</strong>sej<strong>em</strong>os fora <strong>de</strong> Deus, ou todos os nossos <strong>de</strong>sejos estão concentrados <strong>em</strong> Sua<br />
vonta<strong>de</strong>? Pod<strong>em</strong>os realmente confessar que a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus é "boa, aceitável e<br />
perfeita" para nós (Rm 12:2)?<br />
De fato, é <strong>de</strong> nossa vonta<strong>de</strong> que aqui estamos falando. Esta minha vonta<strong>de</strong> forte,<br />
prepotente, <strong>de</strong>ve ser colocada sobre a Cruz e é necessário que eu me entregue<br />
inteiramente a mim mesmo ao Senhor. Não pod<strong>em</strong>os pedir a um alfaiate <strong>de</strong><br />
confeccionar-nos um vestido se não lhe damos o tecido, n<strong>em</strong> a um construtor <strong>de</strong> fazernos<br />
uma casa se não lhe procuramos o material necessário; também não pod<strong>em</strong>os<br />
esperar do Senhor que viva a Sua vida <strong>em</strong> nós, se não Lhe entregarmos a nossa vida<br />
para que Ele nos faça permanecer. S<strong>em</strong> reservas, s<strong>em</strong> contestações, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os dar-nos<br />
ao Senhor dia após dia, até que Ele faça <strong>de</strong> nós o que Ele <strong>de</strong>seja. "Apresentai-vos a<br />
Deus" (Rm 6:13).<br />
SERVO OU ESCRAVO?<br />
Se nos damos s<strong>em</strong> reservas a Deus, muitas modificações acontecerão <strong>em</strong> nossa vida,<br />
<strong>em</strong> nossa família, <strong>em</strong> nosso trabalho, <strong>em</strong> nossas relações <strong>de</strong> igreja e nas nossas opiniões<br />
pessoais. Deus não permitirá que subsista nada <strong>de</strong> nós mesmos. Os seus <strong>de</strong>dos tocarão<br />
ponto por ponto tudo aquilo que não provém dEle e nos dirá: "Isto <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>saparecer".<br />
Estamos prontos para isso? É uma loucura resistir a Deus e é s<strong>em</strong>pre sábio submeter-se<br />
a Ele. Reconheçamos que muitos <strong>de</strong> nós t<strong>em</strong>os ainda contrastes com o Senhor. Ele quer<br />
uma coisa, enquanto nós quer<strong>em</strong>os outra. Exist<strong>em</strong> coisas que nós não ousamos sondar,<br />
pelas quais não nos atrev<strong>em</strong>os a orar, às quais não ousamos n<strong>em</strong> sequer pensar por<br />
medo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a nossa paz. Pod<strong>em</strong>os assim subtrair-nos a certos probl<strong>em</strong>as, mas isto<br />
nos faz evadir a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. É s<strong>em</strong>pre tão fácil evadir-nos <strong>de</strong> Sua vonta<strong>de</strong>, mas<br />
que precioso é que volt<strong>em</strong>os a colocar-nos <strong>em</strong> Suas mãos para que Ele possa agir <strong>em</strong><br />
nós como Ele <strong>de</strong>seja!<br />
Como é precioso sermos conscientes <strong>de</strong> pertencermos ao Senhor e não a nós<br />
mesmos! Não existe nada <strong>de</strong> mais precioso no mundo! É isso que nos dá a certeza <strong>de</strong><br />
Sua presença contínua e a razão é clara. Devo, antes que nada, ter a certeza <strong>de</strong><br />
pertencer a Deus para ter, a seguir, consciência <strong>de</strong> Sua presença <strong>em</strong> mim. Quando sinto<br />
que Lhe pertenço, não posso mais fazer nada <strong>em</strong> meu interesse pessoal, porque sou <strong>de</strong><br />
Sua exclusiva proprieda<strong>de</strong>. "Não sabeis vós que a qu<strong>em</strong> vos apresentar<strong>de</strong>s por servos<br />
para lhe obe<strong>de</strong>cer, sois servos daquele a qu<strong>em</strong> obe<strong>de</strong>ceis, ou do pecado para a morte, ou<br />
da obediência para a justiça?" (Rm 6:16). A palavra "servo" é, <strong>de</strong> fato, muito apropriada.<br />
A encontramos repetidamente nesta segunda parte <strong>de</strong> Romanos 6.<br />
Qual é a diferença entre um servo e um escravo? Um servo po<strong>de</strong> servir um outro, mas<br />
o direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> não passa àquele outro. Se um servo gosta do seu patrão ele o<br />
serve, mas se não gosta, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sligar-se <strong>de</strong>le e procurar um outro patrão. Como eu me<br />
converti <strong>em</strong> escravo do Senhor? Eu fui comprado por Ele e me entreguei a Ele. Em<br />
virtu<strong>de</strong> da re<strong>de</strong>nção eu sou proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, mas para ser seu escravo <strong>de</strong>vo doarme<br />
voluntariamente a Ele, porque Ele nunca vai me constranger. O que mais nos<br />
entristece hoje é que muitos cristãos têm idéias d<strong>em</strong>asiado restritas a respeito do que<br />
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