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watchman nee - Igreja em Feira de Santana

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importância ao fato <strong>de</strong> sermos chamados "doutor Paulo" antes que "senhor Paulo", mas<br />

para ele representava a vida mesma.<br />

O tinha sonhado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância e tinha estudado por isso durante toda a juventu<strong>de</strong>,<br />

com gran<strong>de</strong> custo e esforço, e agora quase tinha alcançado, porque faltavam menos <strong>de</strong><br />

dois meses para se doutorar. Ele se pus, então, a discutir com o Senhor: "É um<br />

inconveniente para mim ser 'doutor <strong>em</strong> filosofia'? Não haverá mais glória para Teu nome<br />

se <strong>em</strong> vez <strong>de</strong> senhor Paulo existe um doutor Paulo a predicar o Evangelho?". Porém Deus<br />

não muda <strong>de</strong> opinião e todos os argumentos do senhor Paulo não podiam modificar sua<br />

<strong>de</strong>cisão. Todas as vezes que orava sobre este assunto recebia a mesma resposta.<br />

Quando viu que todas as discussões eram vãs, recorreu a uma espécie <strong>de</strong> compromisso<br />

com o Senhor. Prometeu servi-lo indo aqui e lá, fazer isto e aquilo, se Ele lhe conce<strong>de</strong>sse<br />

somente se tornar doutor; mas o Senhor também não aceitou isso. E durante todo este<br />

t<strong>em</strong>po o senhor Paulo tinha uma se<strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre crescente da plenitu<strong>de</strong> do Espírito. Este<br />

estado <strong>de</strong> coisas continuou até o dia prece<strong>de</strong>nte ao último exame.<br />

Era uma sábado e o senhor Paulo dispunha-se a preparar seu sermão. Apesar do seu<br />

<strong>em</strong>penho não tinha nenhuma inspiração. Estava a ponto <strong>de</strong> alcançar o objetivo <strong>de</strong> sua<br />

vida, mas Deus lhe mostrou claramente que <strong>de</strong>via escolher entre o po<strong>de</strong>r que teria<br />

podido dar-lhe o título <strong>de</strong> doutor e aquele que teria podido dar-lhe o Espírito <strong>de</strong> Deus.<br />

aquela noite se ren<strong>de</strong>u. "Senhor", disse, "eu estou pronto a ser simplesmente Paulo pelo<br />

resto <strong>de</strong> minha vida, mas necessário conhecer o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> teu Espírito <strong>em</strong> minha vida".<br />

Levantou-se do oratório e escreveu uma carta aos seus examinadores, pedindo ser<br />

dispensado do exame da seguinte segunda-feira, explicando o motivo. Depois <strong>de</strong>itou<br />

dormir muito feliz, mas s<strong>em</strong> ter consciência <strong>de</strong> ter realizado uma experiência singular. A<br />

manhã <strong>de</strong>pois disse à ass<strong>em</strong>bléia que, pela primeira vez <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seis anos <strong>de</strong><br />

ministério, não tinha um sermão para predicar e explicou a causa. O Senhor abençoou<br />

aquele test<strong>em</strong>unho público mais abundant<strong>em</strong>ente que todos os seus sermões preparados<br />

com cuidado e daquele momento se serviu <strong>de</strong>le <strong>de</strong> uma forma completamente nova. Ao<br />

conhecer a separação completa do mundo não já como uma coisa externa, mas como<br />

uma profunda realida<strong>de</strong> interna, o gozo da presença e do po<strong>de</strong>r do Espírito converteramse<br />

<strong>em</strong> sua experiência cotidiana.<br />

Deus nos pe<strong>de</strong> para regular as controvérsias que t<strong>em</strong>os com Ele. Para o senhor Paulo<br />

tratava-se <strong>de</strong> uma forte ambição, mas para nós po<strong>de</strong> ser alguma coisa muito diferente.<br />

Geralmente o abandono absoluto <strong>de</strong> nós mesmos ao Senhor <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um único ponto<br />

particular, e Deus nos pe<strong>de</strong> justamente aquela coisa. Ele a quer porque <strong>de</strong>ve possuir-nos<br />

completamente. Fique muito impressionado com a autobiografia que escreveu um gran<strong>de</strong><br />

chefe político: "Eu não <strong>de</strong>sejo nada para mim mesmo, <strong>de</strong>sejo tudo para o meu país". Se<br />

um hom<strong>em</strong> po<strong>de</strong> chegar a <strong>de</strong>sejar que todo seja para seu país e nada para si mesmo,<br />

não pod<strong>em</strong>os nós dizer ao nosso Deus: "Senhor, eu não quero nada para mim, mas tudo<br />

para Ti. Eu quero aquilo que Tu <strong>de</strong>sejas, e não quero nada fora <strong>de</strong> tua vonta<strong>de</strong>". Até que<br />

não assumamos o nosso lugar <strong>de</strong> servos, Ele não po<strong>de</strong>r tomar seu lugar <strong>de</strong> Senhor. Ele<br />

não nos chama para consagrar-nos a Sua causa, mas nos pe<strong>de</strong> que nos abandon<strong>em</strong>os<br />

s<strong>em</strong> condições à Sua vonta<strong>de</strong>. Estamos prontos para fazer isto?<br />

Um outro amigo meu, como o senhor Paulo, tinha uma <strong>de</strong>sarmonia com o Senhor.<br />

Antes <strong>de</strong> sua conversão tinha se apaixonado por uma jov<strong>em</strong>, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>em</strong> que<br />

foi salvo tentou conduzi-la ao Senhor que ele amava, mas ela não quis saber <strong>de</strong> coisas<br />

espirituais. O Senhor mostrou ao meu amigo que a relação com esta jov<strong>em</strong> não era boa<br />

e <strong>de</strong>via necessariamente acabar, mas ele estava profundamente apaixonado e quis que<br />

isso acontecesse, ainda que continuasse a servir o Senhor e a conduzir almas a Ele.<br />

Entretanto tornou-se s<strong>em</strong>pre mais consciente e viva nele a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> santida<strong>de</strong>, e<br />

este sentimento começou a marcar para ele o início <strong>de</strong> dias negros. Ele pedia a plenitu<strong>de</strong><br />

do Espírito para ser capaz <strong>de</strong> viver uma vida santa, mas parecia que o Senhor ignorasse<br />

continuamente seu pedido.<br />

Uma manhã foi chamado a predicar numa outra cida<strong>de</strong> e seu t<strong>em</strong>a foi o versículo 25<br />

do Salmo 73: "A qu<strong>em</strong> tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há qu<strong>em</strong> eu <strong>de</strong>seje<br />

além <strong>de</strong> ti". Quando ele voltou foi a uma reunião <strong>de</strong> oração, no curso da qual, s<strong>em</strong> saber,<br />

naturalmente, que ele tinha pregado esse mesmo dia sobre o mesmo versículo, uma<br />

irmã leu o versículo, e acabou fazendo esta pergunta: "Pod<strong>em</strong>os nós verda<strong>de</strong>iramente<br />

dizer: "e na terra não há qu<strong>em</strong> eu <strong>de</strong>seje além <strong>de</strong> ti?". Havia uma força nestas palavras<br />

que foram diretamente ao seu coração, e ele <strong>de</strong>veu confessar <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r dizer, com<br />

total sincerida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> não <strong>de</strong>sejar sobre a terra n<strong>em</strong> no céu outros senão o Senhor.<br />

Compreen<strong>de</strong>u imediatamente que, para ele, tudo <strong>de</strong>pendia da sua obediência à renúncia<br />

da jov<strong>em</strong> que amava.<br />

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