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Edição 29 - Revista Algomais

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Tecnologia<br />

Fora de área<br />

3G | Empresas investem, mas serviço ainda está longe<br />

de atender às expectativas do público pernambucano<br />

Mobilidade. Essa palavra de dez letras<br />

faz com que milhares de pernambucanos<br />

adiram todos os meses à tecnologia<br />

3G, oferecida pelas operadoras de telefonia.<br />

Através da indicação de uma cliente,<br />

a assessora de comunicação Luciana Leão<br />

comprou um mini-modem de terceira geração<br />

para suprir suas necessidades de internet<br />

em qualquer lugar. Com ele, ela poderia<br />

acessar e-mails, sites de notícias, enviar<br />

arquivos, assistir a vídeos e realizar teleconferências.<br />

Tudo, com velocidades muito<br />

parecidas com a de quem possui uma rede<br />

wireless em sua casa. Quando o assunto é<br />

realizar operações na web que não sejam<br />

muito pesadas, Luciana diz nunca ter ficado<br />

na mão por conta desse aparelhinho que<br />

cabe facilmente em sua bolsa.<br />

O problema é que, assim como boa parte<br />

dos novos usuários dessa tecnologia no<br />

Estado, ela esperava mais do 3G. “Apesar<br />

de quase sempre conseguir acessar a rede,<br />

a velocidade ainda precisa melhorar muito.<br />

Foram raras as vezes em que alcancei a potência<br />

nominal do meu plano”, diz.<br />

Primeira a oferecer os serviços de terceira<br />

geração em Pernambuco, a Claro está<br />

desde novembro do ano passado atuando<br />

nessa área e reconhece que a oferta do<br />

serviço está longe do ideal. “A procura foi<br />

superior ao que esperávamos. Existia uma<br />

demanda reprimida, que rapidamente aderiu<br />

a essa nova tecnologia”, justifica o diretor da<br />

regional Nordeste da empresa, Albino Serra.<br />

A grande quantidade de pessoas que<br />

optam pelo 3G para suprir suas necessidades<br />

é justificada pelo baixo índice de penetração<br />

da banda larga no Estado. Áreas<br />

como Olinda, Ipojuca, Aldeia e o interior têm<br />

pouca oferta de serviços de conexão através<br />

de uma rede de cabos, devido ao alto<br />

custo para as empresas fornecedoras.<br />

Na TIM, que oferece o serviço desde<br />

abril, a história não é diferente. Com me-<br />

48 > > > > agosto<br />

nos tempo no mercado de internet móvel,<br />

a operadora também passa por uma fase de<br />

ajustes em sua rede. “A alta expectativa que<br />

se criou em torno da tecnologia gera esses<br />

desentendimentos. Costuma-se equiparar<br />

com a internet banda larga fixa, mas existem<br />

diferenças essenciais”, diz o gerente<br />

de marketing da TIM NE, Sérgio Falcão.<br />

“Por ser móvel,<br />

existe toda uma<br />

lógica diferenciada<br />

no acesso, que se<br />

torna dinâmico.<br />

Estamos investindo<br />

constantemente<br />

para melhorar”<br />

Albino Serra,<br />

Diretor Regional Nordeste Claro<br />

Enquanto a rede de cabos mantém<br />

uma estabilidade maior na conexão com<br />

a web, o 3G depende de diversos fatores<br />

para funcionar com o melhor desempenho.<br />

Existem limitantes de performance,<br />

como a velocidade do modem, a distância<br />

da torre, o número de clientes conecta-<br />

Os limites do 3G<br />

Velocidade do Modem<br />

Distância da Torre<br />

Número de Clientes Conectados<br />

Condições Climáticas<br />

Versão da Porta USB<br />

Nível da Bateria<br />

Sistema Operacional<br />

dos àquela rede, as condições climáticas<br />

e até a versão da porta USB, o nível da<br />

bateria e o sistema operacional. “Por ser<br />

móvel, existe toda uma lógica diferenciada<br />

no acesso, que se torna dinâmico. Dentro<br />

do Recife, por exemplo, quando se utiliza<br />

o 3G dentro de um carro, serão ativadas<br />

diversas torres, de acordo com a posição<br />

do usuário. Não tínhamos como prever o<br />

perfil de movimentação do cliente antes<br />

de iniciar a oferta do serviço. Estamos<br />

investindo constantemente para melhorar<br />

a velocidade e ampliar a cobertura, que já<br />

consideramos boa”, explica Serra.<br />

Nas áreas em que a cobertura 3G ainda<br />

não existe, principalmente no interior do Estado,<br />

o mini-modem trabalha com conexões<br />

complementares de segunda geração, diminuindo<br />

a velocidade. “Quem viaja para Gravatá<br />

ou qualquer outro município fora do alcance<br />

da rede principal tem seu acesso através das<br />

tecnologias GPRS e EDGE, com desempenhos<br />

completamente diferentes da terceira geração.<br />

Estamos trabalhando para colocar o 3G<br />

com cobertura total em todas as capitais e<br />

2,5G em outros locais, aumentando a média<br />

de velocidade”, explica Falcão.<br />

Outro ponto importante é diferenciar<br />

os serviços de voz dos modens de banda<br />

larga. Enquanto o primeiro é utilizado através<br />

do celular e indicado para fazer vídeochamadas,<br />

ler e-mails e notícias curtas, o<br />

segundo tipo utiliza um cabo USB ligando o<br />

aparelho receptor ao notebook ou desktop.<br />

“Como tenho dificuldades de utilizar teclados<br />

pequenos, como os dos smartphones,<br />

assinei a banda larga. Não substitui a minha<br />

internet a cabo, tanto que só utilizo quando<br />

não tenho um acesso fixo ao alcance, mas<br />

ajuda muito”, conta Luciana.<br />

Para o servidor público Luís Gouvêa, os<br />

investimentos das empresas estão surtindo<br />

algum efeito e já pode ser observada uma<br />

certa evolução na conexão 3G. “Assim que

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