ARQUITETURA
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primeiros a elogiar a forma como, em situações<br />
ditas não convencionais, se desenrascam.<br />
Têm iniciativa, voluntarismo em determinado<br />
tipo de situações, que fazem com que sejam<br />
notados.<br />
Cx: O que desencadeou a Open Business<br />
Angels?<br />
J. M.: Ao nível dos business angels, a minha<br />
participação tem sido reduzida. É mais no<br />
sentido em que acredito que nós (empresários<br />
que já fizeram o caminho das pedras),<br />
naquilo em que pudermos, devemos ajudar<br />
os outros. O meu conceito de business angel<br />
não passa apenas por lhes dar o dinheiro para<br />
eles irem para a frente com as ideias. Muitas<br />
vezes, é até aconselhá-los a não fazerem nada.<br />
O balanço é positivo. Começou a falar-se de<br />
incubação de uma forma mais estruturada,<br />
EMPREENDEDOR<br />
LÍDER<br />
VISIONÁRIO<br />
menos voluntarista. Facilitou a vida a quem<br />
queira criar empresas: estão à disposição<br />
mecanismos, até de financiamento, etc., que<br />
permitem, de forma mais estruturada, que os<br />
empresários lancem mão das suas próprias<br />
iniciativas e ideias.<br />
Cx: Portugal é um País para jovens?<br />
J. M.: É. E, pessoalmente, quero acreditar que<br />
sim, porque sou português. Não encaro a<br />
minha vida noutro país que não seja Portugal.<br />
Cx: Que sonho tem ainda por concretizar?<br />
J. M.: Sentir que não deixo problemas atrás.<br />
Todos os dias, o que me faz pensar são as<br />
1400 famílias que dependem de mim. Tento,<br />
todos os dias, criar um sistema que permita,<br />
minimamente, que as pessoas que trabalham<br />
comigo sintam confiança.<br />
Print<br />
MUNDO<br />
SEM FRONTEIRAS<br />
Viver as culturas dos outros<br />
países é um privilégio a que<br />
devemos ambicionar.<br />
Crê firmemente na mobilidade,<br />
atitude que falta em Portugal,<br />
e, também, numa atitude de<br />
internacionalização, que todos<br />
temos, tendencialmente, no<br />
sangue, devendo mantê-la.<br />
Talvez por defender que viajar<br />
e trabalhar fora, conhecer<br />
outras culturas e viver essas<br />
mesmas culturas é cada vez<br />
mais fundamental no mundo<br />
global em que vivemos:<br />
«Tenho muita gente comigo<br />
que esteve a trabalhar lá fora<br />
e eu, todos os dias, reconheço<br />
que essas pessoas vêm com<br />
uma vivência e uma visão<br />
sobre o mundo muito mais<br />
adaptada à realidade em que<br />
vivemos hoje em dia do que<br />
aqueles que nunca saíram<br />
daqui.» Pessoas expostas<br />
a outras culturas, a outras<br />
maneiras de pensar e a outras<br />
formas de trabalhar aprendem<br />
ainda a estar no mundo,<br />
defende. Entre nós, há, ainda,<br />
muita dificuldade em nos<br />
deslocarmos 50 quilómetros<br />
para conhecer outras<br />
realidades.<br />
Não lamenta os tempos<br />
livres que não tem, mas,<br />
se tivesse mais, seria «para<br />
estar com os amigos, às<br />
vezes, até para estar sozinho.<br />
Eu viajo muito e, portanto,<br />
estou muito tempo sozinho,<br />
aparentemente sozinho,<br />
mas quando viajamos da<br />
forma como eu viajo acaba-<br />
-se por não se estar sozinho,<br />
porque, em viagem, vou a<br />
pensar no que vou fazer. É um<br />
turbilhão de que não consigo<br />
arredar-me».<br />
Cx<br />
a revista da caixa<br />
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