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ARQUITETURA

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Fotos: D.R.<br />

open minded, onde as interações entre estes<br />

agentes geram mais ideias e criações, produtos,<br />

serviços e instituições, contribuindo, desta<br />

forma, para o seu desenvolvimento económico<br />

e social.» É exatamente aqui que entra o<br />

projeto GNRation, instalado no antigo quartel<br />

da GNR local.<br />

Envolver o público em geral e a<br />

comunidade em todo o projeto é um dos<br />

objetivos definidos, especialmente através das<br />

diversas parcerias estabelecidas, desenvolvidas<br />

para atrair não só público diverso como<br />

um vasto leque de oferta cultural, criativa,<br />

associativa e empreendedora. Nesse sentido,<br />

foram já encetados contactos e realizadas<br />

reuniões com diversas entidades públicas<br />

e privadas, lançando o mote para fazer<br />

cumprir os objetivos a que se propõe o<br />

GNRation. «Herdamos, desde logo, os<br />

parceiros envolvidos da Braga 2012: Capital<br />

Europeia da Juventude, podendo realçar-<br />

-se nível local e nacional, a Universidade<br />

do Minho [UM] e a Universidade Católica<br />

e instituições relacionadas, a Associação<br />

Académica da Universidade do Minho<br />

(através também do Liftoff – Gabinete do<br />

Empreendedor da Associação Académica<br />

da UM), galerias artísticas como a Galeria<br />

Mário Sequeira e a Galeria Show Me, bem<br />

como editoras, consultoras e artistas que se<br />

têm mostrado particularmente interessados»,<br />

explica Hugo Pires. Também a nível regional<br />

e internacional, continua, «estão a ser<br />

desenvolvidas plataformas de colaboração<br />

essenciais ao projeto, como a Waag Society’s<br />

Fablab Amsterdam (Holanda). Estão, ainda, a<br />

estabelecer-se diversas parcerias com o Brasil, e<br />

com a vizinha Espanha, no caso, com o Centro<br />

Galego de Arte Contemporânea de Santiago<br />

de Compostela. São acordos preparados para<br />

promover o diálogo intercultural, a troca de<br />

valor ao nível da produção, da experimentação<br />

e do apoio a jovens artistas, nos domínios das<br />

artes visuais», concretiza.<br />

Talento jovem na cidade<br />

O GNRation visa cativar e fixar jovens de<br />

talento na cidade. Este projeto está, assim,<br />

também inscrito no Programa Estratégico<br />

de Reabilitação Urbana do centro histórico<br />

de Braga, em execução pelo Município, que<br />

pressupõe como um dos seus objetivos a<br />

atração de jovens ao centro histórico. «Ainda<br />

recentemente, promovemos a venda de uma<br />

Eternamente jovem<br />

Fotógrafa e programadora cultural, Alexandra Ferreira é a primeira diretora convidada do GNRation.<br />

«O convite – de acordo com Hugo Pires – surgiu naturalmente com a composição da equipa de<br />

acompanhamento do projeto. Ao reunir as diferentes especialidades necessárias para o estudo do<br />

modelo de gestão do espaço, foi colocada a necessidade imperiosa de existir um elemento com<br />

conhecimento local e de experiência comprovada quer como programadora cultural, quer na gestão<br />

de espaços culturais. A juventude é sempre um marco para qualquer cidade, especialmente em<br />

Braga, ser jovem não é uma desvantagem é um orgulho poder ter uma visão diferente. O desafio é o<br />

GNRation ser sempre jovem». Ao longo deste ano caber-lhe-á a criação da rede de parceiros de um<br />

projeto que promete deixar marcas profundas na cidade.<br />

habitação – Casa a 1 Euro –, que foi um<br />

sucesso, e dinamizámos o projeto Encaixa-<br />

-te, de modo a instalar novos negócios no<br />

centro histórico. Se houver jovens a trabalhar<br />

no GNRation, eles provavelmente quererão<br />

morar no centro histórico e a dinamização<br />

criada, aliada aos parceiros e programação<br />

própria, produzirá, certamente, uma mistura<br />

explosiva, atraindo jovens – que estão ou saem<br />

da universidade ou com projetos criativos –<br />

que, de outra forma, voltariam para as suas<br />

localidades», frisa Hugo Pires.<br />

O objectivo passa por dividir o GNRation<br />

em três grandes áreas. A primeira, dedicada<br />

à produção, com gabinetes de trabalho e<br />

uma área de trabalho colaborativo, para<br />

acolher negócios nos setores do audiovisual,<br />

multimédia, música ou webdesign; outra<br />

destinada à experimentação, constituída<br />

por ateliers para residências temporárias de<br />

criativos; e, por último, os espaços de exibição,<br />

com um auditório para 200 pessoas, café-<br />

-concerto e zonas de lazer. Os interessados<br />

serão alvo de um processo de seleção,<br />

com critérios definidos por um júri de<br />

acompanhamento, constituído por diversos<br />

parceiros. Cabe, simultaneamente, ao júri<br />

definir a tipologia de espaço (residências,<br />

ateliers coletivos e/ou individuais), condições<br />

e tempo para cada projeto apresentado,<br />

ajustando as variáveis às necessidades de<br />

maturação e disponibilidade.<br />

Além da ocupação dos espaços do edifício,<br />

o GNRation contará com programação<br />

própria, em particular nas praças interiores<br />

e espaços comuns (auditório e espaços de<br />

acesso publico), a qual, além de potenciar os<br />

projetos existentes, procurará trazer eventos,<br />

instalações e artistas residentes. O GNRation<br />

será, assim, um espaço agregador do legado<br />

da Braga 2012: CEJ, dando continuidade à<br />

programação da CEJ neste novo espaço, com<br />

iniciativas várias relacionadas com as artes<br />

performativas, instalações artísticas, sessões de<br />

empreendedorismo, teatro ou música, entre<br />

muitas outras.<br />

Cx<br />

a revista da caixa67

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