13.04.2013 Views

ARQUITETURA

ARQUITETURA

ARQUITETURA

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

52<br />

s<br />

saúde<br />

ADOLESCÊNCIA<br />

Quase mulherzinha<br />

Saiba como ajudar a sua filha na preparação<br />

da primeira consulta de ginecologia<br />

A ADOLESCÊNCIA é sempre um<br />

período de grandes mudanças físicas e de<br />

comportamento e nem sempre é fácil os<br />

pais entenderem ou fazerem-se entender,<br />

sobretudo quando se enfrenta a idade<br />

«dos segredos», dos primeiros afetos pelo<br />

sexo oposto e de uma nova relação com o<br />

próprio corpo. O diálogo entre mãe e filha<br />

é fundamental e deve dar o mote para uma<br />

vigilância médica adequada. «A primeira<br />

consulta de ginecologia deve ser feita por<br />

volta dos 13 anos, mas pode ser necessária<br />

antes, se a menstruação aparecer cedo de<br />

mais, antes dos nove anos, ou se for muito<br />

abundante ou muito dolorosa», esclarece<br />

Daniela Sobral, ginecologista no Hospital<br />

dos Lusíadas.<br />

A ida ao ginecologista pode ser um pouco<br />

assustadora, principalmente se as mães<br />

tentarem explicar, cheias de boa vontade,<br />

Cx<br />

a revista da caixa<br />

como é o exame ginecológico. «Por norma,<br />

não observo as meninas na primeira consulta,<br />

exceto quando existe alguma queixa ou<br />

preocupação. Numa segunda consulta, é<br />

realizado um exame físico geral e um exame<br />

dos genitais externos. Muitas vezes, o exame<br />

ginecológico só é realizado muito mais tarde»,<br />

esclarece a ginecologista. Na opinião de<br />

Daniela Sobral, a presença da mãe (e, por que<br />

não, do pai) é sempre bem-vinda, uma vez<br />

que só esta conhece alguns detalhes da história<br />

A PRIMEIRA CONSULTA<br />

DE GINECOLOGIA DEVE<br />

SER FEITA POR VOLTA<br />

DE MULHER PARA MULHER<br />

Daniela Sobral é ginecologista<br />

e mentora da criação da Consulta<br />

de Ginecologia Infantil e para<br />

Adolescentes no Hospital dos<br />

Lusíadas, a qual é assegurada<br />

também pela ginecologista Alexandra<br />

Cordeiro. «Julgo que é mais<br />

confortável para as meninas que esta<br />

primeira abordagem seja feita por<br />

uma médica. Julgo que é importante<br />

para se sentirem mais à vontade»,<br />

afirma Daniela Sobral.<br />

clínica. «No final da consulta, peço sempre aos<br />

pais para saírem, para que a adolescente faça<br />

todas as perguntas que quiser e conte detalhes<br />

que não quis contar em frente dos pais.<br />

É essencial a relação de confiança mútua que<br />

aqui se desenvolve», afirma.<br />

Só conversar<br />

Na primeira consulta de ginecologia,<br />

os exames efetuados podem ser só «medir,<br />

pesar e avaliar a tensão arterial. Isto porque<br />

o mais importante, nesta primeira<br />

abordagem, é avaliar as preocupações da<br />

adolescente com a sua imagem, o acne,<br />

o excesso de pelos, o peso, o formato das<br />

suas mamas ou dos seus genitais externos<br />

(que podem não ser simétricos), as<br />

irregularidades e as dores menstruais, que<br />

podem ser dramáticas e que, por vezes, são<br />

de fácil solução», refere a ginecologista, que<br />

chama a atenção das mães, recomendando<br />

que, perante as queixas de dores menstruais<br />

das filhas, optem por dar-lhes um antiinflamatório,<br />

como o ibuprofeno. «Não faz<br />

sentido nenhum que tenham de aguentar<br />

a dor», diz. Por outro lado, esta consulta é,<br />

também, uma oportunidade para alertar para<br />

a «vacinação contra o vírus do papiloma<br />

humano, a qual protege do cancro do colo<br />

do útero, para a prática de exercício e de uma<br />

dieta equilibrada, para os riscos do tabaco,<br />

das drogas e do álcool, e, claro, começar<br />

a falar sobre sexualidade responsável, no<br />

sentido de evitar uma infeção sexualmente<br />

transmissível e uma gravidez não desejada,<br />

e que o uso de tampões não tem qualquer<br />

desvantagem nas meninas, sendo até mais<br />

higiénico, desde que usados de forma<br />

adequada.»<br />

DOS 13 ANOS Foto: Peter Dazeley

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!