ARQUITETURA
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Imagine-se a escassos dez minutos de carro<br />
do centro da Régua, prestes a chegar a<br />
uma propriedade de oito hectares, outrora<br />
conhecida por Quinta do Vale Abraão,<br />
localizada numa das sinuosas curvas<br />
características do Vale do Douro. O seu<br />
destino é o Aquapura Douro Valley, sendo<br />
que, desde logo, existe uma curiosidade: toda<br />
a informação relativa ao hotel foi enviada<br />
previamente, tornando o check in numa<br />
verdadeira receção de boas-<br />
-vindas, onde toda a atenção fica centrada<br />
em quem chega. «Temos tido a preocupação<br />
de antecipar soluções que, de alguma forma,<br />
quebrem o formalismo, sem descurar a<br />
postura e a conduta, e procurem facilitar<br />
o acesso a todos os serviços do hotel,<br />
concentrando a nossa atenção naquilo que os<br />
nossos hóspedes procuram». Quem o diz é<br />
Miguel Simões de Almeida, administrador do<br />
Aquapura, um hotel de excelência que, desde<br />
que abriu portas, em 2007, coleciona prémios<br />
e distinções nalgumas das importantes<br />
revistas mundiais.<br />
Quem aqui se desloca procura<br />
experiências gastronómicas e vitivinícolas,<br />
bem como relaxamento e recuperação<br />
emocional, numa região de rara beleza. No<br />
fundo, o lado emocional tem bastante peso<br />
quando se escolhe visitar o Aquapura, não<br />
deixando de ser relevante que, em termos<br />
de percentagem anual, cerca de 40 por<br />
cento dos turistas sejam portugueses. E são<br />
também eles que ajudam a fazer um balanço<br />
positivo destes primeiros cinco anos de vida.<br />
«Este foi um período de extrema exigência<br />
e empenhamento por parte dos acionistas,<br />
colaboradores e parceiros deste projeto<br />
de referência no Douro e em Portugal.<br />
Pelo momento que se iniciou e que ainda<br />
atravessamos, desde 2008, e pelas enormes<br />
mutações da conjuntura e das condições<br />
de mercado em que esta unidade tem<br />
vindo a operar, considero muito positivo<br />
o balanço deste período e os resultados<br />
possíveis perante este enquadramento»,<br />
afirma Miguel Simões de Almeida. «Julgo<br />
que a notoriedade da região foi reforçada,<br />
o prestígio da unidade e da sua gestão<br />
valorizada, mas, acima de tudo, o que<br />
esperamos é continuar a contribuir para<br />
o desenvolvimento desta unidade e desta<br />
região.»<br />
Oque salta, desde logo, à vista<br />
é o contraste que resulta<br />
da vontade de manter o<br />
traçado original do exterior<br />
(um edifício do século XIX),<br />
injetando-lhe modernidade<br />
em todos os pormenores do interior. Pela<br />
mão da conceituada designer de interiores,<br />
Nini Andrade Silva, os tons escuros, que<br />
sublinham a ligação à vinha e ao vinho,<br />
Cx<br />
a revista da caixa49