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1 Continuidade e descontinuidade: o debate ao ... - Viverpontocom

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<strong>Continuidade</strong> e des<strong>Continuidade</strong><br />

muito do AT, e A. F. Loisy (1857-1940) transportou-o para a futura<br />

plenitude das implicações de sua pessoa. 30<br />

O historicismo racional junto com o valor poético do texto<br />

tornou-se a forma mais eloquente de tratar os Testamentos. Outras<br />

formas de fazê-lo podem ser vistas na escola de pensamento<br />

da história da salvação, articulada por J. C. K. von Hoffman (1810-<br />

1877), de Erlangen. Ele tentou reafirmar a unidade dos Testamentos,<br />

perdida pelos interesses racionalistas ou poético-liberais, <strong>ao</strong><br />

discernir um sistema de história da salvação enraizado numa visão<br />

orgânica da Escritura. Os eventos do texto, enraizados na história,<br />

deram significado para o presente e importância <strong>ao</strong> futuro. Toda a<br />

Escritura foi unida desse modo integral. Até mesmo a era atual foi<br />

vista cheia de significado <strong>ao</strong> apontar para outro período milenário<br />

por vir. Ernst W. Hengstenberg (1802-1869) foi outro que postulou<br />

a unidade dos Testamentos, nesse caso em torno de um duplo testemunho<br />

de Jesus como o Messias. Outros métodos de discernir a<br />

unidade dos Testamentos podem ser vistos em Patrick Fairbairn<br />

(1805-1874), pela tipologia, e em John H. Newman (1801-1890), por<br />

um renovado senso de objetivo espiritual do texto. 31<br />

Em todo o século o milenismo, em parte, esteve no ar por meio<br />

de um penetrante reavivamento e uma atmosfera materialmente<br />

eufórica. A tradição anglo-americana, preocupada com a realização<br />

do governo de Deus na história, prosperou e baseou-se em questões<br />

da inter-relação dos Testamentos. Para alguns, a igreja, como o<br />

novo Israel, era herdeira de todas as promessas de Deus. Agostinho<br />

havia compreendido essas promessas para encontrar seu cumprimento<br />

espiritual na era da igreja, uma posição agora denominada<br />

de amilenarismo. Essa perspectiva havia sofrido mudanças, particularmente<br />

desde Thomas Brightman (1562-1607), de forma que<br />

alguns compreenderam que essas promessas deveriam ocorrer<br />

literalmente num novo período milenar, revelando-se no mundo<br />

antes da volta de Cristo para julgar, uma posição agora chamada de<br />

pós-milenarismo. Os pré-milenaristas, igualmente certos do cumprimento<br />

literal dessas promessas, discordaram exegeticamente<br />

ou por meio do pessimismo social, crendo que tal ocorreria depois<br />

da volta de Cristo para de fato governar sobre a terra. Tanto os pósmilenaristas<br />

quanto os pré-milenaristas realçaram o papel do povo<br />

judeu na história: os primeiros como sinais do reino, e os últimos<br />

como sinais e adequados receptores dele. Quanto <strong>ao</strong> milênio, das<br />

três posições citadas, os pré-milenaristas se inclinaram à direção<br />

30

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