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1 Continuidade e descontinuidade: o debate ao ... - Viverpontocom

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<strong>Continuidade</strong> e des<strong>Continuidade</strong><br />

compreender qualquer texto é o que ele significa em seu contexto<br />

original como determinado pela filologia, análise cultural, questões<br />

de forma literária, estilo, propósito e comunicação. O desenvolvimento<br />

de uma ciência de documentos, em certo sentido sempre<br />

presente na história da igreja, tem sido uma contribuição importante<br />

dos últimos dois séculos. Ele representa tendências que no começo<br />

pareceram destrutivas da fé, mas tem, com mais desenvolvimento,<br />

frequentemente dado um novo suporte principal.<br />

A questão do contexto histórico requer reconhecimento da<br />

maneira pela qual a interpretação molda e é moldada pela compreensão.<br />

Períodos de reorientação cultural, como o nosso, estão muito<br />

conscientes disso. Um dos modelos enfatizados pela atual teoria da<br />

interpretação é o do diálogo com um texto. Embora muito mais esteja<br />

envolvido, esse modelo reconhece que tanto nossa pré-compreensão<br />

quanto a integridade do texto precisam ser levadas em consideração<br />

para se chegar a uma honesta avaliação de um documento<br />

histórico. Além disso, <strong>ao</strong> prestar atenção num texto, é preciso lidar<br />

com as perguntas que ele levanta. Essa prática tem provocado uma<br />

nova consideração pela teologia harmonizada, visto que esta disciplina<br />

trata das mais profundas premissas assumidas pelos textos<br />

e por nós mesmos. Interpretações exclusivamente sagradas ou<br />

seculares são indefensáveis se lidamos com todas as questões que<br />

nos confrontam num documento histórico. Finalmente, a importância<br />

de uma comunidade de compreensão, ou fé, em desenvolver mais as<br />

formas nas quais os documentos são usados deve ser considerada,<br />

particularmente no nosso caso. A existência de dois Testamentos<br />

que têm orientado comunidades religiosas vitais durante milênios<br />

desempenha um papel central na forma pela qual compreendemos<br />

os Testamentos individualmente e em inter-relacionamento. 35<br />

Muitas dessas considerações estiveram por trás do esboço<br />

do Loccum Report (1978). Este relatório argumentava que o AT é<br />

“parte integral e indispensável da Escritura autorizada[...] nem<br />

obsoleto nem antiquado [desde Cristo], nem deve ser considerado<br />

meramente uma preparação para Cristo”. O relatório oferece diretrizes<br />

para interpretação, registrando que, além de considerações<br />

cristológicas, existe uma “especificidade” no AT: ele pode oferecer<br />

verdade não encontrada no NT. Além disso, a ideia de cumprimento,<br />

usada em relação à promessa, é mais complexa do que anteriormente<br />

considerada. Ele inclui perspectivas como tempo, lei e promessas.<br />

Mais controverso é o ponto que trata do processo interpretativo que<br />

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