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1 Continuidade e descontinuidade: o debate ao ... - Viverpontocom

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<strong>Continuidade</strong> e des<strong>Continuidade</strong>: o <strong>debate</strong> <strong>ao</strong> longo da história da igreja<br />

de uma abordagem dispensacionalista dos Testamentos, enquanto<br />

os outros dois foram mais de orientação federalista. 32<br />

o séCulo XX<br />

Em certo sentido, todo o espectro de questões que tem<br />

ocorrido em relação <strong>ao</strong>s Testamentos apareceu no século XX.<br />

Guerra, mudança social e tendência intelectual trabalharam na<br />

direção do fim do progressivismo do período anterior. Os estudos<br />

de Albert Schweitzer (1875-1965), que apareceram num momento<br />

de mudança social, sugeriam a realidade de um Jesus apocalíptico,<br />

desconhecido da teologia contemporânea, arraigado no passado de<br />

Israel. Aquele mundo, aberto a todos por meio de estudos arqueológicos<br />

e filológicos, revolucionou as perspectivas sobre o AT e sua<br />

relação com o NT. O AT não pode mais ser comparado com fábulas<br />

gregas, mesmo sendo esse o conceito defendido por alguns no<br />

século anterior. 33<br />

A reafirmação da veracidade histórica do AT, a identidade<br />

radical de Jesus, o lugar do ser humano perante a “diversidade” de<br />

Deus e a maneira pela qual tais ideias foram canalizadas por uma<br />

teologia de “crise” (principalmente a obra de Karl Barth [1886-<br />

1968]) ajudaram a criar uma nova consciência teológica para a<br />

nossa questão. Além disso, a escatologia da neo-ortodoxia, de forma<br />

tão diferente quanto foi articulada, aprofundou, sem negar explicitamente,<br />

posições milenaristas tradicionais através de uma compreensão<br />

mais imediata do reino de Deus. Isso ofereceu possibilidade<br />

para trazer o poder profético do AT para as preocupações sociais<br />

presentes (p. ex., os Blumhardts, os Niebuhrs, Jürgen Moltmann).<br />

Esse movimento tornar-se-ia mais claro quando estendido por<br />

posteriores teólogos da libertação, frequentemente devedores<br />

às premissas marxistas ou secularistas, todavia em muitos casos<br />

ligados à maneira na qual os primeiros movimentos reformados ou<br />

cristãos restauracionistas usaram os Testamentos como guia para a<br />

santidade compartilhada. 34<br />

Hoje, o estudo da inter-relação dos Testamentos está chegando<br />

<strong>ao</strong> fim do seu segundo milênio. Enquanto isso acontece, estamos<br />

conscientes das formas pelas quais as considerações hermenêuticas<br />

moldam nossa compreensão da fé. Tais assuntos incluem a importância<br />

da história em seu próprio direito. A primeira pergunta para<br />

31

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