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1 Continuidade e descontinuidade: o debate ao ... - Viverpontocom

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<strong>Continuidade</strong> e des<strong>Continuidade</strong><br />

liberdade e justiça feito pela população negra da África do Sul tem<br />

semelhanças com o clamor dos hebreus sob a tirania egípcia? Tem<br />

Israel o direito profético à Palestina que exclui total concessão à<br />

população árabe?<br />

A resposta de Filipe foi direcionar o etíope para Cristo.<br />

Nesse ponto o enigma do AT deve ser compreendido. No final das<br />

contas essa é a resposta da igreja à relação entre os Testamentos.<br />

É muito mais do que isso, mas temos de começar aqui. A Escritura<br />

registra Jesus tratando a tradição apontando para si mesmo (Jo<br />

5.39). Ele e sua missão se ocuparam do cumprimento de conceitos<br />

fundamentais das Escrituras hebraicas. Além disso, não somente<br />

algo se cumprira nele, como um novo período da história havia<br />

começado (Lc 4.16-21). Finalmente, Jesus traçou uma distinção<br />

entre a vontade de Deus, em nome da qual ele pareceu falar diretamente,<br />

e o que havia sido autorizado pela tradição (p. ex., Mc<br />

10.2-12). Todavia, quase paradoxalmente, Jesus manteve um ponto<br />

de vista rigoroso; toda a lei devia ser cumprida. Sua vigência<br />

continuou (Mt 5.18; Lc 16.17), mas foi humanizada e aprofundada<br />

pela lealdade a ele. 2<br />

Esses três temas são encontrados nos Evangelhos. Eles<br />

aparecem na primeira pregação cristã em Atos. Entretanto,<br />

pode-se argumentar que a primeira consideração metodológica<br />

dada a eles, quando abordam nossa questão, veio do apóstolo<br />

Paulo. A resolução da revelação em duas dispensações, cada uma<br />

com sua própria “lei” relacionada a Cristo, vem primeiro como um<br />

dom de Deus (2Co 4.3,4). Isso foi sugerido por Jesus (Mc 4.9-12). É<br />

um princípio seguido pela igreja, especialmente em discernir os<br />

significados mais profundos do texto à medida que eles provêm da<br />

inter-relação dos Testamentos. Em segundo lugar, Paulo argumenta<br />

explicitamente em Gálatas e em Romanos que toda a Escritura<br />

aponta para Cristo. Deus é seu autor formal; Cristo, a mensagem<br />

material. Finalmente, a natureza do relacionamento entre a antiga<br />

e a nova dispensações, frequentemente entendida como tipo ou<br />

alegoria, é apresentada claramente por Paulo em referência <strong>ao</strong>s<br />

filhos de Abraão, Ismael e Isaque, nascidos de Hagar e Sara (Gl<br />

4.21-31). 3<br />

O argumento de Paulo em Gálatas, ampliado mais livremente<br />

pelo autor do livro de Hebreus, traz duas considerações relevantes<br />

em relação <strong>ao</strong>s Testamentos. Em primeiro lugar, ele oferece uma<br />

hermenêutica ou metodologia para a interpretação da Escritura. Em<br />

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