cristianismo e filosofia nos três primeiros séculos ... - FILOSOFIANET
cristianismo e filosofia nos três primeiros séculos ... - FILOSOFIANET
cristianismo e filosofia nos três primeiros séculos ... - FILOSOFIANET
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
goce superfluo de una vida muelle, otros que lo dan de diferente clase,<br />
que se atribuyeron a las fieras también por necesidad. En cambio, en el<br />
divino jardín acontecía que todas las plantas tenían alma y razón, y<br />
daban como fruto las virtudes (y por añadidura el conocimiento<br />
imperecedero y la agudeza de mente con la que se distingue lo bello y lo<br />
feo), la vida sin enfermedades, la incorruptibilidad y todo lo que hay de<br />
índole semejante a esto. Ahora bien, esto me parece a mí que se dijo<br />
más bien simbólica que literalmente, pues jamás aparecieron antes en la<br />
tierra, ni es verosímil que aparezcan alguna vez, árboles de la vida y del<br />
conocimiento. Antes bien, se da a entender enigmáticamente, al parecer,<br />
con el jardín la parte rectora de la alma, que está llena de infinidad de<br />
opiniones, cual si fueran plantas; y con el árbol de la vida, la mayor de<br />
las virtudes, la reverencia de Dios, por la cual el alma se hace inmortal; y<br />
con el árbol del conocimiento de las cosas buenas y malas, la virtud que<br />
está en medio, la sensatez, con la cual se disciernen las cosas<br />
contrarias a la naturaleza. 42 (FILON apud LEIPOLDT e GRUNDMANN,<br />
1975, p. 297-98)<br />
Esta metodologia hermenêutica contribui, segundo Filon, para evitar o excessivo<br />
cuidado de um dos lados da escrita (literal ou metafórico), como acontecem com<br />
aqueles que consideram “el tenor literal de las leyes como símbolo de cosas captables<br />
por el intelecto” 43 , pois é preciso: “investigar con mayor precisión las cosas que no<br />
están claras y de aplicar de manera irreprochable las que lo están” 44 (FILON apud<br />
LEIPOLDT e GRUNDMANN, 1975, p. 302).<br />
42 Quando o homem levava, portanto uma vida solitária por não ter sido, ainda, criada a mulher, se conta que Deus<br />
plantou um paraíso (= jardim) que em nada se assemelha aos que existem hoje. A madeira deste é com efeito,<br />
inanimada, está cheia de árvores de todas as espécies, umas sempre verdes para contemplação ininterrupta da vista,<br />
outras vigorosas e germinantes a cada primavera; umas que dão frutos de cultivo aos homens, não somente para o<br />
uso necessário à alimentação, mas também para o desfruto de uma vida boa, outras que dão de diferentes classes, que<br />
se atribuíram também aos animais por necessidade. Em contrapartida, no divino jardim acontecia que todas as<br />
plantas tinham alma e razão, e davam como fruto as virtudes (e por acréscimo o conhecimento imperecível e a<br />
agudeza da mente com que se distingui o belo do feio), a vida sem enfermidades, a incorruptibilidade e tudo o que há<br />
de índole semelhante a isto. Contudo, isto me parece algo muito mais simbólico que literal, pois jamais apareceram<br />
antes na terra, nem é verossímil que apareça alguma vez, árvores da vida e do conhecimento. Antes, se dá a entender<br />
enigmaticamente, ao parecer, com o jardim a parte dirigente da alma, que está cheia de infinidade de opiniões, como<br />
se fossem plantas; e com a árvore da vida, a maior de todas as virtudes, a reverência a Deus, pela qual a alma se faz<br />
imortal; e com a árvore do conhecimento a das coisas boas e más, a virtude que está no meio, a sensatez, com a qual<br />
se discerne as coisas contrárias à natureza. (Tradução <strong>nos</strong>sa)<br />
43 “o teor literal das leis como símbolo das coisas captáveis pelo intelecto” (tradução <strong>nos</strong>sa).<br />
44 “investigar com maior precisão as coisas que não estão claras e aplicar de maneira irreprochável as que estão”<br />
(Tradução <strong>nos</strong>sa).<br />
40