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cristianismo e filosofia nos três primeiros séculos ... - FILOSOFIANET

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camponeses e escravos com a situação em que viviam (AQUINO et al., 1980, p. 358).<br />

A religião greco-romana já não respondia aos novos anseios que perpassavam o<br />

homem helênico, o que abria uma lacuna do qual o pensamento cristão encontrou seu<br />

sustentáculo: dar uma nova resposta moral e escatológica a um mundo movido pela<br />

desilusão e falta de esperança.<br />

2.1.1 Abertura do Cristianismo ao Mundo Grego: o nascimento de uma<br />

<strong>filosofia</strong> complexa<br />

Inspirado no Judaísmo, do qual era inicialmente “uma seita” (AQUINO et al,<br />

1980, p. 360) o Cristianismo acabou por se converter em uma nova maneira de se<br />

conceber a realidade, graças, primeiramente, a Paulo de Tarso 59 (3 d.C. – 66 d.C.).<br />

Com ele, este novo fenômeno foi implantado em ambiente helênico, o que muito<br />

contribuiu para a percepção cristã da estrutura racional de tal ambiente.<br />

Os desafios da “missão paulina”, como expressa Jedin (1966) se configuraram<br />

principalmente do ponto de vista da linguagem, já que, o “neo-pensamento” era dirigido<br />

a um povo que estava unido por uma mesma cultura e língua: a koiné. É com este<br />

intuito que, acontecem, portanto, as primeiras mudanças significativas do judeu-<br />

Cristianismo primitivo. O ponto estratégico para esta abertura foi a cidade de<br />

Alexandria, centro cultural helênico, onde convertiam várias culturas num grande<br />

intercâmbio inter-racial. Para que os chamados “pagãos”, pudessem abraçar esta nova<br />

59 Paulo, de procedência da diáspora judia, nasceu em Tarso de Cilicia, onde seu pai era fabricante de selas, ofício<br />

este que aprendeu também. Contudo, uma antiga tradição conta que seus antepassados procediam da Galiléia. Seu,<br />

porém, possuía o direito hereditário de cidadão romano, cujos privilégios pôde apelar diante do tribunal romano. Em<br />

sua cidade, Tarso, Paulo conheceu uma rica manifestação cultural e comercial da vida helenística, principalmente a<br />

Koiné, língua que havia se imposto como universal, bem como o aramaico de sua tradição familiar. Apesar se sua<br />

convivência com a cultura helênica, foi fiel às suas tradições judaicas, tanto que, pertencia ao grupo legalista dos<br />

fariseus. (JEDIN, 1966, p.167.)<br />

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