Flash último longa-duração <strong>de</strong> uma carreira meteórica. Do fim do grupo resultaram os Azembla’s Quartet, li<strong>de</strong>rados por Pedro Renato e on<strong>de</strong> encontramos Luís Pedro Ma<strong>de</strong>ira e Raquel Ralha (que se tornaria também vocalista dos Wray Gunn), e os Quinteto Tati, que reuniram JP Simões e Sérgio Costa em “Exílio”, álbum <strong>de</strong> 2004, antes <strong>de</strong> o primeiro se lançar numa carreira a solo <strong>de</strong> que resultou, em 2007, o celebrado “1970”. A África lusófona no cinema, em Londres O pretexto é a passagem dos 35 anos sobre a <strong>de</strong>scolonização dos países africanos sob dominação portuguesa, data que vai ser assinalada em Londres, no cinema Alfred Hitchcock da Queen Mary University, com um ciclo <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong> realizadores <strong>de</strong> expressão lusa. Entre 9 e 13 <strong>de</strong>ste mês, o Departamento <strong>de</strong> Língua Portuguesa daquela universida<strong>de</strong>, com o apoio do Instituto Camões, promove um ciclo <strong>de</strong> filmes e <strong>de</strong> encontros, distribuídos em jornadas focadas em cada um dos PALOP. Abre com a Guiné-Bissau e com três filmes <strong>de</strong> Flora Gomes (“Mortu Nega”, “Os Olhos Azuis <strong>de</strong> Yonta” e “Nha Fala”). Seguem-se, no dia 10, São Tomé e Príncipe (“Mionga Ki ôbo – Mar e Selva”, <strong>de</strong> Ângelo Torres) e Cabo Ver<strong>de</strong>, que será visitado através do olhar <strong>de</strong> Francisco Manso, realizador que aí rodou “O Testamento do Senhor Napumoceno” e “A Ilha dos Escravos” e que estará presente na sessão para um encontro com os espectadores. O cinema angolano estará representado, no dia seguinte, pelos filmes “Na Cida<strong>de</strong> Vazia”, <strong>de</strong> Maria João Ganga, e “O Herói”, <strong>de</strong> Zézé Gamboa. Caberá a Moçambique a atenção maior do programa. Os realizadores Margarida Cardoso e Joaquim Leitão apresentarão os seus filmes: “Natal 71”, “A Costa dos Murmúrios” e “Kuxa Kanema, o Nascimento do Cinema”, no caso da primeira; “20,13: Purgatório”, no caso <strong>de</strong> 4 • Sexta-feira 5 Novembro 2010 • Ípsilon Leitão. O em e novos projectos os programa encerra <strong>de</strong> d novos nomes da com adaptações ao <strong>gran<strong>de</strong></strong> ecrã <strong>de</strong> cena brasileira e livros <strong>de</strong> Mia Couto: “Tatana”, que revelando aqueles s João Ribeiro e Gonçalo Galvão Teles que po<strong>de</strong>m muito o realizaram sobre argumento <strong>de</strong>ste bem vir a ser os último e do escritor; e “Terra Sonâmbula”, <strong>de</strong> Teresa Prata. próximos notáveis. s. O Rio <strong>de</strong> Janeiro volta a dançar, até 21 <strong>de</strong> Novembro Em vésperas <strong>de</strong> comemorar 20 anos, o mais importante festival <strong>de</strong> dança da América do Sul, o Panorama Rio Dança, apresenta a sua mais ambiciosa e extensa programação. De 5 a 21 <strong>de</strong> Novembro vários teatros do Rio <strong>de</strong> Janeiro recebem obras da norte americana Trisha Brown (com um programa que já esteve em Serralves em 2007), do alemão Raimund Hoghe (com duas peças, uma das quais, “L’Aprés Midi”, foi apresentada em 2009 no festival Materiais Diversos), do francês Rachid Ouramdane, do holandês Emio Greco, do moçambicano Panaibra Gabriel (que já por duas vezes esteve em Portugal) e <strong>de</strong> um vasto elenco <strong>de</strong> nomes brasileiros. Entre eles está Lia Rodrigues, fundadora do festival e homenageada da edição <strong>de</strong>ste ano, com uma retrospectiva que inclui, entre outros espectáculos, “Pororoca”, visto em Abril na Culturgest e em Serralves. Dizem os programadores, Nayse Lopez e Eduardo Bonito, que “são muitos os percursos possíveis [nesta edição]: o ontem e o hoje <strong>de</strong> um artista, a política, os cruzamentos entre danças populares e composição contemporânea”. No total, são 33 peças que ocupam a cida<strong>de</strong>, dos parques ao metropolitano, dos teatros à favela, tentando respon<strong>de</strong>r à pergunta “que dança po<strong>de</strong> falar do nosso tempo?”. Ao longo dos anos, o festival tem sido uma plataforma para a dança brasileira e esta 19ª edição do Panorama volta a tomar o pulso à criação contemporânea, focando-se “Nha Fala”, <strong>de</strong> Flora Gomes, é um dos fi lmes que vão passar pelo cinema Alfred Hitchcock da Queen Mary University “Pororoca”, <strong>de</strong> Lia Rodrigues: a a coreógrafa brasileira bras é a homenageada <strong>de</strong>sta edição do Panorama Rio Dança David Hockney, iPintor em Paris No final <strong>de</strong> 2008, David Hockney (n. 1937) comprou um m iPhone e começou u a mandar flores frescas aos amigos todas as manhãs. “As minhas flores duram. Com o iPhone, one, não só posso <strong>de</strong>senhá-las como também possso enviá-las a 15 ou 20 pessoas que <strong>de</strong>pois as recebem assim que acordam”, explicou ao jornalista do “Telegraph” Martin Gayford, que bruscamente no Verão passado também recebeu um SMS do artista britânico (“Mando-te o amanhecer <strong>de</strong> hoje esta tar<strong>de</strong>; frase absurda, bem sei, mas perceberás o que quero dizer”), seguido, horas mais tar<strong>de</strong>, da respectiva iPintura das primeiras horas do dia filtradas pelas nuvens malva da costa do Yorkshire. Nos últimos dois anos, Hockney produziu centenas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> flores e <strong>de</strong> paisagens no iPhone (entretanto também comprou um iPad) que traz sempre no bolso interior direito do seu blazer Príncipe <strong>de</strong> Gales. Parte <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>senhos integra agora a exposição “Fleurs Fraîches”, que po<strong>de</strong> ser vista até 30 <strong>de</strong> Janeiro na Fondation Pierre Bergé - Yves Saint-Laurent. Aqui, já não estamos perante os po<strong>de</strong>rosos <strong>gran<strong>de</strong></strong>s formatos em que Hockney fez a crónica da bela vida californiana; é das pequenas coisas (plantas, naturezas mortas, auto-retratos) que “o último dandy da arte do pós-guerra”, como lhe chamava o “Figaro” esta semana, se ocupa agora. Além das intermináveis possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> difusão criadas pelo iPhone (<strong>de</strong> resto profundamente disruptoras <strong>de</strong> um mercado que gira em torno da assinatura e do original), Hockney está particularmente entusiasmado com a maneira como o ecrã luminoso revoluciona a qualida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senho: “Nunca teria <strong>de</strong>senhado a aurora se só tivesse um lápis e uma folha <strong>de</strong> papel. Foi a luminosida<strong>de</strong> do ecrã que me incitou”, explica no texto do catálogo. A cenografia da exposição, concebida pelo arquitecto novaiorquino Ali Tayar, recria em parte o estúdio do artista no Yorkshire, permitindo ao espectador ver (em Des<strong>de</strong> Des que <strong>de</strong>scobriu o iPhone, David Hockney manda man fl ores aos amigos todas as manhãs (e um u ou outro nascer do sol) pequenos e <strong>gran<strong>de</strong></strong>s ecrãs) as obras à luz das condições em que foram produzidas e, mais do que isso, vê-las enquanto são produzidas (basta carregar numa tecla e o iPhone faz rewind e reconstitui o <strong>de</strong>senho traço a traço). É novo para nós, e surpreen<strong>de</strong>ntemente também para ele: “Até ter feito ‘replay’ dos meus <strong>de</strong>senhos no iPad, nunca me tinha visto <strong>de</strong>senhar”. Zaha Z Hadid vai <strong>de</strong>senhar d a segunda casa c da Serpentine Gallery G Normalmente No inclusivamente os olhos postos ouvimos ou falar da neste edifício. É uma Serpentine Ser Gallery, oportunida<strong>de</strong> que só aparece em em Londres, todos os uma vez na vida”, anos pelo Verão, a propósito acrescentou. das instalações que os Aquilo que <strong>de</strong>finitivamente fez arquitectos mais conhecidos a balança pen<strong>de</strong>r para a do mundo são convidados a candidatura da Serpentine, em fazer nos relvados do Hy<strong>de</strong> <strong>de</strong>trimento das <strong>de</strong> Hirst e da Park – Álvaro Siza e Eduardo Halcyon, foi o apoio Souto <strong>de</strong> Moura foram os filantrópico da Fundação portugueses já convidados, em Mortimer e Theresa Sackler – 2005. Agora, esta que é uma uma família <strong>de</strong> americanos das instituições <strong>de</strong> referência que fez fortuna no Reino da arte contemporânea na Unido no negócio capital britânica é notícia por farmacêutico e que é um dos ter conseguido conquistar um principais mecenas do país. importante espaço para a O plano <strong>de</strong> acção da ampliação da sua activida<strong>de</strong>: Serpentine para o “The ultrapassou a forte Magazine” já está traçado: concorrência <strong>de</strong> Damien Hirst Zaha Hadid (que já realizou o e da Halcyon Gallery, e venceu pavilhão <strong>de</strong> Verão no Hy<strong>de</strong> o concurso público aberto pela Park por duas vezes, em 2000 Royal Parks para a exploração e 2007) foi convidada a <strong>de</strong> The Magazine, um edifício renovar parte do edifício, e vai abandonado há mais <strong>de</strong> meio <strong>de</strong>senhar também um novo século nos Kensington pavilhão <strong>de</strong> <strong>gran<strong>de</strong></strong>s Gar<strong>de</strong>ns. Este antigo <strong>de</strong>pósito dimensões para a realização <strong>de</strong> munições que funcionou anual <strong>de</strong> instalações entre meados do século XVIII luminosas. “Encontramo-nos e o final da Segunda Guerra num dos raros lugares <strong>de</strong> Mundial, com uma área <strong>de</strong> 880 Londres que tem pouca metros quadrados – idêntica à poluição luminosa”, disse que a Serpentine Gallery Peyton-Jones, justificando esta <strong>de</strong>tém hoje –, vai ser aposta. A futura segunda casa transformada pela arquitecta da Serpentine terá espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong> origem iraniana Zaha Hadid exposições, uma loja, café e num novo equipamento para a restaurante. O público arte contemporânea, mporânea, com continuará a ter abertura prometida ometida ainda a entrada entrada livre, e tempo dos próximos Jogos para a Olímpicos <strong>de</strong> 2012. concretização concretiza “Estou encantada”, antada”, do project projecto exclamou Julia ulia Peyton- Peyton- não serão Jones, directora tora da <strong>de</strong>spendidos <strong>de</strong>spendid Serpentine, comentando dinheiros para o jornal al “The públicos. Guardian” o Sérgio C. C resultado do o concurso. “A A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> expandir a Andra<strong>de</strong> Andra Serpentine estava na nossa ossa mente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> e há muito tempo, o, e tínhamos Zaha Hadid vai renovar parte <strong>de</strong> The Magazine, o novo edifício da Serpentine Gallery nos Kensington Gar<strong>de</strong>ns
AGENDA CULTURAL FNAC entrada livre LANÇAMENTO EM DVD GAINSBOURG. VIDA HERÓICA Filme <strong>de</strong> Joann Sfar João Lopes e Nuno Galopim, jornalistas e críticos <strong>de</strong> música e <strong>de</strong> cinema, encontram-se no Fórum FNAC para uma conversa com o público sobre a obra e a vida <strong>de</strong> uma das figuras mais marcantes da cultura contemporânea. 08.11. 20H00 FNAC CHIADO EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA SERGE GAINSBOURG Fotografias <strong>de</strong> Tony Frank Uma selecção <strong>de</strong> momentos da vida <strong>de</strong> Serge Gainsbourg que revelam o seu lado mais íntimo e apresentam fragmentos do seu quotidiano familiar e profissional. INAUGURAÇÃO 08.11. 20H00 FNAC CHIADO APRESENTAÇÃO MILAGRÁRIO PESSOAL Livro <strong>de</strong> José Eduardo Agualusa Um romance <strong>de</strong> amor e, ao mesmo tempo, uma viagem através da História da língua portuguesa. 06.11. 15H00 FNAC NORTESHOPPING MÚSICA AO VIVO LA CHANSON NOIRE Música para os Mortos Manifesto artístico que aponta como principais objectivos a divulgação dos prazeres da <strong>de</strong>cadência, a apologia da exuberância e da extravagância, assim como a <strong>de</strong>fesa da liberda<strong>de</strong> e da libertinagem. 05.11. 22H00 FNAC ALMADA 07.11. 17H00 FNAC LEIRIA 12.11. 22H00 FNAC COIMBRA MÚSICA AO VIVO TERESA LOPES ALVES Reflexo No seu trabalho <strong>de</strong> estreia, esta cantora tem como referências o fado, o jazz vocal clássico, passando pela música ligeira portuguesa e pela música popular brasileira. 05.11. 22H00 FNAC NORTESHOPPING 06.11. 17H00 FNAC GUIMARÃES 06.11. 22H00 FNAC BRAGA Consulte todos os eventos da Agenda Fnac, assim como outros conteúdos culturais em http://cultura.fnac.pt Apoio: 13.11. 18H00 FNAC MAR SHOPPING 14.11. 17H00 FNAC BRAGA 17.11. 22H00 FNAC NORTESHOPPING 18.11. 18H00 FNAC STA. CATARINA 18.11. 22H00 FNAC GAIASHOPPING 07.11. 17H30 FNAC MAR SHOPPING 13.11. 22H00 FNAC CASCAIS 12.11. 21H30 FNAC VASCO DA GAMA 14.11. 17H00 FNAC COLOMBO 13.11. 16H00 FNAC ALMADA 20.11. 21H30 FNAC ALFRAGIDE APRESENTAÇÃO AO VIVO LANÇAMENTO EXPOSIÇÃO