O grande ditador - Fonoteca Municipal de Lisboa
O grande ditador - Fonoteca Municipal de Lisboa
O grande ditador - Fonoteca Municipal de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
As estrelas do público<br />
Jorge<br />
Mourinha<br />
Luís M.<br />
Oliveira<br />
Mário<br />
J. Torres<br />
Vasco<br />
Câmara<br />
Uma Família Mo<strong>de</strong>rna mmnnn nnnnn mmnnn nnnnn<br />
A Cida<strong>de</strong> mmnnn nnnnn nnnnn nnnnn<br />
Deixa-me entrar mmmnn nnnnn nnnnn nnnnn<br />
Gainsbourg: Vida Heróica mmmnn mmnnn mmnnn mmmnn<br />
Lola mmmmn nnnnn mmmmn mmmmm<br />
Mistérios <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> mmmnn mmmnn mmmmm mmmnn<br />
36 Vistas do Monte Saint-Loup mmmnn mmmmn mmmmn mmmnn<br />
A Re<strong>de</strong> Social mmmmn nnnnn nnnnn nnnnn<br />
O Refúgio mmnnn nnnnn mmnnn nnnnn<br />
O Último Verão da Boyita mmmnn mmnnn nnnnn nnnnn<br />
precisam <strong>de</strong> um <strong>de</strong>mónio”. É por<br />
isso que não há computadores nem<br />
virtualida<strong>de</strong>s naquele que é o<br />
menos virtual e mais real filme <strong>de</strong><br />
Fincher até ao momento: este não é<br />
um filme sobre um site internet<br />
nem sobre o modo como ele mudou<br />
o mundo, é um filme sobre pessoas<br />
e sobre o modo como as relações<br />
virtuais não substituem as relações<br />
verda<strong>de</strong>iras do mundo real.<br />
É também por isso que não vale a<br />
pena procurar aqui um qualquer<br />
relato fiel e fi<strong>de</strong>digno da “verda<strong>de</strong>”<br />
do Facebook (e, para que conste,<br />
ninguém se sai a rir <strong>de</strong>ste retrato –<br />
nem Zuckerberg, nem o sócio<br />
fundador Eduardo Saverin, nem os<br />
gémeos Winklevoss que terão dado<br />
a i<strong>de</strong>ia original a Zuckerberg, não<br />
há santos nem pecadores). Não era<br />
isso que interessava nem a Sorkin<br />
nem a Fincher. A verda<strong>de</strong>ira re<strong>de</strong><br />
social não está online, e é essa a<br />
chave do guião (que <strong>de</strong>ve aliás bater<br />
um qualquer recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> débito <strong>de</strong> diálogos): por trás da<br />
internet estão apenas as mesmas<br />
velhas questões <strong>de</strong> sempre que<br />
fazem <strong>de</strong> nós quem somos. Dirão<br />
que isso faz <strong>de</strong> “A Re<strong>de</strong> Social”<br />
menos um filme do que uma peça?<br />
Ah, mas é aí que entra a mãozinha<br />
mágica <strong>de</strong> Fincher, que se limita a<br />
sustentar, com <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za e<br />
inteligência, a estrutura <strong>de</strong> Sorkin,<br />
mas que o faz sem cair na armadilha<br />
<strong>de</strong> filmar à velocida<strong>de</strong> da internet<br />
ou <strong>de</strong> dirigir uma peça filmada. É<br />
mais difícil do que parece, e a<br />
mestria <strong>de</strong> Fincher é a <strong>de</strong> estar à<br />
altura do argumento que lhe coube<br />
filmar.<br />
“A Re<strong>de</strong> Social” é um <strong>gran<strong>de</strong></strong><br />
filme. E é um <strong>gran<strong>de</strong></strong> filme sobre<br />
coisas muito mais universais do que<br />
o Facebook.<br />
Continuam<br />
O Último Verão da Boyita<br />
El Último Verano <strong>de</strong> la Boyita<br />
De Julia Solomonoff,<br />
com Guadalupe Alonso, Nicolás Treise,<br />
Mirella Pascual, Gabo Correa. M/12<br />
MMMnn<br />
<strong>Lisboa</strong>: Me<strong>de</strong>ia King: Sala 2: 5ª Domingo 3ª 4ª<br />
14h, 16h, 18h, 20h, 22h 6ª Sábado 2ª 14h, 16h, 18h,<br />
20h, 22h, 24h;<br />
A “Boyita” do título é uma caravana<br />
flutuante que seduziu os campistas<br />
argentinos nos anos 1970 e 1980,<br />
mas tem pouca ou nenhuma<br />
relevância narrativa para o que se<br />
conta no belo segundo filme <strong>de</strong> Julia<br />
Solomonoff – o <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> dois<br />
adolescentes para o seu próprio<br />
corpo, num longínquo Verão<br />
campestre dos anos 1980. A<br />
relevância da “Boyita” é como um<br />
símbolo <strong>de</strong>sse passado que se <strong>de</strong>ixa<br />
para trás quando se percebe que,<br />
quase sem dar por isso, começamos<br />
a ser adultos. E a realizadora<br />
argentina encena esses momentoschave<br />
com a atenção e a elegância<br />
<strong>de</strong> quem sabe como são<br />
importantes mesmo que na altura<br />
não o pareçam, ou que só o<br />
percebamos à posteriori. O que<br />
resulta daqui é um filme inteligente<br />
que aborda a entrada na ida<strong>de</strong><br />
adulta por um ângulo invulgar,<br />
seduzindo-nos lentamente com a<br />
justeza do tom, dos actores, da<br />
encenação. É mais uma bela estreia<br />
para juntar à vitalida<strong>de</strong><br />
aparentemente inesgotável do novo<br />
cinema argentino. J. M.<br />
Mistérios <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong><br />
De Raoul Ruiz<br />
com Adriano Luz, Maria João<br />
Bastos, Ricardo Pereira, Clotil<strong>de</strong><br />
Hesme, Afonso Pimentel, João Luís<br />
Arrais, Albano Jerónimo, João<br />
Baptista. M/12<br />
MMMnn<br />
<strong>Lisboa</strong>: Me<strong>de</strong>ia King: Sala 3: 5ª 6ª Sábado<br />
Domingo 2ª 3ª 4ª 15h15, 20h30; Me<strong>de</strong>ia<br />
Monumental: Sala 4 - Cine Teatro: 5ª 6ª Sábado<br />
Domingo 2ª 3ª 4ª 11h, 16h, 21h; Me<strong>de</strong>ia Saldanha<br />
Resi<strong>de</strong>nce: Sala 7: 5ª 6ª Sábado Domingo 2ª 3ª<br />
4ª 14h30, 19h30; ZON Lusomundo Amoreiras: 5ª<br />
6ª Sábado Domingo 2ª 3ª 4ª 14h30, 20h30; ZON<br />
“Mistérios <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>”:<br />
cada personagem<br />
como um abismo<br />
Lusomundo Almada Fórum: 5ª 6ª Sábado<br />
Domingo 2ª 3ª 4ª 15h, 21h;<br />
Porto: ZON Lusomundo Dolce Vita Porto: 5ª 6ª<br />
Sábado Domingo 2ª 3ª 4ª 21h;<br />
Súmula “ruiziana”, po<strong>de</strong> ser,<br />
sobretudo aquela experiência <strong>de</strong><br />
que cada personagem, cada vida, é<br />
um abismo. Em “Mistérios <strong>de</strong><br />
<strong>Lisboa</strong>” progredimos, então, <strong>de</strong><br />
queda em queda. É uma vertigem<br />
em câmara lenta. Não pela duração<br />
(cerca <strong>de</strong> quatro horas e meia <strong>de</strong><br />
filme) mas porque Ruiz contém o<br />
seu corte e colagem surrealizante – o<br />
espectador po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar-se cair sem<br />
ser distraído com <strong>de</strong>masiados<br />
acontecimentos. A primeira hora <strong>de</strong><br />
filme, então, é surpreen<strong>de</strong>nte:<br />
quando reparamos estamos já<br />
envolvidos pela loucura que dorme<br />
neste filme. Mas acontece que a<br />
queda vai sendo aparada ao longo<br />
das quatro horas, o mecanismo<br />
torna a coisa reconhecível. Deixa <strong>de</strong><br />
ser nítida a autonomia do folhetim<br />
em relação à televisão - problema do<br />
espectador, que se <strong>de</strong>ixou<br />
anestesiar, po<strong>de</strong> ser, problema<br />
também <strong>de</strong> “reconhecimento” dos<br />
actores, rostos que todos os dias nos<br />
aparecem na televisão; problema,<br />
enfim, do realizador, que às tantas<br />
entra em piloto automático. E vale a<br />
pena, claro Vasco Câmara<br />
36 Vistas do Monte Saint-Loup<br />
36 Vues du pic Saint-Loup<br />
De Jacques Rivette,<br />
com Sergio Castellito, Jane Birkin ,<br />
André Marcon, Jacques Bonnaffé,<br />
Julie-Marie Parmentier. M/12<br />
MMMnn<br />
<strong>Lisboa</strong>: CinemaCity Campo Pequeno Praça <strong>de</strong><br />
Touros: Sala 7: 5ª 6ª 2ª 3ª 4ª 14h15, 16h35, 18h20,<br />
20h05, 22h05 Sábado Domingo 12h, 14h15, 16h35,<br />
18h20, 20h05, 22h05;<br />
Esta história <strong>de</strong> um diletante italiano<br />
que, intrigado por uma mulher, se<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> a seduzi-la e no processo a<br />
encontrar a paz consigo mesma<br />
partilha o mesmo ADN <strong>de</strong> boulevard<br />
teatral, comédia <strong>de</strong> enganos<br />
estilizada, <strong>de</strong> obras mais recentes<br />
Cine-teatro S. Pedro<br />
Largo S. Pedro - Abrantes<br />
Estômago<br />
De Marcos Jorge, 2007, M/16<br />
10/11, 21:30h<br />
Cinema Teixeira <strong>de</strong><br />
Pascoaes<br />
Centro Comercial Santa Luzia - Amarante<br />
O Escritor Fantasma<br />
De Roman Polanski, 2009, M/12<br />
05/11, 21:30h<br />
Se<strong>de</strong> do Cine Clube do<br />
Barreiro<br />
Rua Almirante Reis, nº. 111, Barreiro<br />
Ruínas<br />
De Manuel Mozos, 2009, M/12<br />
05/11, 21:30h<br />
4 Copas<br />
De Manuel Mozos, 2009, M/12<br />
06/11, 17:00h<br />
Casa das Artes <strong>de</strong> Vila<br />
Nova <strong>de</strong> Famalicão<br />
Parque <strong>de</strong> Sinçães – Famalicão (CC <strong>de</strong> Joane)<br />
Conto De Inverno<br />
De Eric Rohmer, 1991, M/12 Q<br />
09/11, 21:30h<br />
Presente De Morte<br />
De Richard Kelly, ly, 2009,<br />
M/12<br />
11/11, 21:30h<br />
Auditório o IPJ<br />
Rua da PSP, Faro<br />
Histórias Da<br />
Ida<strong>de</strong> De<br />
Ouro<br />
De Ioana<br />
Uricaru, “Whisky”<br />
Projecto Pr P oje Uma campanha<br />
eleitoral – que outra<br />
coisa po<strong>de</strong>ria ser? –<br />
está em pano <strong>de</strong> fundo<br />
na próxima realização <strong>de</strong><br />
George Clooney, “Farragut<br />
North”. Entre os intérpretes:<br />
Philip Seymour Hoff man e<br />
Paul Giamatti.<br />
Cineclubes para mais informações consultar www.fpcc.pt<br />
“Vão-Me Buscar Alecrim”, dos irmãos Safdie, em Vila do Con<strong>de</strong><br />
Hanno Höffer, Rãzvan Mãrculescu,<br />
2010, M/12<br />
08/11, 21:30h<br />
Cinemas Ria Shoping<br />
– Sala 3<br />
Estrada Nacional 125, 100 – Olhão<br />
Irene<br />
De Alain Cavalier, 2009, M/12<br />
09/11, 21:30h<br />
Teatro <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />
Vila do Con<strong>de</strong><br />
Av. João Canavarro –Vila do Con<strong>de</strong><br />
Vão-me Buscar Alecrim<br />
De Ben Safdie e Joshua Safdie, 2009,<br />
M/12<br />
07/11, 16:00h/21:45h<br />
Cine-teatro António<br />
Pinheiro<br />
R. Guilherme Gomes Fernan<strong>de</strong>s, 5 - Tavira<br />
John Rabe - O Negociador<br />
De Florian Gallenberger, 2009, M/12<br />
07/11, 21:30h<br />
<strong>Lisboa</strong> Domiciliária<br />
De Marta Pessoa, 2010, M/12<br />
11/11, 21:30h<br />
Teatro Virgínia<br />
Largo José Lopes dos Santos – Torres Novas<br />
Lyubav 2.1. (curta-metragem)<br />
De Casimir Nikodim, 2009, M/16<br />
Sem Nome<br />
De Cary Fukunaga, 2009, M/16<br />
10/11, 21:30h<br />
Teatro <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />
Vila do Con<strong>de</strong><br />
Av. João Canavarro - Vila do Con<strong>de</strong><br />
Vão-Me Vão Me Buscar Alecrim A<br />
De Ben Safdie e Jo Joshua Safdie,<br />
M/12, 2009<br />
07/11, 16:00h e 21:45h<br />
Auditório IPJ<br />
R. Dr. Aresti<strong>de</strong>s <strong>de</strong> So Sousa Men<strong>de</strong>s, 33 - Viseu<br />
Whisky W<br />
De Juan Pablo<br />
Rebella e Pablo<br />
Stoll, 2004, M/12<br />
09/11, 21:00h<br />
Ípsilon • Sexta-feira 5 Novembro 2010 • 51