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Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

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com Deus. Só um espírito po<strong>de</strong> adorar o Espírito. Daí<br />

encontrarmos na Bíblia expressões como: "Porque<br />

Deus, a qu<strong>em</strong> sirvo <strong>em</strong> meu espírito" (Rm 1.9; 7.6;<br />

12.11); "Deus no-lo revelou pelo Espírito" (1 Co 2.9-<br />

12); "ador<strong>em</strong> <strong>em</strong> espírito" (Jo 4.23,24; Fp 3.3); "fui<br />

arrebatado <strong>em</strong> espírito" (Ap 1.10; 1 Co 2.10 - ARC).<br />

Desse modo, l<strong>em</strong>br<strong>em</strong>o-nos <strong>de</strong> que Deus só trata<br />

com o hom<strong>em</strong> através do seu espírito, e que é pelo<br />

espírito do hom<strong>em</strong> que o Senhor realiza seus propósitos.<br />

Sendo assim, é <strong>de</strong> todo necessário que o espírito<br />

do hom<strong>em</strong> continue <strong>em</strong> constante e viva união com<br />

Deus, s<strong>em</strong> ser induzido, por n<strong>em</strong> um momento sequer,<br />

a <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cer às leis divinas seguindo os sentimentos,<br />

<strong>de</strong>sejos e i<strong>de</strong>ais da alma. Caso contrário, a<br />

morte se manifestará imediatamente, e o espírito não<br />

terá sua união com a vida <strong>de</strong> Deus. Isso não quer dizer<br />

que o hom<strong>em</strong> <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> ter espírito. Significa simplesmente,<br />

conforme já diss<strong>em</strong>os antes, que o espírito<br />

estaria renunciando à sua elevada posição, <strong>em</strong> favor<br />

da alma. S<strong>em</strong>pre que o hom<strong>em</strong> interior obe<strong>de</strong>ce aos<br />

ditames do hom<strong>em</strong> exterior, per<strong>de</strong> contato com Deus<br />

e se torna espiritualmente morto. "Estando vós mortos<br />

nos vossos <strong>de</strong>litos e pecados, nos quais andastes outrora",<br />

por ter feito "a vonta<strong>de</strong> da carne e dos pensamentos"<br />

(Ef 2.1-3).<br />

O hom<strong>em</strong> não-regenerado é quase que totalmente<br />

governado pela alma. Ele po<strong>de</strong> estar vivendo sob o<br />

efeito <strong>de</strong> sentimentos como o t<strong>em</strong>or, a curiosida<strong>de</strong>, a<br />

alegria, o orgulho, a compaixão, o prazer, a satisfação,<br />

a admiração, a vergonha, o amor, o r<strong>em</strong>orso ou o<br />

regozijo. Ou po<strong>de</strong> estar cheio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais, <strong>de</strong> imaginação,<br />

<strong>de</strong> superstição, dúvidas, suposições, indagações,<br />

induções, <strong>de</strong>duções, <strong>de</strong> análise e introspecção. Po<strong>de</strong><br />

ainda ser movido pela ambição do po<strong>de</strong>r, ou da riqueza,<br />

da popularida<strong>de</strong>, da liberda<strong>de</strong>, da posição, da fama,<br />

do louvor, do conhecimento, sendo levado a tomar<br />

muitas <strong>de</strong>cisões ousadas, a <strong>em</strong>itir julgamentos<br />

pessoais, a exprimir opiniões obstinadas, ou, até<br />

mesmo, a sofrer com perseverança e paciência. Essas<br />

e outras atitu<strong>de</strong>s s<strong>em</strong>elhantes não passam <strong>de</strong> manifestação<br />

das três principais funções da alma, a saber, a<br />

<strong>em</strong>oção, a mente e a vonta<strong>de</strong>. E na realida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>las<br />

que a vida se compõe predominant<strong>em</strong>ente. Contudo a<br />

regeneração jamais po<strong>de</strong> brotar <strong>de</strong>las. N<strong>em</strong> o arrependimento,<br />

n<strong>em</strong> a tristeza pelo pecado, n<strong>em</strong> o choro,<br />

n<strong>em</strong> mesmo uma <strong>de</strong>cisão tomada leva o hom<strong>em</strong> à<br />

salvação. A confissão, a <strong>de</strong>cisão e muitas outras atitu<strong>de</strong>s<br />

religiosas não pod<strong>em</strong> e não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser vistas como<br />

o novo nascimento. Se o espírito não tiver sido alcançado<br />

e <strong>de</strong>spertado, as <strong>de</strong>cisões racionais, o entendimento<br />

inteligente, a aceitação mental, a busca do<br />

b<strong>em</strong>, do belo e do verda<strong>de</strong>iro, não passam <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

da alma (*). As idéias, os sentimentos e as escolhas<br />

do hom<strong>em</strong> pod<strong>em</strong> ser bons "servos", mas nunca<br />

senhores. Por conseguinte, seu papel na salvação é<br />

secundário. Por isso, a Bíblia jamais apresenta o novo<br />

nascimento como uma disciplina corporal rígida, ou<br />

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como sentimentos impulsivos, ou como exigências da<br />

vonta<strong>de</strong>, ou como uma reforma <strong>de</strong> vida operada por<br />

um entendimento mental. O novo nascimento bíblico<br />

ocorre numa parte do ser humano que é b<strong>em</strong> mais<br />

profunda que o corpo e a alma, a saber, no espírito do<br />

hom<strong>em</strong>, on<strong>de</strong> ele recebe a vida <strong>de</strong> Deus, através do<br />

Espírito Santo.<br />

O escritor <strong>de</strong> Provérbios diz que "o espírito do<br />

hom<strong>em</strong> é a lâmpada do Senhor" (20.27). Por ocasião<br />

da regeneração, o Espírito Santo entra no espírito do<br />

hom<strong>em</strong> e o vivifica, como que acen<strong>de</strong>ndo uma lâmpada.<br />

Esse é o "novo espírito", mencionado <strong>em</strong> Ezequiel<br />

36.26. Quando o Espírito Santo injeta no espírito<br />

velho e morto a vida não-criada <strong>de</strong> Deus, ele é <strong>de</strong>spertado<br />

para a vida.<br />

Antes da regeneração, a alma do hom<strong>em</strong> controla<br />

seu espírito, enquanto o próprio "eu" governa a alma,<br />

e as paixões, o corpo. A alma tornou-se a vida do<br />

corpo. Na regeneração, o hom<strong>em</strong> recebe <strong>em</strong> seu espírito<br />

a própria vida <strong>de</strong> Deus, e nasce <strong>de</strong> Deus. Com isso,<br />

o Espírito Santo passa a governar o espírito do<br />

hom<strong>em</strong>, que, por sua vez, torna-se capaz <strong>de</strong> reconquistar<br />

o controle da alma e, por meio <strong>de</strong>la, governa o<br />

corpo. Quando o Espírito Santo se torna a vida do espírito<br />

do hom<strong>em</strong>, passa a ser a vida <strong>de</strong> todo o ser. O<br />

espírito, a alma e o corpo <strong>de</strong> cada pessoa que nasceu<br />

<strong>de</strong> novo são restaurados ao propósito original <strong>de</strong><br />

Deus.<br />

O que se <strong>de</strong>ve fazer, então, para que o espírito nasça<br />

«Ir novo? Sab<strong>em</strong>os que o Senhor Jesus morreu no<br />

lugar do pecador. Na cruz, ele sofreu, <strong>em</strong> seu corpo,<br />

por todos os pecados do mundo. Deus vê a morte do<br />

Senhor Jesus como a morte <strong>de</strong> todas as pessoas. Como<br />

hom<strong>em</strong> santo, ele sofreu a morte pela humanida<strong>de</strong><br />

ímpia. Contudo ainda há algo que o hom<strong>em</strong> t<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

fazer: precisa exercitar fé <strong>em</strong> Cristo e entregar a si -<br />

espírito, alma e corpo - para se unir com o Senhor Jesus.<br />

Isto é, <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar a morte e a ressurreição<br />

do Senhor Jesus como sua própria morte e ressurreição.<br />

O significado certo <strong>de</strong> João 3.16 é o seguinte:<br />

"Para que todo o que crê para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le (literal) não<br />

pereça, mas tenha a vida eterna". O pecador <strong>de</strong>ve exercitar<br />

a fé e crer para <strong>de</strong>ntro do Senhor Jesus. Fazendo<br />

isso, une-se a ele <strong>em</strong> sua morte e ressurreição,<br />

e recebe a vida eterna (Jo 17.3), ou seja, a vida espiritual,<br />

para sua regeneração.<br />

Precisamos ter cuidado para não vermos a morte<br />

do Senhor Jesus como nosso substituto e nossa morte<br />

com ele, como se foss<strong>em</strong> dois fatos separados. Qu<strong>em</strong><br />

enfatiza o entendimento mental vê aí dois eventos distintos.<br />

Na vida espiritual, porém, não pod<strong>em</strong>os separar<br />

um do outro. Precisamos fazer distinção entre a<br />

morte substitutiva e a morte "conjunta"; separá-las,<br />

porém, jamais. Qu<strong>em</strong> crê que o Senhor Jesus morreu<br />

como seu substituto, já se uniu a ele <strong>em</strong> sua morte<br />

(Rm 6.2). Para mim, crer na obra substitutiva do Se-

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