14.04.2013 Views

Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

mente camuflando sua verda<strong>de</strong>ira personalida<strong>de</strong>. Os<br />

pecadores do mundo são homens da carne; como tais,<br />

não são regenerados e, portanto, acham-se sob o domínio<br />

da sua alma e corpo. Se um crente é carnal, isso<br />

significa que ele também está se comportando como<br />

hom<strong>em</strong> natural. E perfeitamente normal que os que<br />

são do mundo sejam carnais. É compreensível até<br />

mesmo que os crentes "recém-nascidos" sejam carnais.<br />

Contudo se, pelo t<strong>em</strong>po que já cr<strong>em</strong>os no Senhor,<br />

<strong>de</strong>veríamos ser espirituais, como é que continuamos<br />

nos comportando como homens naturais?<br />

Aquele que se comporta como hom<strong>em</strong> natural e<br />

peca com freqüência pertence à carne. Por mais extensos<br />

que sejam nossos conhecimentos espirituais,<br />

por maior que seja o número <strong>de</strong> experiências espirituais<br />

que ele afirma ter tido, e o volume <strong>de</strong> serviço eficaz<br />

que ele tenha prestado, nada disso faz diferença.<br />

Se ele ainda não se libertou do seu t<strong>em</strong>peramento peculiar,<br />

do seu mau gênio, do seu egoísmo, das suas<br />

Opiniões, da sua vangloria, da sua falta <strong>de</strong> perdão, ou<br />

do seu espírito <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> amor, nenhum daqueles<br />

valores o torna menos carnal.<br />

Ser carnal significa comportar-se "como hom<strong>em</strong><br />

natural". Dev<strong>em</strong>os perguntar a nós mesmos se há uma<br />

diferença radical entre nossa conduta e a dos homens<br />

naturais. Se <strong>em</strong> nossa vida ainda permanec<strong>em</strong> muitos<br />

costumes mundanos, então, s<strong>em</strong> dúvida nenhuma, ainda<br />

somos da carne. Não nos preocup<strong>em</strong>os com o fato<br />

<strong>de</strong> sermos rotulados <strong>de</strong> espirituais ou <strong>de</strong> carnais. Se<br />

alguém não é governado pelo Espírito Santo, que<br />

proveito lhe trará a mera <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> espiritual? Afinal<br />

<strong>de</strong> contas, trata-se <strong>de</strong> uma questão <strong>de</strong> vida, não<br />

<strong>de</strong> título.<br />

OS PECADOS DA CARNE<br />

O que o apóstolo estava experimentando <strong>em</strong> Romanos<br />

7 era uma guerra contra o pecado que habita<br />

no corpo. "Porque o pecado, prevalecendo-se do<br />

mandamento... me enganou... o pecado... causou-me a<br />

morte... vendido à escravidão do pecado... mas o pecado<br />

que habita <strong>em</strong> mim" (vv. 11,13,14,17,20). Enquanto<br />

o crente ainda está na carne, ele é freqüent<strong>em</strong>ente<br />

vencido pelo pecado que habita nele. Muitas<br />

são as batalhas e vários os pecados que comete.<br />

As necessida<strong>de</strong>s do corpo humano se encaixam <strong>em</strong><br />

três categorias: alimento, reprodução e <strong>de</strong>fesa. Antes<br />

da queda, essas exigências eram legítimas, s<strong>em</strong> mistura<br />

com o pecado. Nó <strong>de</strong>pois que o hom<strong>em</strong> caiu é que<br />

elas se tornaram meios para a prática do pecado.<br />

A primeira tentação do hom<strong>em</strong> foi na área do alimento.<br />

O mundo usa a comida para nos seduzir. Assim<br />

como o fruto do conhecimento do b<strong>em</strong> e do mal<br />

seduziu Eva, o beber e o banquetear-se tornaram-se<br />

um pecado da carne hoje. Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os consi<strong>de</strong>rar a<br />

questão do alimento como algo <strong>de</strong> menor importância,<br />

porque muitos cristãos carnais tropeçam nela. Os<br />

40<br />

crentes carnais <strong>de</strong> Corinto fizeram seus irmãos tropeçar<strong>em</strong><br />

exatamente na questão do alimento. Naqueles<br />

dias, todos os candidatos a presbítero e diácono tinham<br />

<strong>de</strong> ser aprovados nesse ponto (1 Tm 3.3,8). Só<br />

o hom<strong>em</strong> espiritual percebe como é s<strong>em</strong> sentido alguém<br />

ter obsessão por comida ou bebida. "Portanto,<br />

quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer,<br />

fazei tudo para a glória <strong>de</strong> Deus." (1 Co 10.31.)<br />

A segunda área <strong>de</strong> tentação é a da reprodução. Após<br />

a queda do hom<strong>em</strong>, a reprodução foi transformada<br />

<strong>em</strong> lascívia. A Bíblia estabelece uma relação especial<br />

entre a lascívia e a carne. Mesmo no jardim do<br />

É<strong>de</strong>n, o pecado <strong>de</strong> comer sob o estímulo da cobiça<br />

logo <strong>de</strong>spertou luxúria e vergonha. Na primeira carta<br />

<strong>de</strong> Paulo aos coríntios (6.13,15), ele coloca juntos a<br />

lascívia e a carne, e relaciona a bebe<strong>de</strong>ira e a injustiça<br />

<strong>de</strong> modo bastante claro (vv. 9,10).<br />

Vejamos agora a questão da <strong>de</strong>fesa. Quando o pecado<br />

assume o controle, o corpo manifesta sua força<br />

sob a forma <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>fesa. Ele se opõe a qualquer el<strong>em</strong>ento<br />

que possa interferir <strong>em</strong> seu conforto e prazer.<br />

O que se costuma chamar <strong>de</strong> "mau gênio", e alguns <strong>de</strong><br />

seus muitos frutos, como a ira e a contenda, brotam<br />

da carne, constituindo, portanto, pecados da carne.<br />

Numerosas transgressões flu<strong>em</strong> <strong>de</strong> modo direto, ou<br />

indireto, da autoproteção, uma vez que sua motivação<br />

é o pecado. Quantos dos pecados mais graves <strong>de</strong>ste<br />

mundo resultam do interesse pessoal, da autoexistência,<br />

da vangloria, da opinião própria e <strong>de</strong> tudo<br />

o mais que existe no ego.<br />

Se analisarmos todos os pecados do mundo, ver<strong>em</strong>os<br />

a relação <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les com essas três categorias.<br />

O cristão carnal é aquele que se <strong>de</strong>ixa dominar<br />

por algum <strong>de</strong>sses tipos <strong>de</strong> pecado. Uma pessoa mundana<br />

governada pelo pecado do seu corpo não constitui<br />

nenhuma surpresa. Todavia seria anormal um cristão,<br />

nascido <strong>de</strong> novo, permanecer na carne por muito<br />

t<strong>em</strong>po, não conseguindo vencer o po<strong>de</strong>r do pecado, e<br />

levando uma vida <strong>de</strong> altos e baixos. O crente <strong>de</strong>ve<br />

<strong>de</strong>ixar o Espírito Santo examinar seu coração e iluminá-lo,<br />

permitindo que ele lhe mostre alguns fatos. Primeiro,<br />

ele <strong>de</strong>ve mostrar-lhe aquilo que tanto a lei do<br />

Espírito Santo como a da natureza proíb<strong>em</strong>. Depois,<br />

vêm os obstáculos que o imped<strong>em</strong> <strong>de</strong> obter a t<strong>em</strong>perança<br />

e o domínio próprio. E, finalmente, ele verá os<br />

fatores que o dominam e o <strong>de</strong>stitu<strong>em</strong> <strong>de</strong> sua liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> espírito, impedindo-o <strong>de</strong> servir a Deus livr<strong>em</strong>ente.<br />

Se esses pecados não for<strong>em</strong> r<strong>em</strong>ovidos, ele não po<strong>de</strong>rá<br />

gozar das abundantes riquezas da vida espiritual.<br />

AS OBRAS DA CARNE<br />

São muitas as manifestações da carne. Aprend<strong>em</strong>os<br />

que ela é hostil a Deus e não po<strong>de</strong> lhe agradar.<br />

Se o Espírito Santo não revelar ao crente ou ao pecador<br />

como Deus vê a carne, como sendo totalmente indigna,<br />

ímpia e imunda, nenhum <strong>de</strong>les po<strong>de</strong>rá fazer

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!