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Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

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ando o seu próprio Filho <strong>em</strong> s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> carne pecaminosa<br />

e no tocante ao pecado; e, com efeito, con<strong>de</strong>nou<br />

Deus, na carne, o pecado" (Rm 8.3). Isso revela<br />

a real situação daquela "respeitável" classe <strong>de</strong> carnais<br />

que se <strong>em</strong>penha <strong>em</strong> guardar a lei, talvez até zelosamente.<br />

Eles pod<strong>em</strong> estar observando um bom número<br />

<strong>de</strong> mandamentos "enfermos pela carne", porém,<br />

não pod<strong>em</strong> guardar toda a lei 1 . A lei <strong>de</strong>ixa b<strong>em</strong> claro<br />

que "aquele que observar os seus preceitos por eles<br />

viverá" (Gaiatas 3.12, citando Levítico 18.5). Não o<br />

fazendo, será con<strong>de</strong>nado à perdição. Alguém po<strong>de</strong>rá<br />

perguntar:<br />

"Que parcela da lei <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os guardar?"<br />

Toda; pois "qualquer que guarda toda a lei, mas<br />

tropeça <strong>em</strong> um só ponto, se torna culpado <strong>de</strong> todos"<br />

(Tg 2.10). "Visto que ninguém será justificado diante<br />

<strong>de</strong>le por obras da lei, <strong>em</strong> razão <strong>de</strong> que pela lei v<strong>em</strong> o<br />

pleno conhecimento do pecado." (Rm 3.20.) Quanto<br />

mais alguém <strong>de</strong>seja observar a lei, mais <strong>de</strong>scobre o<br />

quanto está cheio <strong>de</strong> pecado e como é impossível<br />

guardá-la.<br />

A reação <strong>de</strong> Deus para com a pecaminosida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

toda a raça humana foi assumir para si a tarefa <strong>de</strong> salvá-la.<br />

O meio que ele usou foi "o seu próprio Filho<br />

<strong>em</strong> s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> carne pecaminosa". O Filho não<br />

t<strong>em</strong> pecado, por isso somente ele se acha qualificado<br />

para nos salvar. A frase "<strong>em</strong> s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> carne pecaminosa"<br />

é referência à sua encarnação: ele recebeu<br />

um corpo humano e ligou-se à humanida<strong>de</strong>. Em outro<br />

lugar, a Bíblia fala do Filho unigênito <strong>de</strong> Deus como<br />

"o Verbo" que "se fez carne" (Jo 1.14). Sua vinda ao<br />

mundo <strong>em</strong> s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> carne pecaminosa é o "se<br />

fez carne" <strong>de</strong>sse versículo. Portanto, no texto que citamos,<br />

Romanos 8.3, Paulo diz também <strong>de</strong> que maneira<br />

o Verbo se fez carne. A ênfase aí é que ele é o<br />

Filho <strong>de</strong> Deus e, conseqüent<strong>em</strong>ente, não t<strong>em</strong> pecado.<br />

Mesmo vindo <strong>em</strong> carne, o Filho <strong>de</strong> Deus não se fez<br />

"carne pecaminosa". Ele apenas veio "<strong>em</strong> s<strong>em</strong>elhança<br />

<strong>de</strong> carne pecaminosa". Mesmo quando estava na carne,<br />

ele continuou sendo Filho <strong>de</strong> Deus, permanecendo<br />

s<strong>em</strong> pecado. Todavia, por causa da s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong><br />

carne pecaminosa, ele se acha intimamente ligado aos<br />

pecadores do mundo, que viv<strong>em</strong> na carne.<br />

Qual é, então, o propósito da sua encarnação? Um<br />

"sacrifício pelos pecados" é a resposta bíblica (Hb<br />

10.12). Isso é referência à obra realizada na cruz. O<br />

Filho <strong>de</strong> Deus t<strong>em</strong> <strong>de</strong> fazer expiação pelos nossos pecados.<br />

Todos os carnais pecam contra a lei; não pod<strong>em</strong><br />

alcançar a justiça <strong>de</strong> Deus, e estão <strong>de</strong>stinados à<br />

perdição e à con<strong>de</strong>nação. Mas o Senhor Jesus, vindo<br />

ao mundo, toma essa s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> carne pecaminosa<br />

e une-se aos carnais <strong>de</strong> forma tão perfeita que, pela<br />

sua morte na cruz, eles receb<strong>em</strong> o castigo por seus<br />

pecados. Ele não precisa sofrer, pois não t<strong>em</strong> pecado.<br />

Todavia ele sofre, porque possui a s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong><br />

carne pecaminosa. Como o novo cabeça <strong>de</strong> toda a<br />

34<br />

raça, o Senhor Jesus agora engloba todos os pecadores<br />

<strong>em</strong> seu sofrimento. Isso explica a punição pelo<br />

pecado.<br />

Cristo, como sacrifício pelo pecado, sofre por todos<br />

os que estão na carne. E que dizer, então, do po<strong>de</strong>r<br />

do pecado que domina os carnais? "Con<strong>de</strong>nou<br />

Deus, na carne, o pecado." Aquele que não t<strong>em</strong> pecado<br />

é feito pecado por nós, <strong>de</strong> modo que ele morreu<br />

pelo pecado. Ele é "morto, sim, na Carne" (1 Pe 3.18).<br />

Ao morrer na carne, ele leva à cruz o pecado na carne.<br />

Esse é o significado da frase "con<strong>de</strong>nou Deus, na carne,<br />

o pecado". Con<strong>de</strong>nar significa julgar, ou aplicar o<br />

castigo. O julgamento e a punição do pecado são a<br />

morte. Assim, o Senhor Jesus realmente mortificou o<br />

pecado <strong>em</strong> lua carne. V<strong>em</strong>os, então, que, <strong>em</strong> sua morte,<br />

não apenas os nossos pecados são castigados, mas<br />

o próprio pecado é julgado.<br />

Daqui para frente, o pecado não t<strong>em</strong> mais po<strong>de</strong>r<br />

sobre aqueles que se uniram ao Senhor na morte <strong>de</strong>le,<br />

e cujo pecado, portanto, já foi con<strong>de</strong>nado na carne <strong>de</strong>les.<br />

A REGENERAÇÃO<br />

O livramento do castigo e do po<strong>de</strong>r do pecado que<br />

Deus oferece ao hom<strong>em</strong> se realiza na cruz do seu Filho.<br />

Agora ele l'«ic essa salvação diante <strong>de</strong> todos os<br />

homens, para que todo aquele que quiser aceitá-la<br />

possa ser salvo.<br />

Deus sabe que no hom<strong>em</strong> não habita nenhum b<strong>em</strong>;<br />

nenhuma carne po<strong>de</strong> lhe agradar. Ela se acha tão corrompida<br />

que já não há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação.<br />

Para a carne, não existe mais r<strong>em</strong>édio. Como é então<br />

que o hom<strong>em</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> crer no Filho <strong>de</strong> Deus, po<strong>de</strong>ria<br />

agradar ao Senhor, se este não lhe conce<strong>de</strong>r algo<br />

novo? Graças a Deus, porém, que ele conce<strong>de</strong> uma<br />

nova vida - a sua vida não-criada - àqueles que crê<strong>em</strong><br />

na salvação do Senhor Jesus e o receb<strong>em</strong> como seu<br />

Salvador pessoal. E isso que chamamos <strong>de</strong> "regeneração",<br />

ou "novo nascimento". Deus não altera nossa<br />

carne, mas nos dá sua vida. A carne daqueles que<br />

nasceram <strong>de</strong> novo continua tão corrupta quanto a dos<br />

que não experimentaram tal nascimento. A carne do<br />

crente é igual à do pecador. Ela não passa por nenhuma<br />

transformação por causa da regeneração. O<br />

novo nascimento não exerce nenhuma influência positiva<br />

sobre a carne. Ela permanece como é. O objetivo<br />

<strong>de</strong> Deus ao comunicar-nos sua vida não é educar e<br />

instruir a carne. Não. Pelo contrário, receb<strong>em</strong>os essa<br />

vida para vencermos a carne.<br />

Na regeneração, o hom<strong>em</strong> realmente se relaciona<br />

com o Senhor pelo nascimento. Regenerar-se quer dizer<br />

nascer <strong>de</strong> Deus. Receb<strong>em</strong>os nossa vida carnal dos<br />

nossos pais. Do mesmo modo, receb<strong>em</strong>os a vida espiritual<br />

<strong>de</strong> Deus. O nascimento é uma "comunicação <strong>de</strong><br />

vida". Quando afirmamos que nasc<strong>em</strong>os <strong>de</strong> Deus, estamos<br />

querendo dizer que receb<strong>em</strong>os uma nova vida

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