14.04.2013 Views

Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

do apóstolo Paulo, que <strong>de</strong>screve o ego do cristão. No<br />

momento <strong>em</strong> que este <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ouvir o Espírito Santo,<br />

passa a enquadrar-se no padrão <strong>de</strong> vida carnal aí <strong>de</strong>scrito.<br />

Alguns acreditam que, pelo fato <strong>de</strong> Romanos 7<br />

estar entre os capítulos 6 e 8, a ativida<strong>de</strong> da carne se<br />

torna um fato do passado, tão logo o crente passe por<br />

ela e entre na vida do Espírito, <strong>de</strong>scrita <strong>em</strong> Romanos<br />

8. Na realida<strong>de</strong>, as experiências dos capítulos 7 e 8<br />

ocorr<strong>em</strong> simultaneamente. Toda vez que o crente <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> andar no Espírito, conforme o padrão exposto<br />

<strong>em</strong> Romanos 8, logo filtra na experiência <strong>de</strong> Romanos<br />

7. "De maneira que eu, <strong>de</strong> mim mesmo, com a<br />

mente, sou escravo da lei <strong>de</strong> Deus, mas, segundo a<br />

carne, da lei do pecado." (V. 25.) Pod<strong>em</strong>os observar<br />

que Paulo conclui a <strong>de</strong>scrição da experiência narrada<br />

.mies do verso 25, utilizando a expressão: "<strong>de</strong> maneira<br />

que". Ele fracassa totalmente até o versículo 24. No<br />

versículo 25, ele obtém a vitória: "Graças a Deus por<br />

Jesus Cristo, nosso Senhor" (v. 25a). Ao alcançar vitória<br />

sobre a constante <strong>de</strong>rrota, Paulo diz: "Eu, <strong>de</strong><br />

mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei <strong>de</strong><br />

Deus". Aqui ele diz que sua nova vida <strong>de</strong>seja o que<br />

Deus <strong>de</strong>seja. Entretanto isso não é tudo, pois logo <strong>em</strong><br />

seguida, ele <strong>de</strong>clara: "mas, segundo a carne, da lei do<br />

pecado". E isso ele diz <strong>de</strong>pois da vitória mencionada<br />

no verso 25a. A <strong>de</strong>dução óbvia é que, por mais que<br />

ele sirva à lei <strong>de</strong> Deus na sua mente, sua carne s<strong>em</strong>pre<br />

vai servir à lei do pecado. Por mais que ele seja liberto<br />

da carne, esta permanece imutável, e continua servindo<br />

à lei do pecado (v. 25), pois a carne é s<strong>em</strong>pre<br />

carne. Nossa vida no Espírito Santo po<strong>de</strong> aprofundarse,<br />

mas isso não vai alterar a natureza da carne, n<strong>em</strong><br />

impedir que ela seja escrava da lei do pecado. Portanto,<br />

se <strong>de</strong>sejarmos ser guiados pelo Espírito Santo (Rm<br />

8.14), e libertos da opressão da carne, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os mortificar<br />

as obras ímpias do corpo, andando conforme o<br />

Espírito Santo.<br />

46<br />

A EXISTÊNCIA DA CARNE<br />

Observ<strong>em</strong>os cuidadosamente que, <strong>em</strong>bora possamos<br />

mortificar a carne, tornando-a "ineficaz" (é esse<br />

o verda<strong>de</strong>iro significado <strong>de</strong> "<strong>de</strong>struir", <strong>em</strong> Romanos<br />

6.6), ela ainda subsiste. É um gran<strong>de</strong> erro achar que a<br />

carne já foi erradicada, e J que a natureza pecaminosa<br />

está aniquilada por completo. Tal ensinamento falso<br />

leva as pessoas a se <strong>de</strong>sviar<strong>em</strong>. A vida regenerada não<br />

altera a carne. O fato <strong>de</strong> estarmos crucificados com<br />

Cristo não extingue a carne. O Espírito Santo, que <strong>em</strong><br />

nós habita, não impe<strong>de</strong> que and<strong>em</strong>os segundo a carne.<br />

Esta, com sua natureza carnal, permanece perpetuamente<br />

no crente. E s<strong>em</strong>pre que houver oportunida<strong>de</strong>,<br />

ela entrará <strong>em</strong> ação.<br />

Vimos, anteriormente, que existe uma relação íntima<br />

entre o nosso corpo e a carne. Só ser<strong>em</strong>os libertos<br />

da carne, <strong>de</strong> forma a impedir por completo sua ativida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>pois que formos libertos <strong>de</strong>ste corpo. O<br />

que é nascido da carne é carne. Ela só será erradicada<br />

<strong>de</strong>pois que este corpo corrompido <strong>de</strong> Adão for transformado.<br />

Nosso corpo não foi ainda redimido (Rm<br />

8.23). Ele aguarda a re<strong>de</strong>nção, na volta do Senhor Jesus<br />

(l Co 15.22,23, 42-44, 51-56; Fp 3.20,21; 1 Ts<br />

4.14-18). Portanto, enquanto estivermos no corpo,<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os estar permanent<strong>em</strong>ente alerta, para que a<br />

carne não manifeste suas obras ímpias.<br />

Nossa vida aqui na Terra po<strong>de</strong>, no máximo, ser<br />

comparada com a <strong>de</strong> Paulo, que <strong>de</strong>clarou: "Embora<br />

andando na carne, não militamos segundo a carne" (2<br />

Co 10.3). Ele ainda possuía um corpo, por isso continuava<br />

andando na carne. Entretanto, por causa da natureza<br />

corrompida da carne, não militava segundo a<br />

carne. Sim, ele andava na carne, mas não andava pela<br />

carne (Rm 8.4). Enquanto o crente não for liberto do<br />

corpo físico, não estará totalmente liberto da carne.<br />

Fisicamente falando, ele <strong>de</strong>ve viver na carne (Gl<br />

2.20). Espiritualmente falando, ele não precisa, n<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>ve militar segundo a carne. A conclusão óbvia, com<br />

base <strong>em</strong> 2 Coríntios 10.3, é que, estando no corpo,<br />

Paulo po<strong>de</strong>ria militar segundo a carne (<strong>em</strong>bora vejamos<br />

no versículo 4 que ele não agia <strong>de</strong>ssa forma). Assim<br />

sendo, ninguém po<strong>de</strong> dizer que sua carne não é<br />

mais potencialmente ativa. Desse modo, a obra consumada<br />

por Cristo na cruz e sua contínua aplicação<br />

pelo Espírito Santo à nossa vida são inseparáveis.<br />

Dev<strong>em</strong>os atentar b<strong>em</strong> para esse ponto, pois ele é<br />

<strong>de</strong> tr<strong>em</strong>enda importância. Se um crente achar que atingiu<br />

a santificação plena, e que já não t<strong>em</strong> a carne,<br />

cairá no erro da presunção, ou da indolência, <strong>de</strong>stituída<br />

<strong>de</strong> vigilância. Precisamos ressaltar que os filhos <strong>de</strong><br />

pais regenerados e santificados ainda são da carne.<br />

Necessitam da experiência do novo nascimento como<br />

os filhos <strong>de</strong> qualquer incrédulo. Ninguém po<strong>de</strong> dizer<br />

que não está na carne, e que não precisa nascer <strong>de</strong> novo.<br />

O Senhor Jesus afirmou que "o que é nascido da<br />

carne é carne" (Jo 3.6). Se aquele que é nascido é carne,<br />

qu<strong>em</strong> o <strong>de</strong>u à luz <strong>de</strong>ve ser carne também, pois só a<br />

carne po<strong>de</strong> gerar a carne. A prova concreta <strong>de</strong> que os<br />

pais não estão completamente libertos da carne está<br />

no fato <strong>de</strong> seus filhos ser<strong>em</strong> carnais. Os salvos transmit<strong>em</strong><br />

a seus filhos sua natureza caída, tão-somente<br />

porque a princípio era essa a sua natureza também.<br />

Eles não pod<strong>em</strong> comunicar a natureza divina, recebida<br />

na regeneração, porque esta não era originalmente<br />

<strong>de</strong>les. Eles a receberam <strong>de</strong>pois, individualmente, como<br />

um dom gratuito <strong>de</strong> Deus. O fato <strong>de</strong> os crentes<br />

comunicar<strong>em</strong> sua natureza pecaminosa a seus filhos<br />

mostra que ela está s<strong>em</strong>pre presente neles.<br />

Visto sob esse enfoque, chegamos à conclusão <strong>de</strong><br />

que uma nova criatura <strong>em</strong> Cristo, nesta vida terrena,<br />

jamais recupera totalmente a condição <strong>de</strong> que Adão<br />

<strong>de</strong>sfrutava antes da queda, pois o corpo, pelo menos,<br />

está ainda aguardando a re<strong>de</strong>nção (Rm 8.23). Aquele<br />

que é uma nova criatura continua abrigando a natureza<br />

pecaminosa <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si. Ainda está na carne. Seus

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!