Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana
Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana
Watchman Nee - Igreja em Feira de Santana
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
antes da queda. Se <strong>de</strong>sconhecermos o significado da<br />
morte aqui <strong>de</strong>scrita, jamais ser<strong>em</strong>os libertos. Que o<br />
Espírito Santo possa nos revelar isso.<br />
A frase "os que são <strong>de</strong> Cristo Jesus" refere-se a todo<br />
crente no Senhor. Todos os que creram nele e nasceram<br />
<strong>de</strong> novo pertenc<strong>em</strong> a ele. O fator <strong>de</strong>cisivo para<br />
todos nós é nossa ligação a Cristo <strong>em</strong> vida, e não nosso<br />
nível espiritual, n<strong>em</strong> o trabalho que realizamos para<br />
o Senhor, n<strong>em</strong> a libertação do pecado, n<strong>em</strong> a vitória<br />
sobre as paixões e <strong>de</strong>sejos da carne, n<strong>em</strong> a plena<br />
santificação. Em outras palavras, a questão é apenas<br />
saber se a pessoa foi regenerada ou não. Ela creu no<br />
Senhor Jesus como seu Salvador, ou não? Se creu,<br />
não importa seu estado espiritual agora, seja ele <strong>de</strong> vitória<br />
ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrota, ela "crucificou a carne".<br />
Portanto a questão que t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> estabelecer não é<br />
moral, n<strong>em</strong> t<strong>em</strong> a ver com a vida espiritual, n<strong>em</strong> com<br />
conhecimento ou trabalho. Consiste simplesmente <strong>em</strong><br />
saber se somos do Senhor, ou não. Se somos, já crucificamos<br />
a carne na cruz. Está claro que a idéia aí não<br />
é <strong>de</strong> que vamos crucificá-la no futuro, n<strong>em</strong> <strong>de</strong> que a<br />
estamos crucificando, mas, sim, que já a crucificamos.<br />
É conveniente ser mais explícito aqui. Vimos que a<br />
crucificação da carne não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> experiências,<br />
por mais extraordinárias que elas sejam. Depen<strong>de</strong> apenas<br />
da obra consumada por Cristo na cruz. "Os que<br />
são <strong>de</strong> Cristo Jesus", tanto os fracos como os fortes,<br />
"crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências".<br />
Uma pessoa diz que ainda peca; Deus diz<br />
que ela foi crucificada na cruz. Nós diz<strong>em</strong>os que nosso<br />
mau gênio persiste; a resposta <strong>de</strong> Deus é que fomos<br />
crucificados. Diz<strong>em</strong>os que nossa lascívia continua<br />
muito intensa; o Senhor mais uma vez replica que<br />
nossa carne foi crucificada. Nesse momento, por favor,<br />
não vamos olhar para nossa experiência, mas atentar<br />
exatamente para o que Deus nos diz. Se não<br />
ouvirmos sua Palavra, mas, <strong>em</strong> vez disso, ficarmos<br />
olhando diariamente para nossa condição, não po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os<br />
entrar na realida<strong>de</strong> da crucificação <strong>de</strong> nossa<br />
carne. Não nos import<strong>em</strong>os com os sentimentos e a<br />
experiência. Deus diz que nossa carne foi crucificada;<br />
portanto ela foi crucificada. Vamos simplesmente acatar<br />
o que diz a Palavra do Senhor, e ter<strong>em</strong>os a experiência.<br />
Quando Deus diz que "a carne foi crucificada",<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os respon<strong>de</strong>r:<br />
"Amém, verda<strong>de</strong>iramente minha carne foi crucificada."<br />
Assim, agindo com base na Palavra, ver<strong>em</strong>os que<br />
nossa carne realmente está morta.<br />
Os crentes <strong>de</strong> Corinto haviam se entregado aos pecados<br />
<strong>de</strong> fornicação, inveja, contenda, espírito faccioso,<br />
litígio e muitos outros. S<strong>em</strong> sombra <strong>de</strong> dúvida, eles<br />
eram carnais. É verda<strong>de</strong> que eram "bebês <strong>em</strong> Cristo",<br />
mas eram <strong>de</strong> Cristo. Será que pod<strong>em</strong>os dizer que<br />
44<br />
a carne daqueles crentes carnais tinha realmente sido<br />
crucificada? Com certeza, sim. Até mesmo eles tinham<br />
crucificado a carne. Como assim? Precisamos<br />
saber que a Bíblia não diz para sermos crucificados;<br />
cia simplesmente afirma que "fomos crucificados".<br />
Precisamos enten<strong>de</strong>r que não t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> ser crucificados<br />
individualmente, mas que fomos crucificados juntamente<br />
com Cristo (Gl 2.20; Rm 6.6). Se é uma crucificação<br />
conjunta, no momento <strong>em</strong> que o próprio Senhor<br />
Jesus foi crucificado, nossa carne também foi<br />
crucificada. Além do mais, a crucificação conjunta<br />
não é imposta a cada um <strong>de</strong> nós individualmente, pois<br />
foi o Senhor Jesus qu<strong>em</strong> nos levou à cruz, quando foi<br />
crucificado. Por conseguinte, Deus consi<strong>de</strong>ra nossa<br />
carne como já tendo sido crucificada. Para ele, isso é<br />
um fato consumado. Seja qual for a nossa experiência<br />
pessoal, Deus <strong>de</strong>clara que "os que são <strong>de</strong> Cristo Jesus<br />
crucificaram a carne". () que t<strong>em</strong>os a fazer para tomar<br />
posse <strong>de</strong>ssa morte é crer na Palavra <strong>de</strong> Deus. Não t<strong>em</strong>os<br />
<strong>de</strong> nos preocupar <strong>em</strong> <strong>de</strong>scobrir como ela se processa.<br />
Tampouco precisamos dispensar muita atenção<br />
à nossa experiência pessoal. Nossa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser a<br />
seguinte:<br />
"Deus diz que minha carne foi crucificada. Então<br />
creio que ela está <strong>de</strong> fato crucificada. Reconheço que<br />
o que Deus diz é verda<strong>de</strong>."<br />
Agindo <strong>de</strong>ssa forma, logo esse fato será uma realida<strong>de</strong><br />
para nós. Se olharmos para a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />
primeiro, a experiência virá <strong>de</strong>pois.<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista divino, esses coríntios já tinham<br />
crucificado a carne com o Senhor Jesus. Do ponto <strong>de</strong><br />
vista <strong>de</strong>les, porém, certamente não possuíam uma experiência<br />
pessoal <strong>de</strong> crucificação. Talvez isso se <strong>de</strong>vesse<br />
ao fato <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconhecer<strong>em</strong> a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
Por isso, o primeiro passo para o livramento é encarar<br />
a carne segundo o ponto <strong>de</strong> vista divino. E qual é ele?<br />
Não é tentar crucificar a carne, mas reconhecer que<br />
ela já foi crucificada. Não é andar conforme o que<br />
v<strong>em</strong>os, mas segundo nossa fé na Palavra <strong>de</strong> Deus. Se<br />
reconhecermos firm<strong>em</strong>ente que a carne já foi crucificada,<br />
po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os avançar na experiência <strong>de</strong> resolver o<br />
probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong>la. Se vacilarmos nisso, per<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrar na posse <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong>ssa experiência.<br />
Para experimentar a crucificação conjunta,<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os, primeiro, colocar <strong>de</strong> lado nossa situação atual,<br />
e simplesmente confiar na Palavra <strong>de</strong> Deus.<br />
O ESPÍRITO SANTO E A EXPERIÊNCIA<br />
"Porque, quando vivíamos segundo a carne, as<br />
paixões pecaminosas... operavam <strong>em</strong> nossos m<strong>em</strong>bros,<br />
a fim <strong>de</strong> frutificar<strong>em</strong> para a morte. Agora, porém...<br />
estamos mortos..." (Rm 7.5,6.) Por causa disso,<br />
a carne não t<strong>em</strong> mais domínio sobre nós.<br />
Nós já cr<strong>em</strong>os e reconhec<strong>em</strong>os que nossa carne foi<br />
crucificada. Só agora, então, pod<strong>em</strong>os voltar nossa<br />
atenção para a questão da experiência. Embora d<strong>em</strong>os