Anuário DHPP - Polícia Civil - Governo do Estado de São Paulo

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UMA IMPORTANTE PARCERIA NO COMBATE À HOMOFOBIA 34 Alexandre Santos LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO 35 Hédio Silva Júnior “PÉROLA” DA POLÍCIA CIVIL PAULISTA 37 Fábio Machado de Almeida Delmanto DHPP: EFICIÊNCIA NO CUMPRIMENTO DA MISSÃO PÚBLICA 39 Luiz Flávio Borges D’Urso ENFRENTAMENTO À ESCRAVIDÃO MODERNA 43 Anália Belisa Ribeiro O “ESPÍRITO” DO SOE – DHPP 46 Marcos Carneiro Lima POLÍCIA JUDICIÁRIA EFICIENTE E CIDADÃ 49 Luís Geraldo Sant´Ana Lanfredi POLÍCIA MODELAR 53 Paulo José da Costa Jr. e Fernando José da Costa TRÁFICO DE SERES HUMANOS 55 Márcia Heloísa Mendonça Ruiz UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA 65 Carlos José Paschoal de Toledo ANEXO I – A Inovação 68 ANEXO II – A Evolução 72 ANEXO III – A Repercussão 80 ANEXO IV – O Perfil 86 VII
Em um espaço de aproximadamente 1 milhão e 500 mil metros quadrados são forçados a conviver 5% da população do Brasil; sobrevivem e interagem entre si, com as coisas produzidas e instituições, ou seja, são 10 milhões e 800 mil habitantes cujos desejos são, supostamente, controlados pela legislação e moral vigentes. Presume-se o controle, pois na busca contínua do viver e na administração das vontades, reprimidas ou não, dá-se o choque, principalmente pela enorme desigualdade entre as gentes. Situações do acaso, cotidianamente vivenciadas, são responsáveis pela criação e manutenção de disputas e conflitos intersubjetivos. Por isso, a soma da quantidade de pessoas à quantidade de desejos insaciáveis, infundidos pela mídia e paridos pelo consumismo irrefreado, rompe a estabilidade do ethos, gerando flexibilidade de comportamento nas mais diversas situações. Diferentes oportunidades e meios trazem fadiga às já frágeis relações humanas. Daí o mal-estar, a náusea, acinzentando a alma do homem, acorrentando-o aos próprios desejos ambicionados. A escolha, quando se dá, é pelo consumo: possível ou não! O matiz que aguça o olhar dos homens provém das ilícitas bugigangas esparramadas pelos vendedores ambulantes: um só produto não basta para saciar a vontade, é preciso sempre mais. Acolá, o brilho dos olhos maquilados de mulheres povoa o Parque da Luz, meros objetos entre as obras de arte que brotam desse ponto verde da cidade de São Paulo. O velho centro da capital é colorido e, tanto quanto as cores que se espalham, o micropoder em forma de teia acentua ainda mais a peque- INTRODUÇÃO 1 nez humana, encerrando o homem em intransigências mil, sufocando-o e gerando desesperança. É nessa ebulição de sentimentos que o crime de homicídio cinge o ápice da agressividade humana, rematando o ciclo de emoções com a extinção do outro. Tão complexo quanto o próprio ser humano, seu trato exige uma lógica distinta da persecução meramente burocrática. Não se trata aqui de personagens criados pelo escritor escocês Sir Arthur Conan Doyle, mas sim de homens e mulheres de carne e osso, dotados, nada obstante, do brilho e da obstinação sherlockianas. A criação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) em 14 de março de 1986, pelo então governador Franco Montoro, só fez aglutinar esses homens e mulheres, que na condução da investigação dos crimes de homicídio doloso e de roubo com resultado morte acumularam expertise que irradia nos corredores deste prédio, independentemente de quaisquer vicissitudes pessoais. É fato que o vigor da polícia paulista é exemplo interestadual e, no caso do DHPP, as constantes visitas de profissionais da área, que buscam conhecimento e aprimoramento, recompensam com orgulho o trabalho desenvolvido. Ainda há muito que conquistar, porém, nosso trabalho é fonte de citações e exemplo para as congêneres das demais unidades da Federação, principalmente porque o DHPP soube receber e assimilar as transformações históricas ocorridas nas últimas décadas, agregando ao estereótipo clássico do investigador astuto a imagem do investigador
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