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Guia para professores e alunos - Vídeo nas Aldeias

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Mapa da localização das áreas ashaninka no acre<br />

1. Kampa do Igarapé Primavera<br />

2. Kampa do Rio Amônea<br />

3. Kampa e Isolados do Rio Envira<br />

4. Kaxinawa/Ashaninka do Rio Breu<br />

5. Kaxinawa do Rio Humaitá<br />

6. Riozinho do Alto Envira<br />

7. Jaminawa/Envira<br />

cosmologia Na cosmologia Ashaninka os bons espíritos vivem no<br />

céu. Esses espíritos são hierarquizados conforme o poder que lhes é atribuído.<br />

Os mais poderosos são denominados Tasórenci e são considerados como<br />

verdadeiros deuses. Eles têm o poder de transformar tudo através do<br />

sopro e formam o panteão ashaninka que criou e governa o universo. No<br />

topo dessa hierarquia está Pává (Pawa), pai de todas as criaturas do universo.<br />

Apoiado pelos seus filhos, ele criou a Terra, a floresta, os rios, os animais,<br />

os homens, o céu, as estrelas, o vento, a chuva. Na mitologia ashaninka, muitas<br />

dessas criações são, na realidade, transformações de filhos de Pawa em<br />

outra coisa e foram realizadas através do sopro. Geralmente invisíveis aos<br />

olhos humanos, alguns Tasórenci podem aparecer na Terra revestindo-se de<br />

forma humana.<br />

Os espíritos do Mal são chamados de Kamári e habitam debaixo da terra.<br />

Na Terra, o principal demônio é Mankóite, que tem sua moradia <strong>nas</strong> ribanceiras<br />

encontradas ao longo dos rios em território ashaninka. Ele se caracteriza<br />

por uma forma humana, mas geralmente permanece invisível.<br />

Um encontro com ele anuncia a morte. É interessante notar que o Mankóite<br />

vive de maneira semelhante ao branco: suas casas têm os mesmos objetos,<br />

possuem mercadorias, etc.<br />

A visão do branco (wirakotxa) aparece com destaque na mitologia nativa.<br />

O primeiro wirakotxa de que os Ashaninka do rio Amônia afirmam ter conhecimento<br />

é o espanhol que surge de um lago, em decorrência de um ato de<br />

desobediência do Inka ao seu pai Pawa, e vem perturbar a ordem do universo.<br />

Assim, enquanto os Ashaninka são idealmente associados ao Bem, o branco<br />

mantém laços estreitos com os espíritos maléficos e as forças do mal.<br />

Rituais Entre os Ashaninka, tanto a bebida feita de ayahuaska como o<br />

ritual são chamados kamarãpi (vômito, vomitar). A cerimônia é sempre realizada<br />

à noite e se prolonga até de madrugada. Um Ashaninka pode consumir<br />

o chá sozinho, em família ou convidar um grupo de amigos. O kamarãpi<br />

se caracteriza pelo respeito e a comunicação entre os participantes é<br />

mínima. Ape<strong>nas</strong> os cantos, inspirados pela bebida, vêm romper o silêncio<br />

da noite. Eles permitem aos Ashaninka comunicarem-se com os espíritos,<br />

agradecerem e homenagearem Pawa.<br />

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