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a distribuição ea expressão gramatical do futuro do conjuntivo no ...

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A <strong>distribuição</strong> e a <strong>expressão</strong> <strong>gramatical</strong> <strong>do</strong> <strong>futuro</strong> <strong>do</strong> <strong>conjuntivo</strong> <strong>no</strong> Português de Moçambique<br />

de testes escritos de elicitação 6 que permitiram criar uma base de da<strong>do</strong>s específica para<br />

este trabalho. Quer as entrevistas orais quer os da<strong>do</strong>s escritos de elicitação tiveram como<br />

objectivos analisar:<br />

(i) a <strong>distribuição</strong> <strong>do</strong> <strong>futuro</strong> <strong>do</strong> <strong>conjuntivo</strong> em estruturas condicionais<br />

introduzidas por se;<br />

(ii) a <strong>distribuição</strong> <strong>do</strong> <strong>futuro</strong> <strong>do</strong> <strong>conjuntivo</strong> em estruturas temporais introduzidas<br />

por quan<strong>do</strong> com valor simultan<strong>ea</strong>mente temporal e condicional;<br />

(iii) a <strong>expressão</strong> <strong>gramatical</strong> <strong>do</strong> <strong>futuro</strong> <strong>do</strong> <strong>conjuntivo</strong> <strong>no</strong> que se refere à<br />

morfologia flexional.<br />

A opção por da<strong>do</strong>s de diferentes tipos (orais e escritos; espontâneos, provoca<strong>do</strong>s<br />

e de juízo de <strong>gramatical</strong>idade) encontra fundamentação <strong>no</strong> pressuposto de que quanto<br />

mais representativos e diversifica<strong>do</strong>s forem os da<strong>do</strong>s melhor permitem captar e<br />

compreender os fenóme<strong>no</strong>s que se pretende estudar. 7 Esta ideia está presente em vários<br />

trabalhos. Sinclair (1996), por exemplo, defende que o corpus de língua falada corri<strong>do</strong><br />

em paralelo com o corpus de língua escrita permite fornecer evidências gerais sobre a<br />

gramática, o léxico, a fraseologia e o estilo de uma língua. Efectivamente, ao<br />

recolhermos da<strong>do</strong>s de produção oral espontân<strong>ea</strong> através de entrevistas, partimos <strong>do</strong><br />

princípio de que, como é consensualmente entendi<strong>do</strong> na literatura, os da<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s<br />

oralmente reflectem com maior exactidão o conhecimento espontâneo e intuitivo da<br />

língua-alvo: “Uma quantidade substancial de da<strong>do</strong>s provenientes de língua falada, em<br />

especial gravações de conversas espontân<strong>ea</strong>s entre pessoas, é encarada como uma das<br />

mais ricas fontes de conhecimento” (Sinclair 1996: 81). Quanto à r<strong>ea</strong>lização de testes de<br />

elicitação, apoiámo-<strong>no</strong>s na ideia de que estes permitem, por um la<strong>do</strong>, “elicitar certos<br />

aspectos que o pesquisa<strong>do</strong>r queira testar” (Seliger & Shohamy 1989:177), 8 e, por outro,<br />

obter um corpus robusto com as estruturas que são alvo de análise e que, mesmo sen<strong>do</strong><br />

6 Usamos este termo para <strong>no</strong>s referirmos, <strong>no</strong> caso específico deste trabalho, aos testes escritos de<br />

produção provocada e de juízo de <strong>gramatical</strong>idade aplica<strong>do</strong>s ao <strong>no</strong>sso público-alvo com o propósito de<br />

elicitar as construções em estu<strong>do</strong>.<br />

7 Tem si<strong>do</strong> frequentemente <strong>no</strong>ta<strong>do</strong> que “a variação é desejável para que os resulta<strong>do</strong>s não sejam altera<strong>do</strong>s<br />

pela homogeneidade <strong>do</strong> corpus” Reis (2006:43).<br />

8 E apoiámo-<strong>no</strong>s ainda, na mesma linha, na opinião de Thornton (1998:79) de que “The elicited<br />

production metho<strong>do</strong>logy is appropriate for evaluating scientific hypotheses”.<br />

6

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