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a distribuição ea expressão gramatical do futuro do conjuntivo no ...

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A <strong>distribuição</strong> e a <strong>expressão</strong> <strong>gramatical</strong> <strong>do</strong> <strong>futuro</strong> <strong>do</strong> <strong>conjuntivo</strong> <strong>no</strong> Português de Moçambique<br />

Em Carlson (2005), consideram-se frases genéricas a classe de frases episódicas em<br />

que ocorre uma pluralidade de eventos, as chamadas frases habituais, como (35b-c):<br />

(35) a. Mary and George ate oatm<strong>ea</strong>l for br<strong>ea</strong>kfast. (Carlson 2005:1)<br />

b. Mary <strong>ea</strong>ts oatm<strong>ea</strong>l for br<strong>ea</strong>kfast.<br />

c. Every day last week, Mary ate lunch at a restaurant. (Carlson 2005:2)<br />

Por sua vez, Lopes (1992:1) considera que “frases genéricas expressam um esta<strong>do</strong><br />

de coisas habitual ou uma regularidade inferida a partir de situações ou esta<strong>do</strong>s<br />

episódicos”. 38 Na mesma perspectiva, Müller (2000) assume que frases genéricas são frases<br />

que exprimem regularidades ou leis gerais. Elas expressam generalizações sobre entidades,<br />

eventos ou esta<strong>do</strong>s.<br />

De acor<strong>do</strong> com Krifka (2004:1), é consensualmente assumi<strong>do</strong> na literatura sobre a<br />

genericidade que existem <strong>do</strong>is tipos de frases genéricas: as frases caracteriza<strong>do</strong>ras<br />

(characterizing statements), que expressam generalizações sobre um conjunto de entidades<br />

(cf. (36)), 39 e as frases de referência a tipo (ou espécie) (kind reference), que envolvem<br />

referência a uma entidade que de<strong>no</strong>ta uma espécie ou tipo (cf. (37)). 40<br />

Entretanto, a diferença entre uma frase iterativa e genérica (ou habitual), da<strong>do</strong> que todas têm em comum a<br />

<strong>no</strong>ção de repetição de eventos, é a seguinte: “iteratives expressly state repetition of events, wher<strong>ea</strong>s generics<br />

and habituals designate generalizations over rep<strong>ea</strong>ted events” (Carlson 2005). O autor acrescenta que frases<br />

iterativas são não estativas e as genéricas e habituais são estativas.<br />

38 Sublinha<strong>do</strong> <strong>no</strong>sso.<br />

39 Para Oliveira (2003a:145), frases caracteriza<strong>do</strong>ras correspondem a um tipo de frases genéricas (que<br />

usualmente surgem <strong>no</strong> presente). Ao caracterizarem um indivíduo, um conjunto de indivíduos ou uma<br />

espécie, essas frases são estativas, na medida em que são construídas na base de um certo número de<br />

ocorrências de um evento (ou regularidades), permitin<strong>do</strong> atribuir propriedades: O João fuma./ Um leão pesa<br />

mais de 100 quilos.<br />

40 A respeito destes <strong>do</strong>is tipos de genericidade, <strong>no</strong>te-se, <strong>no</strong>s seguintes termos, as designações e definições de<br />

Müller (2003:4): “Recent literature on generics (see Krifka et al. 1995) highlights the existence of two<br />

distinct phe<strong>no</strong>mena: (i) kind-referring expressions – expressions that directly de<strong>no</strong>te kinds, such as the DP the<br />

telephone in (14), and (ii) generically quantified sentences – sentences under the scope of a covert generic<br />

quantifier, such as sentence (15).<br />

(14) Graham Bell invented the telephone.<br />

‘Graham Bell invented the kind telephone’<br />

(15) Graham Bell sleeps after lunch.<br />

‘Usually, if s is an after lunch situation, Graham Bell sleeps in s’”<br />

Ainda sobre este assunto, Krifka (2004:1) refere: “there are mixed cases, characterizing statements<br />

about the specimens of kinds:<br />

The potato contains vitamin C.<br />

‘For all/typical specimens of Tuber tuberosum x, x contains vitamin C.”<br />

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