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Vamos ubuntar? Um convite para cultivar a paz; Coleção abrindo ...

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A regra de ouro<br />

<strong>Vamos</strong> Ubuntar?<br />

Bahai – se seus olhos estiverem voltados <strong>para</strong> a justiça, escolha <strong>para</strong> seu<br />

semelhante aquilo que escolheria <strong>para</strong> si mesmo.<br />

Budismo – trate todas as criaturas assim como gostaria de ser tratado.<br />

Confucionismo – o que não desejar que façam a você, não faça aos outros.<br />

Cristianismo – aquilo que deseja que os outros façam a você, faça<br />

também aos outros – eis a síntese da lei (de Deus) e (dos ensinamentos)<br />

dos profetas.<br />

Hinduísmo – eis a essência da ética: não faça aos outros o que, feito a<br />

você, lhe causaria dor.<br />

Islã – nenhum de vocês é um fiel até que deseje ao seu semelhante<br />

aquilo que deseja <strong>para</strong> si mesmo.<br />

Jainismo – na felicidade e no sofrimento, na alegria e na tristeza,<br />

devemos considerar todas as criaturas como consideramos a nós mesmos.<br />

Judaísmo – aquilo que é odioso <strong>para</strong> você, não o faça aos outros – eis a<br />

lei básica, todo o resto é acessório.<br />

Siquismo – assim como considera a si mesmo, considera os outros.<br />

Taoísmo – veja no proveito de seu semelhante o seu proveito, e a perda<br />

de seu semelhante como sua perda.<br />

Tradição africana (Ba-Congo) – homem, aquilo de que você não gosta,<br />

não faça a seus semelhantes.<br />

Tradição indígena – não queira desfazer do seu vizinho, pois assim<br />

como você procura ter bom tratamento, dê o mesmo aos outros.<br />

Zoroastrismo – não faça aos outros nada daquilo que não é bom <strong>para</strong><br />

você.<br />

54<br />

contextos a afirmação da <strong>paz</strong> como justiça<br />

social, no sentido de igualdade, eqüidade,<br />

simetria, dignidade compartilhada e, sobretudo,<br />

senso de uma ética da responsabilidade,<br />

já expressa na máxima de Confúcio:<br />

“Nada é bastante <strong>para</strong> quem considera<br />

pouco o que é suficiente”, e reafirmada<br />

por Gandhi: “A Terra tem o suficiente<br />

<strong>para</strong> o sustento de todos, mas não tem <strong>para</strong><br />

a ganância de uns poucos”.<br />

Paz, ética e valores se retroalimentam,<br />

criam uma rede de sustentação <strong>para</strong> o<br />

projeto de vida que concebemos individual<br />

e coletivamente. Cada cultura oferece repertórios<br />

diferentes, prioriza determinados<br />

aspectos e pretere outros. Contudo, em<br />

tempos de globalização, as responsabilidades<br />

tornam-se universais. Se todos almejamos<br />

a felicidade, a saúde, a segurança, as<br />

oportunidades <strong>para</strong> expressar nosso talento;<br />

se todos queremos ser amados, reconhecidos<br />

e respeitados, todos então teremos de<br />

empenhar tempo e recursos <strong>para</strong> viabilizar<br />

uma cultura universal de observância dos<br />

direitos humanos, cuja concepção revela o<br />

objetivo soberano da <strong>paz</strong>.<br />

Sem dúvida, tradições espirituais e religiões<br />

foram as primeiras instâncias éticas,

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