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Alcorão Texto Integral - DHnet

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doutrina mística de Platão, tal como a desenvolve na sua obra, "A República", pode<br />

também ser comparada com os "nomes" ou a natureza e qualidade das coisas, que Deus<br />

ensinou a Adão (versículo 31 da 2ª Surata, e versículo 94 da 6ª Surata, e respectivas<br />

notas). Somente após Adão (o que serve para toda a humanidade) ter sido ensinado, é<br />

que foi pedido aos anjos que se curvassem ante ele, pois, pela graça de Deus, seu status<br />

ficou virtualmente mais elevado. Note-se a transição: de "vós" (plural), na primeira<br />

cláusula, para "Adão"; na Segunda cláusula; Adão e humanidade são sinônimos; o<br />

plural é restabelecido nos versículos 14, 16-18 desta surata.<br />

483. Nota-se o estratagema sutil de Iblis: seu egoísmo em querer colocar-se acima do<br />

homem, e sua falsidade em ignorar o fato de que Deus não fez meramente de barro o<br />

corpo do homem, mas deu-lhe uma forma espiritual - em outras palavras, ensinou-lhe a<br />

natureza das coisas e elevou-o em dignidade, acima dos anjos.<br />

484. Outra instância da sutileza e da falsidade de Iblis. Ele espera, até conseguir a<br />

tolerância. Então, explode em mentiras e provocações impertinentes. A mentira está em<br />

ele sugerir que Deus o desviou do Caminho; em outras palavras, que o desvirtuou,<br />

sendo que foi a sua própria conduta a responsável por sua degradação. A provocação<br />

consiste em armar ciladas na Senda Reta, para a qual Deus dirige os homens. Ele então<br />

cai mais um passo nos planos inferiores, além daqueles cinco mencionados na nota do<br />

versículo 13 desta surata. Seu sexto passo consiste na provocação.<br />

485. Agora o caso se volta em direção ao homem. Ele foi colocado num jardim<br />

espiritual de inocência e bênção, mas era do Plano Divino conceder-lhe uma limitada<br />

faculdade de escolha. Tudo o que lhe era proibido, era aproximar-se da Árvore do Mal;<br />

porém, ele sucumbiu às sugestões de Satanás.<br />

486. Comparar toda esta passagem sobre Adão com as passagens dos versículos 30-39<br />

da 2ª Surata e com outras passagens das suratas subseqüentes. Quanto aos locais, as<br />

palavras são exatamente as mesmas, e, todavia, todo o argumento é diferente. Em cada<br />

caso ele se coaduna com o contexto. Na 2ª Surata, o argumento era sobre a origem do<br />

homem. Aqui ele é um prelúdio à sua história na terra, e assim continua, logicamente,<br />

na próxima seção, a se dirigir aos Filhos de Adão, e vai mais adiante, com a história dos<br />

vários mensageiros que vieram para guiar a humanidade. A verdade é uma só, mas a sua<br />

apresentação adequada, palavras humanas, mostra uma faceta diferente, em contextos<br />

distintos.<br />

487. Há, aqui, uma dupla filosofia sobre roupas, para que corresponda ao duplo<br />

significado do versículo 20 desta surata. Espiritualmente, Deus criou o homem<br />

"isolado" (versículo 94 da 6ª Surata); a alma, na sua pureza e beleza despidas, não<br />

conhecia a vergonha, porque não sabia o que era culpa; após haver sido tocada pela<br />

culpa e conspurcada pelo mal, seus pensamentos e suas ações tornaram-se a sua<br />

roupagem e adorno, ações e pensamentos esses que poderiam ser: bons ou maus,<br />

honestos ou prostituídos, sempre de acordo com suas intenções interiores. Assim se dá<br />

com o corpo: ele é puro e belo, desde que não seja maculado pelo mau uso. Sua<br />

roupagem e seu ornamento podem ser bons ou degradantes, sempre de acordo com as<br />

intenções da mente e do caráter; se boas, as intenções constituem os símbolos da pureza<br />

e da beleza. Entretanto, os melhores vestuários e ornamentos que possamos Ter provêm<br />

da virtude, a qual cobre a nudez do pecado.

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