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Alcorão Texto Integral - DHnet

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qual todo o acúmulo de sabedoria, hoje em dia, nas ciências, nas artes e na literatura 9se<br />

é que se pode supor que seja adquirido por um indivíduo), não inclui todo o<br />

conhecimento. O conhecimento divino, por outro lado, é ilimitado. Mesmo depois que<br />

Moisés recebeu a sua missão divina de mensageiro, o seu conhecimento não era tão<br />

perfeito que não precisasse receber outras adições; (2) um constante esforço é<br />

necessário para mantermos o nosso conhecimento paralelo à marcha do tempo, e tal<br />

esforço é mostrado pelo que Moisés está fazendo; (3) o misterioso homem que ele<br />

encontra (versículo 65 desta surata e respectiva nota), ao qual a tradição dá o nome de<br />

Khidr (literalmente, Verde), é o tipo daquele cujo conhecimento é sempre recente,<br />

renovado e florescente, sempre em contato com a vida que é realmente vivida, não<br />

meramente cristalizado em livros ou em dísticos de segunda mão. A segunda espécie de<br />

conhecimento possui o seu uso, sendo, contudo, apenas um degrau para a primeira<br />

espécie de conhecimento, a qual constitui o verdadeiro conhecimento, e provém<br />

diretamente de Deus (versículo 65 desta surata); (4) há paradoxos na vida; a perda<br />

aparente pode constituir-se num verdadeiro ganho; a aparente crueldade pode constituirse<br />

numa misericórdia real; retribuir o mal com o bem pode ser justiça, não generosidade<br />

(versículos 79-82 desta). A sabedoria de Deus transcende todos os cálculos humanos.<br />

853. A mais provável localização geográfica (se é que alguma é requerida numa história<br />

que constitui uma parábola) é aquela em que os dois braços do Mar Vermelho se<br />

encontraram, a saber, o Golfo de Ácaba e o Golfo de Suez. Eles formam a Península do<br />

Sinai, na qual Moisés e os israelitas passaram anos, vagueando. Há também autoridade<br />

para se interpretar os dois mares como sendo os dois grandes ramos do conhecimento,<br />

os quais encontrar-se-iam nas pessoas de Moisés e de Khidr.<br />

854. Era para Moisés ir ao encontro de um servo de Deus, que o instruiria com<br />

conhecimentos tais que ele ainda não tinha adquirido. Era para ele levar um peixe<br />

consigo. O local onde ele iria encontrar o seu misterioso Mestre seria indicado pelo fato<br />

de que o peixe desapareceria quando ele ali chegasse. O peixe constitui um símbolo do<br />

conhecimento secular, que se junta ao conhecimento divino, no ponto em que a<br />

inteligência humana está pronta para a junção dos dois. Mas a mera junção do<br />

conhecimento secular, por si só, não produz o conhecimento divino. Este último, há que<br />

ser procurado pacientemente.<br />

855. Quando eles chegaram à junção dos mares, Moisés se esquecera do peixe, e seu<br />

auxiliar se esquecera do fato de que ele havia visto o peixe escapar para o mar, de um<br />

modo maravilhoso. Eles prosseguiram, mas os estágios então se tornaram cada vez mais<br />

exaustivos e fatigantes para Moisés. Assim, quando o nosso conhecimento antigo se<br />

torna obsoleto, e nós chegamos à beira de um novo conhecimento, temos um sentimento<br />

de estranheza, de monotonia e de dificuldades, especialmente quando queremos passar<br />

por cima do novo conhecimento, sem desejarmos torná-lo nosso. Algumas inovações,<br />

mesmo que sejam feitas da nossa velha e tradicional maneira, são requeridas, para nos<br />

mantermos. Contudo, devemos retrair os nossos passos, e procurar o repositório<br />

creditado do conhecimento, que constitui a nossa procura. É da nossa alçada procurá-lo.<br />

Mas saibamos que não o encontraremos sem esforço.<br />

856. O auxiliar realmente viu o peixe nadar para o mar, e mesmo assim "esqueceu-se"<br />

de dizê-lo ao seu mestre. Nesse caso, o "esquecimento" foi mais do que esquecimento.<br />

A inércia fê-lo deixar de contar a importante novidade. Em tais assuntos, a inércia é<br />

quase tão danosa quanto a malevolência ativa, a sugestão de Satanás. Assim sendo, o

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