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Foto: Débora Agualuza<br />
Nomeado pelo Governador Sérgio Cabral<br />
em 22 de fevereiro de 2008, o atual Diretor- Presidente<br />
do Instituto de Segurança Pública (ISP),<br />
Mário Sérgio de Brito Duarte, 49 anos, é Coronel<br />
da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.<br />
Ingressou na corporação em 1980 e já comandou a<br />
Academia da Polícia Militar, o Batalhão da Maré<br />
e o Batalhão de Operações Policiais Especiais<br />
(BOPE), no qual, em 1989, recebeu a designação<br />
de “Caveira n. 37”. Na estrutura da Secretaria<br />
de Estado de Segurança do Rio de Janeiro ele<br />
ocupou os cargos de Superintendente de Planejamento<br />
Operacional e o de Diretor de Inteligência.<br />
Aluno do curso de Filosofia da UFRJ, escreveu,<br />
em 1994, o livro “Incursionando no Inferno – a<br />
verdade da Tropa”, que só conseguiu publicar depois<br />
do sucesso do filme “Tropa de Elite”. Nesta<br />
entrevista ele dá sua opinião sobre o ISP e diz o<br />
que pensa sobre a utilização dos “caveirões” nas<br />
comunidades cariocas.<br />
30<br />
Entrevista: Mário Sérgio de Brito Duarte, Coronel da PM<br />
– Presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP)<br />
Ex-Comandante do BOPE<br />
“O exército tem que<br />
estar investido de<br />
poder de polícia”<br />
Classe – O senhor assumiu o cargo de presidente<br />
do Instituto de Segurança Pública quando a<br />
cúpula da Polícia Militar foi substituída, o que,<br />
na verdade, tratava-se de uma reestruturação<br />
da política de segurança para o Estado?<br />
Cel Mário Sérgio – Não creio que minha indicação<br />
para o cargo de Diretor-Presidente do ISP tenha alguma<br />
conexão com as substituições no comando da<br />
PM. Na verdade, já de algum tempo a Secretaria de<br />
Segurança pensava em dar ao Instituto um aspecto<br />
diferente daquele com o qual foi idealizado. O ISP<br />
foi criado para ser uma espécie de “superestrutura<br />
da segurança pública”, cuja ideologia, em formato<br />
acadêmico, deveria ser absorvida pelas polícias.<br />
Não obstante o poder que lhe foi conferido pela lei<br />
de criação, que lhe autorizava “assegurar, executar,<br />
gerenciar e administrar a política de segurança pública<br />
do Estado, através das polícias”, o ISP jamais<br />
conseguiu penetrá-las ao preferir a imposição e não<br />
a negociação de suas intenções.<br />
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO/2008 – Revista da Associação dos Docentes da UFF – CLASSE